Capítulo XXIX

4.1K 361 72
                                    

Capitulo XXIX

Nicolas

Nas ultimas semana pude entender qual era a extensão das empresas do avô do Max. Entender toda a ramificação e o quão longe era o alcance dele era muto importante, eu precisava desse conhecimento para saber onde pisar.

As vezes eu falava com uma empresa que era dirigida por outra e essa por sua vez era uma das empresas dele. Cheguei a desenhar no escritório essa grande rede.

Um dia eu estava falando com uma empresa que controlava grandes metalúrgicas. Na outra eu falava com uma rede de supermercados e no final essas empresas tão diferentes faziam parte dessa rede construída por esse incrível homem.

Essa semana mesmo eu entrei em uma reunião sem nem saber qual era a pauta por causa de tanta correria. Ainda bem que a Norma sabia de tudo, que ela não me ouça mas ela era muito rápida e entendia muito o que estava fazendo. Eu sabia que tinha um dedo do Max ali atrás mas me fazia de desentendido.

Quando eu entrei na reunião vi que era uma empresa de comunicação e que isso significava jornais, cinemas e entretenimento em geral minha cabeça deu uma volta. Essa era uma novidade eu não sabia dessa parte ainda.

Das minhas conversas com o avô do Max eu entendi que tudo interessava pra ele assim como tinha sido para o pai dele.

Quando ele pensou em expandir as empresas que ele herdou do pai o caminho mais tranquilo para ele era agir nos meios de produção que ele já possuía. Mas o avô do Max disse que não gostava de caminhos tranquilos.

Ele entrou primeiro na área medicamentos que no brasil ainda era precária e mais tarde na comunicação. Tudo para poder entender como funcionava o mercado e poder vender os produtos que ele tinha. Viajou muito naquela época para entender como tudo funcionava fora do Brasil e trouxe com ele muitas ideias novas que depois acabaram sendo desenvolvidas aqui no país.

Ouvindo o avô do Max eu consegui entender que ele cresceu muito enquanto o país se desenvolvia e mais que isso ele fez parte desse desenvolvimento.

Era difícil de entender como funcionava o pensamento dele nesses primeiros anos.Eu só conseguia imaginar como foi e de que forma ele realizou tantas coisas.

Uma dos maiores aprendizados que eu tive com ele foi.... "Vai e faz."

Ele disse que só vamos descobrir se vai dar certo se fizermos. E se não dar certo vai e faz de outra forma.

Tudo era uma questão de ver o problema por vários ângulos e descobrir qual é o lado melhor para seguir em frente.

Eu chegava em casa e escrevia tudo que eu tinha aprendido no dia. Não só com ele mas também com os homens com quem eu me reunia, diretores, gerentes e donos. De cada uma dessas pessoas eu tirava uma lição. Mas aprendia principalmente com quem estava perdendo alguma coisa, seja um cargo ou uma empresa.

Eu  aprendia como não fazer, aprendia em que ponto ele tinha errado para que eu não errasse depois.

Tudo eu anotava e tudo eu estudava.

Meus professores sempre pediam para eu conversar sobre o que eu estava aprendendo durante essas reuniões e dividisse com meus colegas. Mostrasse a visão do mercado do ponto de vista de quem estava lá atuando e aprendendo.

Saindo da sala de aula eu encontrei o Heitor me esperando.

As vezes ficávamos dias sem nos encontrar, eu por estar viajando muito e ele por que alem do trabalho e da nova faculdade ainda tinha os encontros com o avô do Max.

E isso tava mudando tudo na cabeça deles assim como tinha mudado na minha. Soube que o avô do Max separou toda a equipe e dividiu o que ele tinha construído durante a vida e agora eles estudavam cada uma das empresas que ele tinha. Setorizou por ramos e cada um deles tinha que entender o máximo possível de cada empresa.

Antes de tudo.Where stories live. Discover now