Capítulo 7

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💼Rodrigo Cariston💼

Sentei na poltrona que tinha em minha sala, afrouxando minha gravata e me dando liberdade a não usar aquilo durante o final de semana. Meu serviço estava me consumindo todos os dias, processos e mais processos, e ainda mais tinha que me preparar para o casamento de minha irmã Laura. Durante a semana, pedi para que eu secretário ligasse para a Cynthia Flores, uma das mais prestigiadas decoradoras de casamentos que o estado tinha, e o casamento de minha irmã teria que ser perfeito, e só que saberia fazer isso era a senhorita Flores. Não posso dizer que a reunião não foi um saco, já que eu não era muito de ficar ouvindo sobre decorações e tudo mais, então eu deixei que meu parceiro de trabalho e amigo, Roberto, ficasse encarregado de ouvir e me passar depois o que foi escolhido.

Sábado de manhã era o melhor horário para fazer minhas tarefas de casa, então aproveito e vou ao mercado. Não que eu precisasse de muita coisa, mas para deixar o meu corpo que era bem trabalhado nessa forma precisaria de muito suprimentos. Já dentro do meu carro, vou indo direto para o mercado. Virando em uma rua vejo um carro parecido com o da senhorita Castilho, secretária de Roberto. Paro ao lado e observo que não era ela dentro do veículo e sim Lucas. Ele usava um óculo escuro para evitar que os raios do sol da manhã o atrapalhassem durante o trajeto. Para onde ele iria? Detestava pessoas curiosas, mas no meu caso eu não sei como explicar, minha mente tinha necessidade de sair do carro e ir até ele perguntar aonde estava indo.

O sinal abre e saio em disparada para o mercado, tentando tirar Lucas de meus pensamentos. Não que isso seja ruim, mas prometi a mim mesmo que não teria mais envolvimento nenhum com meus secretários. O primeiro erro foi com Catarina. Antes de contratar o Lucas, ela foi, minha secretária. Uma mulher que não sabia fazer nada, além de ficar postando suas fotos mostrando que trabalhava. Catarina era muito interesseira, até que um dia a demiti. A maioria das pessoas que me conhecem sabem que sou muito mulherengo e que consigo tudo o que quero em só um piscar de olhos, e com Catarina não foi diferente naquela época. Lembro-me que quando estava estressado com alguns casos, ela sempre vinha em meu escritório e fazia seu belo trabalho em me proporcionar prazer, mas o que não podia negar é que ela era boa no que fazia com as mãos, e eu não estou dizendo que era no computador. Foi então que, em um certo dia que entrei na minha sala, vejo ela sentada na minha cadeira como se mandasse no local.

— O que faz em minha sala, Catarina? Você tem sua própria mesa do lado de fora. — Falo colocando minha maleta em cima da mesa.

— Isso é forma de se tratar sua namorada, Rodriguinho! — Exclamou furiosa e se levantando da cadeira.

— Catarina, eu já te disse mais de um milhão de vezes. Não somos namorados e nunca seremos! — Falo dando a volta na mesa. — Então por gentileza retire-se da minha sala. Agora!

— Mas Rodriguinho eu pensava que a gente...

— Pensou errado. O que tivemos aqui foi longe de ser um relacionamento, e convenhamos, você só foi mais uma foda do que uma secretária boa. Porque nem para saber mexer ou ler uma papelada você consegue. — Falo virando para meu computador e começando abrir alguns casos pendentes para se resolver.

— O que você disse seu...

— Pense antes de falar, senhorita. Pois você ainda é minha secretaria e eu posso muito bem demiti-la por sua falta de educação. — Chantageei-a, sabendo que isso faria um efeito para cima dela. — Pensando bem, não preciso mais dos seus serviços aqui na agência. Pode ir embora.

— Você está me demitindo? — Perguntou, arregalando os olhos pelo o que falei. Afirmo com a cabeça, sem tirar meus olhos da tela do computador. — Eu não acredito nisso!

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