33• Holiday Eve

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Prophecy - | Draco Malfoy |

Prophecy - | Draco Malfoy |

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Era quase Natal. Certa manhã, no começo do dia 24 de dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Wesley receberam um castigo por terem enfeitiçado algumas bolas de neve, fazendo-as seguir o professor Quirrell aonde ele ia e quicarem em seu turbante.

As poucas corujas que conseguiam se orientar em meio ao dia tempestuoso para entregar a correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para se recuperarem antes de voltarem a voar para casa.

Um pouco distante de onde eu estava, pude ver o contraste dos fios castanhos de Neville Longbottom. O garoto, cuja pele branquela estava marcada por alguns hematomas, caminhava de forma desleixada enquanto puxa uma mala maior que seu corpo. Sua irmã, que estava ao meu lado, desatou a rir. O garoto era um grande desajeitado, muito diferente de London.

Os Longbottom são da linhagem puro-sangue, uma das Sagrado Vinte e Oito, mas diferente das demais que compunham o grupo, eles não eram preconceituosos com os não nascidos-bruxos. Neville, por exemplo, havia sido selecionado para Gryffindor e era um grande amigo do trio de ouro : Hermione Granger, Rony Wesley e Harry Potter. Ele era um garoto talentoso em Herbologia, devo admitir, mas um desastre em todo o resto... Alguns sonserinos se sentiam agradecidos por não tê-lo posto em nossa casa.

— Precisa de ajuda, maninho? - indagou a morena sorrindo debochada. — São apenas alguns dias, não precisava levar todo seu guarda-roupa.

— Não são roupas. - revirou os olhos. — Quero praticar durante o feriado, então trouxe alguns dos materiais da aula de Herbologia.

London o fitou em descrença, mas acabou por dar de ombros. Ela, um pouco diferente do irmão, era astuta e ambiciosa; A Longbottom queria ser a melhor em tudo o que pudesse ser, e por isso era uma das alunas de destaque em Hogwarts, assim como eu e a Granger. London não odiava os não nascidos-bruxos, mas preferia se manter distante deles, principalmente por quase todos irem para Gryffindor e nos odiarem por uma rixa idiota.

— Ah! Oi, Makayla. - disse afobado. — Eu... Hum... Eu....

— Nervoso? - indaguei, me aproximando de seu corpo. Fitei os olhos do rapaz que parecia perdido, ele engolia em seco repetidas vezes. — Ora, têm medo de mim?

— Não, eu... Eu fico feliz que venha com a gente. - sorriu fechado. — Eu... Pode, por favor, parar de me encarar assim? Parece que vai me atacar a qualquer minuto.

— Pode ser uma possibilidade. - dei de ombros. — Eu assusto você, Neville?

— Bom... Um pouco... Talvez... Sim. - riu nervoso. — Você, bem... Você quase matou a Hermione no Salão Principal, então eu...

Me afastei dele de forma quase imediata, foi como se um soco tivesse atingido meu estômago em cheio. Eu sabia que ele se sentiria ameaçado por mim, mas não imaginei que Neville temesse que eu o ferisse... Eu não era assim, eu não machucava as pessoas... Ao menos, não mais.

London o fuzilou com o olhar, este que abaixou a cabeça logo que percebeu o que havia dito.

— Me desculpe, Makayla... Eu não quis dizer isso, eu apenas....

— Sem problemas, era apenas a verdade. - sorri forçado e dei de ombros. Os Longbottom me fitavam com um pouco de compaixão. — Podemos ir, hum? Acho que seus pais iriam odiar nos ver chegar atrasados para a ceia de Natal.

— Mas e o Draco? Pensei que ainda fosse se despedir dele. - disse a morena. — Podemos esperar mais um pouco, acho que o papai não...

— Eu falei com o Malfoy ainda ontem a noite. - menti. — E afinal de contas, ainda vamos nos encontrar no ano novo, certo?

London apenas assentiu, mas não sem me lançar um olhar desconfiado antes. No fundo, ela sabia que eu não havia me encontrado com o loiro durante a noite... Ele vêm andando um pouco estranho desde aquela manhã quando me deixou em seu chuveiro para se encontrar com o Lorde das Trevas.

Eu sabia que tinha algum motivo o prendendo em Hogwarts no Natal, algo bem maior que ele apenas querer um pouco de sossego... Mas, como agora era de seu costume, ele não me disse nada. Eu odiava o ver nessa posição, ver o quanto nossos pais estavam o fazendo sofrer desde que se tornou um Comensal da Morte.

— Por que vamos de trem? Podemos apenas aparatar, estamos no 7° ano. - eu disse, tentando deixar as preocupações com um certo loiro de lado.

— Neville não gosta de aparatar, e mamãe prefere que usemos o trem. - arqueei a sobrancelha, ela riu. — Nem me pergunte, eu nunca entendi o porquê disso tudo.

A fumaça da locomotiva se dispersava sobre a cabeça das pessoas que conversavam, enquanto gatos de todas as cores trançavam por suas pernas. Eles miavam uns para os outros, descontentes, sobrepondo-se ao barulho das malas pesadas que eram arrastadas.

Os primeiros vagões estavam lotados de estudantes, uns debruçados sobre as janelas conversando com os amigos e outros brigando por causa dos lugares.

Depois de algum tempo vagando pelo trem, acabamos por encontrar um compartimento vazio no final do vagão. Neville primeiro colocou seu sapo dentro da cabine, logo se acomodando numa das poltronas de frente para mim e London.

— Ah, eu estou tão animada por você ter aceitado vir comigo. - disse a garota, batendo seu ombro contra o meu. — Pensei que fosse preferir ficar com o Draco em Hogwarts.

— Tecnicamente, você me obrigou a vir. - eu ri ao ver o semblante fechado da morena. — E Draco disse que queria ficar sozinho, eu não ia insistir...

— Vocês estão mesmo juntos? - indagou o Longbottom ao se intrometer na conversa. Eu o fitei com a sobrancelha arqueada, mas por fim dei de ombros.

— Sim... Ou não... Eu não sei. - suspirei. — Acho que ele gosta de mim, mas não sei... Draco vem estado um pouco distante desde que...

— Desde o quê? - perguntou London.

— Desde que discutimos. - menti novamente, encolhendo os ombros. — Eu acho que esqueci de te contar isso...

— Quero saber de tudo depois. - ela disse. — Mas tenho certeza de que Draco realmente gosta de você. Ele nunca deixou nenhuma outra pessoa se aproximar tanto... Vocês dois estão sempre grudados.

— E ele te olha com os olhinhos brilhando. - afirmou Neville, com um sorriso grande. — Como agora...

O garoto inclinou seu corpo em minha direção, tocando levemente meu queixo e o virando em direção a grande janela do vagão que nos dava uma boa vista da entrada do enorme castelo.

Ali, um pouco afastado dos demais alunos, estava o Malfoy; Ele me fitava atenciosamente... Aquele olhar que me incendeia. A gente se conheceu a tão pouco tempo, mas dentro de mim parecia que ele habita a milênios. Era estranho, mas parecia que de alguma forma, Draco havia traçado o meu corpo antes; Porque ao passear seus olhos em mim, ele sabia todo o caminho...

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