Capítulo 17

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Recado da autora: Esse capítulo é MUITO grande, então eu dividi em três partes!

Quem topa mais uma maratona?!

Se esse capítulo chegar a 15 estrelinhas ou 35 comentários eu publico a continuação na terça-feira e a última parte na quarta-feira!!! Combinado?!


Quinta e sexta eu não tentei falar com a Aline. A ideia da Carla tinha sido muito boa. O lugar onde íamos era cheio, barulhento e com vários jogos legais. Eu costumava me divertir muito lá com a minha irmã quando éramos mais novos, mas com o tempo, eu comecei a sair cada vez mais com os meus amigos e cada vez menos com ela. Sábado não seria só um dia para fazermos as pazes, mas para resgatar a nossa amizade que estava adormecida.

Assim que acordei, me segurei para não deixar transparecer que eu sabia de alguma coisa. Tomamos café e almoçamos juntos e, assim como ela tinha feito durante toda a semana, continuou fingindo que eu não existia. Durante todo o dia o meu celular não parava de apitar com mensagens do grupo da escola. Desde quinta eu não troquei mensagens com eles. Eu não podia avisar que não ia ao encontro. Eu não queria dar explicações a ninguém, então preferi apenas faltar e depois dizer que não tinha conseguido ir. Seria a primeira vez que eu daria um bolo neles, não era nada tão grave.

No meio da tarde o Pedro chegou a nossa casa e ficou com a Aline assistindo um pouco de televisão. Fui para o meu quarto e já me arrumei para sair logo após a eles. Ouvi um barulho de porta fechando e fui para a sala onde encontrei o Pedro sentado no sofá sozinho e mexendo no celular. Ele ergueu os olhos ao me ouvir entrando na sala, respirou fundo e guardou o celular no bolso. Sentei ao lado dele antes que ele falasse.

- Tá difícil pro teu lado.

- Sério? – Fui sarcástico, mas logo sorri. Eu sabia que ele não estava pegando no meu pé e também sabia que ele continuava tentando fazer a minha irmã voltar a falar comigo.

- Eu juro que tô tentando te ajudar, cara!

- Eu sei. – Sorri, agradecendo. – Eu sei que vacilei, sabe? Eu já te expliquei o porquê de agir assim... Não é o certo, mas nem sempre a gente age com a razão...

- É...Não foi o certo mesmo, não nesse caso, pelo menos.

- Mas eu tô tentando mudar de verdade. Eu quero ficar bem com ela. Não só para fazer as pazes, mas ficar bem todos os dias. – Eu fui sincero e percebi que ele sabia que eu estava falando a verdade.

- A Aline disse que você parou de tentar falar com ela nesses dias.

- Foi. Ela não queria me ouvir e ela me pediu para eu respeitar o espaço dela e esperar ela querer falar comigo. Tô respeitando o pedido dela, mesmo que não seja fácil. Minha vontade era de entrar no quarto dela, já que ela passa o dia inteiro trancada lá dentro e trancar a porta até ela me ouvir. – Soltei um sorriso triste. – Só que fazer isso seria fazer praticamente o que sempre fiz com ela, né? Eu prometi que ia mudar e estou mudando! Sábado passado eu não fiz por mal, eu só me assustei. Não parece, mas saber que a sua irmã mais nova está namorando é bem assustador! – Ouvi um barulho atrás de mim e olhei para trás.

A Aline estava parada olhando para nós. Na verdade, ela estava olhando para mim. Eu conhecia minha irmã bem o suficiente para saber que ela estava travando uma luta interna: manter o silêncio ou começar a brigar comigo. Pela primeira vez naquela semana eu torci para que ela escolhesse o silêncio. A ideia da Carla tinha sido muito boa, e era bem mais provável que a gente fizesse as pazes mais rápido no meio das brincadeiras do que discutindo na sala da nossa casa e na frente do namorado dela. Ela chegou a abrir a boca, mas desviou os olhos para o Pedro e voltou a fechá-la, sem emitir nenhum som. Caminhou na direção dele e o cumprimentou com um selinho.

A Melhor Amiga da minha IrmãWhere stories live. Discover now