Capitulo XIX
Max
A semana estava sendo pesada.
Na segunda pela manhã fomos levar o Mateus na clinica. Todo mundo estava tentando passar pra ele uma sensação de alegria e de que tudo ia ficar bem. Sabíamos que ele ia começar uma longa estrada, mas estávamos contentes de que pelo menos ele estava começando trilhar o caminho certo.
O Zeno foi junto e isso parece que fez o Mateus ficar mais aliviado. Ele ia ficar um mês sem poder falar com nenhum de nós e com nenhum familiar dele. Não que alguém da família tivesse vindo se despedir, isso me deixou frustrado, eu sabia que ele tinha mãe, pai e irmãos. Na realidade não foi bem frustrado fiquei foi triste por ele mesmo. Mas não queria ficar julgando ninguém, bastava saber que nós estaríamos esperando ele sair daqui a um mês.
Estava nomeio da semana e ainda não tinha conseguido falar direito com o Nicolas. Ele corria muito. Vinha para as aulas e no intervalo eu levava algo para ele comer por que o Nicolas ficava na sala estudando a matéria que perdeu na semana que ele viajou com o meu avô. Fora isso tinha as matérias normais e a professora tinha pedido pra ele fazer um trabalho para expor na turma o que ele aprendeu na semana que ficou com meu avô.
A tarde ele passava direto na empresa eu só conseguia ver ele a noite quando eu buscava ele e levava pra casa e geralmente ele estava exausto e com sono. Eu entendia que tudo tinha mudado muito na nossa vida mas não me preocupava, eu sabia que ele era focado e queria aproveitar ao máximo tudo que ele podia.
Conversei com o vô e algumas ideias dele me assustavam mas ele achava que o Nicolas ia dar conta e estaria do lado dele para resolver qualquer problema. Só isso já me deixava mais calmo. Era o nosso tempo de nos preparar, o tempo que nós tínhamos pra cada um trilhar o seu caminho. Saber que meu avô estava cuidando do Nicolas me deixava tranquilo pra seguir o meu. As minhas aulas estavam ficando mais intensas e tinha tanta coisa pra fazer na Universidade. Receber os alunos novos, os projetos do pessoal de engenharia, da natação, do pessoal do atletismo e agora o projeto de bolsas do meu avô.
Saber que o meu avô estava cuidando dele e mostrando um outro mundo, outra forma de trabalhar, uma forma nova de viver era um sinal de que o vô confiava na capacidade dele.
Mesmo que isso nos deixasse com menos tempo pra conversar era importante esse momento., pra ele e para mim. Eu estaria ao lado dele para o que o Nicolas precisasse.
A semana estava passando correndo e eu estava na piscina com o treinador, ele tinha cronometrado meu tempo e estava feliz como meu rendimento.
Ficamos olhando o Anderson que estava fazendo os 100 metros peito, o treinador queria cronometrar o tempo dele. Tinha muita gente olhando na volta.
Ele realmente era muito bom. O tempo dele era melhor que o da média do estado, ele era forte e com uma melhora da técnica com certeza iria muito bem no campeonato estadual.
- Ele é bom Max, já baixou o tempo dele do inicio da semana. Quero que ele treine contigo. Melhore na respiração e na virada da piscina - O treinador falou. -
- Sim senhor. Ele é bem concentrado.
- Verdade ele é bem concentrado Max. - O Gabriel falou rindo e eu não entendi por que. -
Minha cabeça estava longe dali mas eu precisava prestar atenção no que eles falavam.
Fiquei olhando o treinador. Uma das minhas tarefas como capitão da equipe era incentivar o pessoal a ser o melhor que eles pudessem. Observei o Anderson sair da piscina ele estava com um sorriso enorme sabia que tinha ido bem.
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Antes de tudo.
RomanceO Destino as vezes está de sacanagem com a gente. Quem disse que era pra gente se encontrar. Quem disse que eu não era feliz? Só fui descobrir depois que tudo mudou. Antes de tudo mudar, eu achava que sabia alguma coisa da vida.