Capítulo 17 [FIM]

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E assim, um bom tempo se passou desde então. Heloísa aos poucos deixou a McGarden sumir. Os sorrisos eram frequentes. Os carinhos e carícias, o amor e a paixão moravam naquela casa.

Heloísa com a ajuda de Helena conseguiu com que o incidente com Antônio fosse absorvido com a explicação de que tudo foi por legitima defesa. Julia foi presa com Antônio em Madrid. Os mesmos aguardariam o julgamento em regime fechado. Mas não existia sequer a chance de que fossem inocentados. A identidade falsa adquirida por Heloísa foi resolvida através do pagamento de uma gorda fiança. Logo após João Felipe ter confessado tudo à Heloísa, confessou também a morte do motorista Vincent. A garota que para todos os efeitos era a filha de Julia, nada mais era do que uma garota qualquer paga para interpretar por um dia. Os bens de Heloísa não foram confiscados. Voltariam para suas mãos em breve. A mansão McGarden foi vendida, assim como a mansão que ficava no Brasil, onde tudo aquilo aconteceu. Heloísa transferiu a matriz da joalheria Orc's para o Brasil. Gostava de ser empresária. A ideia de vender sobremesa na loja de doces para o resto de sua vida não lhe agradava muito

Era um dia lindo de sol e como sempre, Heloísa surpreendendo Rodrigo a cada dia. Era domingo e como sempre... Programaram algo diferente. Um piquenique. Nem Heloísa e nem Rodrigo fizeram isso antes. Enquanto ela arrumava os petiscos e doces em uma bolsa térmica, Rodrigo encontrava-se em seu quarto, concentrado naquele pequeno caderno.

"Isso que aconteceu, jamais deve ser comemorado, mesmo que graças a isso eu tenha encontrado a razão da minha vida.

Mas por sua culpa, Fabrício... Por sua irresponsabilidade e ganância, eu sou feliz.

Você não merece, nunca merecerá... Mas essa criança merece, e tenho certeza de que ela será uma ótima mãe. Só ainda não sei como ela reagirá. Contarei hoje. Seja como Deus quiser.

Onde quer que esteja... Me deseje sorte."

Seu irmão, Rodrigo

Ele aproximou-se quieto. A casa de Rodrigo praticamente fora modificada e tomada pelas lindas flores que eram produzidas no canteiro da pequena Victoria. Heloísa estava terminando de ajeitar o suco dentro da bolsa, quando sentiu o abraço aconchegante de Rodrigo envolvê-la.

— Está pronta, Senhora Lockser?

Ela virou-se de frente para ele. O mesmo adorava aquele olhar sereno, calmo e leve que agora ela tinha. Ele sorriu.

— Sabe de uma coisa? — acariciando seu rosto.

— O quê?

— Eu amo quando me chama assim... — sorrindo.

— De senhora Lockser?

— Uhum.

— Sério, senhora Lockser?

Ela riu e o abraçou acompanhada de um doce beijo. Logo depois ela continuou admirando-o, acariciando seu rosto de forma delicada.

— Meu policial... — sussurrando.

Ele avançou em seus lábios e a beijou intensamente. Ali mesmo, na cozinha, ele a prensou junto a pia e passeou com suas mãos sob a perna dela, que lentamente começou a arrepiar-se conforme a mesma aproximava-se de seu sexo. Os lábios aproximavam-se de seu pescoço, deixando que a língua brincasse e trilhasse o caminho que quisesse ali. A respiração começava a mudar, a ficar mais curta e ao mesmo tempo mais rápida. Ela aproximou os lábios de seu ouvido e, sussurrando, provocou-lhe:

Memórias [Concluída]Where stories live. Discover now