Capítulo XVIII

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Capitulo XVIII

Finalmente consegui chegar em Porto Alegre.

Acho que essa semana tinha sido a mais longa da minha vida. Não só por causa da distancia do Bruno, da mãe, do Max e dos guris e sim por tudo que eu vivi.

Queria chegar em casa logo mas queria pegar o Max na faculdade e levar ele comigo.

Aprendi tanta coisa nessa semana que podia dizer que era uma pessoa completamente diferente do que eu era quando saí na segunda.

Tudo que o avô do Max me ensinou era muito distante do que eu imaginava que ia aprender.

Aprendi muito vendo a forma dele agir e administrar tantas pessoas. Realmente ele era um gênio como o Max tinha falado.

Consegui ver que nada do que ele falava era por acaso, cada frase era dita por alguma razão, sempre tinha um motivo. Convivi tanto com ele nesses dias que eu conseguia entender nas entrelinhas o que ele queria fazer.

Tudo era planejado. Tudo tinha uma linha de raciocínio pensada anteriormente. Ele era completamente diferente do que todos nós pensávamos. Mesmo sendo frio e distante quando o assunto eram negócios, ainda assim ele era muito legal comigo.

Nos escritórios e empresas eu entendi completamente por que o pessoal tinha medo dele. E vi que não era só medo era respeito pela pessoa que ele era.

Ele era implacável, metódico e tinha uma memoria de cão. Mas nunca vi ele cometer uma injustiça mesmo eu não concordando com ele. Fique feliz quando hoje pela manhã no café ele fez um resumo de tudo que ele tinha resolvido e duas decisões dele me chamaram a atenção.

Primeiro: Todo executivo que por má gestão causasse a demissão de um grupo grande de funcionários seria demitido junto com essas pessoas.

Segundo: O pessoal que iria ser demitido pra entrada de empresas terceirizadas seria readmitido em alguma outra empresa dele.

Quando ele disse aquilo acho que fiquei mais leve. Ele falou que tinha pensando muito no que eu tinha dito nas reuniões. Fiquei perplexo por ele ter realmente tentado me entender.

Mas queria me deixar avisado que as vezes isso não poderia ser feito e eu sempre tinha que pensar no bem da maioria dos funcionários. E mesmo que fosse difícil eu tinha que pesar na balança e ver que a quantidade maior de serviços que eu poderia salvar deveria pesar mais do que o que eu achasse certo ou errado.

Outra coisa que ele falou não dizia a respeito as empresas mas a mim. Falou que na semana ele tinha pensado melhor sobre eu e o Max e que mais coisas mudariam. Ele sabia que eu era meio avoado e que as vezes eu me irritava facilmente.

Então ele falou que a minha rotina semanal  ia mudar muito, ele tinha incluído um aconselhamento psicológico por que tudo teria que mudar muito rapidamente. E eu precisava entender tudo que estava acontecendo comigo.

Fiquei tão feliz que ele tinha entendido minha preocupação e ajudado o pessoal que ia ser demitido que só agora indo pra universidade eu consegui parar pra pensar. Psicólogo pra que??

Quando o avô do Max me deixou na frente da Universidade, ele disse que minhas malas e meus livros estariam em casa e que segunda feira a tarde ele iria na transportadora para conversarmos sobre meus novos caminhos.

Tinha uns cinco ou seis livros que eu tinha que ler e debater com ele. Não só da área financeira, mas alguns de historia e outros de psicologia na área empresarial.

O avô do Max falou que nós dois estaríamos juntos nessa operação com a empresa de adubos. E que ele iria me ensinar a dirigir uma empresa.

Não tinha entendido esse "dirigir" e "juntos". Ele falou sobre o meu atual chefe e que mais coisas iriam mudar aos poucos. Eu nem sabia que ele conhecia meu chefe.

Antes de tudo.Where stories live. Discover now