24• He Can Be Save

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Prophecy - | Draco Malfoy |

O ponteiro denunciava terem se passado das três da madrugada, enquanto meu corpo repousava sobre uma poltrona de couro velho da enfermaria

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O ponteiro denunciava terem se passado das três da madrugada, enquanto meu corpo repousava sobre uma poltrona de couro velho da enfermaria. Estava frio e pela janela pude ver punhados de neve cair sobre o imenso jardim do castelo, obrigando-me a abraçar minhas pernas contra o peito.

Grunhi mais uma vez naquela noite enquanto apertava meus olhos um contra o outro. Bufando eu pendi a cabeça para o lado, de forma instantânea meus olhos se focaram no garoto de cabelos loiro platinado.

Draco estava deitado de bruços sobre a cama da enfermaria, mas sua mão direita estava entrelaçada a minha. A respiração calma e o semblante sereno me entregavam que ele estava dormindo, enquanto o brilho do luar iluminava pequenas frestas do seu rosto.

Um pouco antes de se ausentar, resolvi me atrever a conversar um pouco com a Madame Pomfrey. A senhora de belos fios cinza e olhos azuis me garantiu que Malfoy não ficaria com grandes cicatrizes, exceto por uma linha que cortava seu peito na diagonal.

— Enquanto eu estiver aqui, não deixarei que lhe machuquem. - balbuciei, deixando um selar casto em sua bochecha fria. — Se eu pudesse mudar o jeito que vê a si mesmo, você não se perguntaria o porquê de estar aqui.

Uma onda de calafrios se espalhou por meu corpo trêmulo, fazendo-me encolher naquele pequeno espaço entre o couro desgastado. Eram como se finas agulhas penetrassem os pedaços expostos de minha pele, trazendo a tona tudo o que senti naquela maldita noite.

O desespero se infiltrando em minhas veias, os olhos arregalados e amedrontados ao ver o sangue manchar nossas vestes. A imagem de um Malfoy, estalado sobre o chão molhado, enquanto tateava seu peito para tentar conter a hemorragia que vinha de seus cortes abertos.

Minha mente me castiga e meus olhos veem aquilo que me faz sofrer, então talvez eles realmente fossem meus piores inimigos. Eu sempre achei que tinha controle sobre meus sentimentos, que poderia fazê-los parar quando eu bem entendesse, mas então ele apareceu.

O loiro surgiu em minha vida por abiogênese e transformou tudo, tudo o que eu sabia sobre mim, tudo o que sabia sobre a minha vida. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que me libertou, fui aprisionada a ele e seu sorriso despojado.

Mesmo na escuridão da minha mente e com todos os meus erros, eu consegui o salvar.

— Acho que devo um pedido de desculpas a vocês. - proferiu com a voz arrastada. — Eu... eu realmente não queria ter feito aquilo, Makayla.

Num suspiro mudo me permiti girar os calcanhares, fazendo com que meu olhar se focasse num ponto um pouco mais distante. Do outro lado da enfermaria, a alguns poucos metros de distância, estava o menino Potter com seus dois braços enfaixados.

O moreno mantinha as mãos cruzadas sobre o tronco, este que estava coberto por um pijama de listras azuis, e mantinha os olhos tão esbugalhados quanto os de uma coruja durante a noite.

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