• Capítulo Vinte e Cinco

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Katrinne


Acordei cedo e fui tomar um banho antes de Peter acordar, pedi Zara o número de algum salão que tenha aqui por perto, hoje quero estar linda para Peter, e em especial para mim. Depois de ligar para o salão e marcar minha hora eu fui no quarto chamar Peter para poder tomar café.
- Bom dia príncipe – falo me deitando sobre ele colocando minha cabeça em se peito.
Ele apenas sorri e nos roda na cama ficando sobre mim deixando seu cabelo bagunçado cair para frente – Bom dia minha princesa – ele fala e me beija.
Corto nosso beijo e ele me olha com cara de cachorrinho que caiu da mudança – Não me olha assim, temos que ir tomar café, eu tô com fominha – eu falo.
- Meu bebê tá com fominha?! – Peter beija meu pescoço.
- E muita, vai tomar seu banho logo – eu falo.
Ele sai de cima de mim relutante e vai em direção ao banheiro, ele tira sua roupa e entra de box no banheiro.
- Amor, eu vou ir no salão hoje, Sam vai comigo e acho que vou chamar Hanna, Gabi e Manu, vamos passar um dia de meninas – eu falo.
- Eu vou ter que resolver algumas coisas sobre o nome da loja, a daqui ainda não mudou e eu quero ter certeza que todas vão estar com o novo nome, eu posso levar vocês e depois eu vou para loja – Peter fala.
- Por mim tudo bem, mas, é mais gente que o carro pode levar, sem contar que temos a pequena Sophi – eu falo.
- Eu não havia pensado, como vocês vão? – Peter.
- Estou pensando em ir na minha moto e as meninas no carro de Tom, aí da para colocar a cadeirinha da Sophia – eu falo.
- Uma ótima ideia, me trás a toalha? – Peter.
Eu mereço uma coisa dessas!
- Já vou!! – Eu falo.
Pego a toalha e o entrego, ele tenta me puxar mas eu me seguro na porta, já estou atrasada e preciso tomar meu café.
- Hoje não mocinho – Eu falo.
- Estraga prazeres – Peter fala e eu me viro e olho na pia onde já tinha uma toalha dobrada.
- Eu não acredito Peter – Eu falo.
- Eu tentei... Não consegui, mas tentei – Peter fala.
- Você não presta, eu vou descer, te espero lá em baixo – Falo e ele sai do box, lhe dou um selinho casto e corro para fora do banheiro antes que faça o que eu realmente quero fazer.
Desço as escadas e todos estão reunidos na sala, toda a família está sentada no sofá enquanto Phillipe e Nathália estão em pé na frente de todos, acho estranho mas mesmo assim continuo descendo.
- Ah, Kat, temos uma novidade, você sabe se Peter vai demorar? – Phillipe fala.
Quando eu abrir minha boca para falar sinto duas mãos na minha cintura e então Peter fala por mim – Eu estou bem aqui.
- Venham, sentem-se, queremos toda a família reunida – Nathália fala.
- Então, qual a grande novidade? – Jonathan pergunta.
- Estamos muito felizes, nossa família vai aumentar, a gente estava pensando em um bebê só daqui alguns anos, mas Deus quis que ele viesse antes e mesmo assim terá todo o amor e cuidado que podermos dar, a novidade é que estamos grávidos – Phillipe fala.
Todos na sala se calam e se entreolham e eu vejo Peter um pouco desconfortável com a descoberta.
Será que ele está incomodado em relação a Nathália estar grávida?
- Vamos para o café?! – Hanna fala.
- Acho melhor – Jonathan fala.
- Eu só posso lhes dizer parabéns, vai ser ótimo ter mais um bebê correndo por essa casa – Zara fala.

Peterson


Todos se levantam para ir para fora de casa, virou rotina todos os cafés da manhã serem na mesa que tem no quintal. Kat me chama para ir também e eu ainda sem acreditar me levanto. Sinto uma mão em meu ombro, então me viro e vejo Phillipe me olhando.
Veio pisar mais na carniça, urubu?!
- Precisa de alguma coisa Phillipe? – eu falo.
- Preciso de falar com você, por favor Peter, me escute – Phillipe fala.
- Ei, meu amor, vai lá, ouça, eu vou ir comer e guardo seu lugar – Kat fala e me dá um selinho.
- Vamos para o escritório do papai, lá podemos conversar melhor – eu falo.
- Vamos – Phillipe.
Seguimos para o escritório em silêncio e ao chegarmos eu me sento na poltrona do meu pai e Phillipe a minha frente.
- E então?! – Eu pergunto.
- Olha Peter, eu pensei muito sobre tudo o que eu fiz com você durante toda nossa vida, as mulheres que amou eu peguei de você sem pensar em seus sentimentos, e eu me arrependo muito por tudo isso, eu sempre tive muita inveja de você, sempre com as mulheres mais bonitas, sempre foi mais amado pela mamãe, o pai sempre teve orgulho de você e eu queria ter alguma que fosse sua, mas, eu não quero que pense que eu me arrependo de ter ficado com Nathália, eu a amo, amo muito, não fiz por capricho, eu faria quantas vezes preciso, mas voltaria no tempo para mudar todas as minhas ações com você, me desculpa meu irmão – Phillipe fala e eu não consigo responder nada de imediato. Me levanto, o encaro e vou em sua direção. Ele se levanta já esperando o soco, mas eu apenas o abraço.
- Está tudo bem meu irmão, eu amo Kat, não me importo mais com Nathália, você sabe o motivo de eu ter ficado meio abalado com essa história, mas, eu fico muito feliz pelos dois meu irmão, e fico feliz por ter vindo falar comigo... – nos desfazemos do abraço e sorrimos um para o outro.
- Aliás, me desculpa pelo que eu falei de Kat, eu não sei o que deu em mim, da para ver o quanto vocês se amam, e eu vi que você deu o colar da mamãe para ela, parabéns meu irmão, você achou uma bela mulher – Phillipe.
- Obrigada meu irmão – o abraço mais uma vez – agora vamos comer, por favor, estou faminto – ele ri.
Nos abraçamos novamente e vamos em direção a mesa. Quando chegamos todos param a conversa e nos olham, nossa mãe abre um sorriso enorme quando nos ver, se levanta e vem até nós e nos abraça.
- Eu sabia que vocês iam se entender – minha mãe fala emocionada.
- Ei, policial durona, pare de chorar – Eu falo.
Minha mãe bate continência e nós rimos – Estou muito feliz meus filhos – ela fala.
- Eu também mamãe – Phillipe fala.
Vamos todos para mesa e nos sentamos, eu dou um beijo na cabeça de Kat que me devolve um sorriso.
- Quero saber de tudo depois – Kat sussurra.
- Pode deixar minha linda, vou te contar tudo – eu falo.
Todos na mesa começam uma conversa e eu e Kat pela primeira vez nos envolvemos na conversa e rimos com todos.
- E qual o sexo que vocês querem para o bebê? – Manu pergunta.
Todos na mesa param subitamente de falar e a olham.
- Desculpa, eu falei algo de errado? – ela fala.
- Não querida, tudo bem, eu acho que é menino, eu sinto isso sabe?! Já o Phillipe quer menina – Nathália.
- E quando vai ser o primeiro ultrassom? – Hanna pergunta.
Eles entram na conversa do bebê novamente me deixando desconfortável.
- Amor, eu não tô bem, vamos comigo até o quarto – Kat fala, eu sei que ela não está sentindo nada, é para me tirar daqui.
- Eu te levo princesa – eu falo já me levantando.
Ao passarmos pela porta ela muda sua expressão de dor para séria e então me olha sem seu brilho alegre em seus olhos.
- Então? – ela fala.
- Vamos para o quarto, lá conversamos – eu falo.
Ela não me responde apenas se vira e vai na frente – Será que ela está pensando que eu ainda gosto da Nathália? – assim que entramos no quarto Kat se senta na cama me olhando e esperando que eu comece. Vou até a cama e me sento ao seu lado na cama e a olho nos olhos.
- Quando eu e Nathália ainda namorávamos ela acabou engravidando, imagina a alegria que eu fiquei, que essa família ficou... Ficamos meses arrumando o quartinho da nossa pequena Angel, compramos tudo para a bebê, fizemos chá revelação, eu estava andando nas nuvens, até que na 20ª semana de gravidez....

Flashback

- PETER – Ouço Nathália gritar – TA DOENDO,  PETER, MINHA FILHA – ela chora desesperadamente. Eu me levanto e vejo minha cama toda ensanguentada.
O desespero toma conta de mim e a única coisa que eu sei fazer é chorar, minha filha estava indo embora e eu não podia fazer nada... Estava me sentindo imponente, pego meu celular e ligo para o Dean que me atende em imediato e pede para eu levar Nathália ao hospital. A pego no colo toda ensanguentada e a coloco no carro, a viajem que eu deveria fazer em 40 minutos eu levo 15 quase matando algumas pessoas.
Chegamos no hospital e eles tiram minha mulher de mim e a levam, mas não me deixam ir junto. Algum tempo se passou e vejo Dean chegar com um olhar sombrio em seu rosto.
- Nós perdemos a criança senhor Peter, não foi possível salvar... – as vozes somem, eu só consigo pensar no meu bebê, no meu doce bebê que se foi e eu nem pude ver seu rostinho.
Dean me abraçou e me deixou chorar tudo o que eu tinha que chorar, eu tinha que parecer forte perto de Nathália, eu tinha que ser forte por nós dois. Nathália ficou dias sem se alimentar direito, ela dormia no quarto da bebê, ainda falava adulando sua barriga como se alguém ainda estivesse ali, eu não conseguia mais vê-la assim e então em uma noite eu dopei Nathália de remédios para dormir e me desfiz do quarto, aquela noite eu chorei, chorei tanto, eu ainda não tinha parado para pensar que eu tinha perdido metade de mim, eu estava ocupado de mais cuidando de Nathália, mas aquela noite, minha ficha caiu e aquela noite eu chorei como em nenhuma outra.
Quando ela acordou no outro dia que ela viu o quarto sem os móveis ela partiu para cima de mim, me bateu, falou coisas horríveis e eu só escutei, depois ela me abraçou, e nós ficamos ali, no meio de um quarto vazio abraçados.

Flashback

- Foi um aborto espontâneo, o corpo dela expulsou o feto, por conta das alterações cromossômicas – eu falo.
- Ah, Peter meu amor – Kat me abraça chorando e eu me permito chorar mais em seu ombro.
- Não pense que é por Nathália, não é, é só que vê-la grávida vai me lembrar da minha pequena que eu não pude nem pegar no braço.
- Ei – Kat sai do abraço e pega meu rosto me fazendo olha-la e então ela passa o dedo em minhas lágrimas – Eu sei, me desculpe por pensar isso, meu amor, eu prometo que vou te fazer o homem mais feliz da face da terra, eu juro, por tudo e pra sempre meu príncipe – Kat Fala.
- Tem como ser mais perfeita?! – eu falo voltando a abraça-la.
- Só te beijando – Ela sussurra.
Eu a olho sorrindo e então colo nossos lábios em um beijo calmo e com o gosto salgado das nossas lágrimas.
- Eu te amo Peter – ela sussurra após o beijo.
- Eu te amo Katrinne – eu sussurro de volta.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Onde histórias criam vida. Descubra agora