• Capítulo Vinte

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Katrinne


Peter estar demorando muito e eu já estou entendida dessa tal de Lá Casa de Papel, e então eu decido que vou ir atrás dele. Chego na cozinha e não o acho.
Será que ele foi beber?
Vou até o bar onde vejo a senhora que foi no meu quarto mais cedo e a outra loira de frente para Peter que mais tarde descobri ser Andréia. Ela está chorando alto e Peter está rindo.
Eu estou escondida apenas escutando a conversa então nenhum deles podem me ver.
- Por favor Peter, eu juro que eu me arrependo de mais, eu coloco a Bianca para adoção, eu faço de tudo para ficar com você, por favor Peter... – Andréia fala.
- Você tá maluca garota? A pequena é sua filha, como você pode falar uma coisa dessa?
- Me desculpa, então a gente fica com a menina, eu só quero ficar com você Peter – Andréia fala.
- Eu amo a Katrinne, ela nunca me enganou, ela sempre foi sincera, e nunca sequer pensou em me trair, como você fez muitas vezes – Peter fala.
A mulher foi para frente e ficou de frente para ele.
- Eu lhe faço esquecer aquela garota, fica comigo Peter, por favor, me de outra chance?! – Andréia pede.
- É, ela te ama Peter, minha filha sente muita saudades sua – A outra mulher fala.
- Calem a boca, eu odeio todas as duas eu nem sei o que fazem aqui, vão embora da minha casa, me deixem com a mulher que eu amo, eu não te amo Andréia, e eu nunca te amei – Peter fala.
Andréia então abraça Peter e aquilo faz meu coração doer.
- Eu te amo tanto – Andréia fala.
Peter empurra ela que cai no chão, então Peter se aproxima dela que já estava se levantando.
- Nunca mais, está me ouvindo? Nunca mais encoste em mim ou se aproxime de Kat.
Peter fala e se vira para sair e então a mulher pula em Peter novamente e chora igual a uma criança mimada que não ganhou o que pediu de Natal, Peter a empurra novamente porém mais forte, eu preciso intervir antes que aconteça algo, a mãe dela está ali e não faz nada, acho que é isso o que elas querem, que ele a machuque.
Entro no bar correndo e seguro Peter pelo braço.
- Não meu amor, chega, não vale a pena, vamos para o quarto – Falo.
- Sai daqui, você não sabe o quanto essa garota já me fez sofrer, eu não mereço isso o que ela está fazendo comigo – Peter grita.
- Eu não vou sair Peter, você pode gritar comigo, mas eu te amo de mais para deixar você fazer merda, então você vai sair daqui comigo.
Peter me empurra de leve e tira minhas mãos de seu braço.
- Cala a boca Katrinne – ele se vira para mim com ódio.

Flashback

- Cala a boca Katrinne – Caleb fala e me empurra no chão.
- Me desculpa, eu não quis falar algo que lhe ofendesse, me desculpa meu amor, eu juro que não foi intencional – Eu falo.
- Sua vagabunda – Caleb fala já levantando a mão para me bater.
Ele me dá um tapa no rosto que me faz cair no chão. A essa altura já estou chorando. Ele me pega pelo cabelo me fazendo olhar em seus olhos.
- Olha, você tem sorte de eu te amar, você é feia e gorda, ninguém te amaria nunca, e ainda tem coragem de falar que eu nem trabalho direito?! – ele cospe em meu rosto – Pede desculpas agora Katrinne.
- Me desculpa meu amor, eu não falei querendo, eu te amo tanto e sou tão grata pelo seu amor – Minto.
Ele então me joga no chão e dá um chute na minha barriga eu fico com falta de ar o que só me faz chorar mais.
Cala boca Katrinne, ele vai te bater mais!!
Ele se ajoelha ficando por cima de mim. Coloca as duas mãos no meu pescoço o apertando, quando meu ar já estava acabando ele me solta com força, fazendo minha cabeça bater contra o chão, ele sorri pra mim e passa uma mão pelo meu rosto fazendo carinho.
- Eu te amo tanto sua cachorra, mas porque você tem que ser uma puta vagabunda? – ele me dá um tapa – porque você tem que me desobedecer, em sua vadia? – outro tapa.
- Me desculpa – falo chorando e soluçando.
Para de chorar, ele não tem pena de você, ele só vai te bater mais!
Ele não me responde apenas sorri e então se levanta e estende a mão para mim para eu poder levantar.
Oh meu Deus, Obrigada!
Assim que eu me levanto ele chuta minhas pernas me fazendo cair novamente. Ele me pega pelos cabelos e me arrasta pela sala, quando chegamos na porta do quarto ele me levanta e me deixa em pé.
- Agora, Katrinne, você vai me satisfazer – ele fala e abre a porta do quarto.
Não, de novo não, por favor!
Ele me disse que sempre que eu fizer algo de errado eu tenho que fazer o melhor sexo da vida dele ou eu vou apanhar mais.
Eu tenho que entrar no quarto e tirar toda minha roupa e o esperar de quatro na cama.
É assim que eu faço toda vez, eu tenho que sentir esse monstro dentro de mim e não posso chorar se não eu apanho, não posso dizer nada ou eu apanho, eu tenho que viver sobre suas ordens.
- Eu estou pronta – falo depois de tirar minha roupa e me direcionar até a cama.
Ele chega e ouço sua calça cair no chão vejo sua blusa ser jogada pelo quarto e então sinto a cama abaixar um pouco.
Ele me dá dois tapas na minha bunda, ele abre minhas nádegas e começar a penetrar seus dois dedos, dói muito... Eu tento segurar o choro mas dói tanto. Com sua outra mão, ele começa a me estimular, o que não faz tanta diferença, já que não sinto nada, nem a dor física consegue ser tão avassaladora quanto a dor psicológica que estou sentindo agora.
- É disso que você gosta não é vadia? De apanhar, de sofrer na cama, não é Katrinne? – Ele pergunta com a voz arrastada.
Não, mas faço isso por medo de você seu monstro!!!
- Gosto – Falo segurando o choro.
Depois de me penetrar com os dedos ele coloca seu membro em mim com força, fazendo movimentos rápidos enquanto segura meu cabelo, eu tento segurar meu choro mas dói muito, dói tanto que eu estava vendo pingar gotas de sangue no colchão, eu não resisto e começo a chorar e gritar, nesse exato momento ele para e me vira, me dando um soco em meu rosto.
- O que eu te falei sobre chorar sua vagabunda?! Cala a boca sua cadela!
- Me desculpe
Ele abre minhas pernas com força e volta a me penetrar, novamente com movimentos rápidos, ao gozar em mim, ele deita de lado e me puxa pra me deitar no seu peito
- Seu nariz tá sangrando – ele passa o dedo no meu nariz e depois para e olha na cama – e pelo visto sua bunda também – ele aponta para o lençol – melhor limpar isso, ou amanhã vai ser ainda melhor – Ele faz carinho em minhas costas.
- Tudo bem Caleb – Falo.
Ele me dá um tapa e aperta minhas bochechas me fazendo o olhar – Caleb não, meu amor!
- Tudo bem, me desculpe, meu amor, eu não faço mais! – Falo.
Espero ele dormir, depois que ele dorme eu vou de fininho pro banheiro, ao tomar um banho quente e reconfortante eu encosto minhas costas na parede e vou deslizando até o chão e fico lá chorando... Enquanto sai todo o sangue do meu corpo, ainda dói tanto... Eu sei que sou a culpada por não fazer suas vontades, mas eu queria tanto que ele me entendesse, queria tanto que ele soubesse que não é minha culpa, mas eu aguento tudo calada, ele é meu namorado eu devo respeito a ele.
Volto para a cama e me deito em seu lado e assim foi mais uma noite normal da minha vida.

Flashback

Não sei como eu cheguei no quarto e nem quando eu peguei a mala, mas cenas de Caleb me batendo não saem da minha cabeça.
Pego minhas roupas sem as dobrar e as jogo na mala, devem ser quase quatro da manhã mas eu não fico mais aqui, o medo que eu senti quando olhei nos olhos de Peter.
A porta se abre e vejo Peter entrar e olhar para a mala. Ele chama meu nome. Não respondo. Mais uma vez, eu simplesmente o ignoro.
- Onde você vai? Você tá louca meu amor? Você não pode ir embora! – Ele fala.
- Não me chama de meu amor, Peter, só converse comigo no dia em que você for pegar o seu carro, me esqueça Peter, nunca mais me procure – Eu falo e entro no banheiro para pegar minhas maquiagens.
- Kat, porque você está fazendo isso? – Peter pergunta.
- Você sabe o medo que eu tive quando eu olhei nos seus olhos? Você me lembrou o Caleb, e em como ele falava que me amava antes de me bater ou de me molestar, eu achei que nunca fosse sentir aquele medo de novo, até olhar em seus olhos Peter! Eu não vou ficar com um cara que eu vou ter medo de olhar para ele sempre que ele estiver com raiva.
- Me desculpa amor, me desculpa, você é a única pessoa no mundo que eu não posso perder, eu te amo tanto, me desculpa!
- Peter, você tem que estender que não é uma moto que vai limpar sua barra ou um pedido de desculpas, eu fiquei com tanto medo de você, seus olhos, seus olhos tinham ódio enquanto me olhavam, o mesmo olhar de Caleb quando me batia e me fazia sangrar, o olhar que eu pensei nunca mais ver.
- Eu... Eu não posso te perder, Kat, eu preciso de você, não vá, me deixa mudar, me deixa melhorar por você, eu preciso de você, do seu beijo, do seu abraço, do seu cheiro, do seu amor, eu não sei o que deu em mim, a Andréia, ela me fez sofrer de mais, e eu tenho sempre que descontar nas pessoas erradas, eu não devia ter feito o que eu fiz, eu não devia – Peter fala e cai de joelhos chão e coloca as mãos no rosto. Passo por ele segurando minhas lágrimas o máximo que posso. – Kat – ele sussurra meu nome. Eu olho pra ele mas não sou capaz de dizer mais nada. Ele me encara com os olhos cheios de dor. – Eu sou um monstro Kat, pode ir, eu mando buscar o carro, você nunca mais vai me ver, mas eu quero que você saiba que eu vou para sempre te amar, você mudou minha vida Katrinne, eu só fico triste por não ter conseguido mudar a sua – Ele tenta se aproximar, mas eu me afasto.
- Peter, você deu um giro na minha vida, eu nunca amei tão intensamente, eu nunca fui tão amada, nunca me senti tão bem nos braços de um homem, mas eu não consigo imaginar chegar em casa e lhe ver com raiva e quando eu tentar lhe beijar você me olhar daquela forma.
Pego minha bolsa e a coloco no chão, meu choro já não passa despercebido, ele é alto e cheio de angustia.
- Tchau Peter – falo sem o olhar e ele não me responde apenas escuto seu choro se intensificar.
Chamo um Uber que demora um pouco pelo horário mas assim que ele chega eu entro e vejo Peter na janela me olhando.
- Aeroporto, certo? – o homem me olha – tudo bem moça?
- Isso, tô sim, obrigada, só terminei com meu namorado – Falo.
- Separação complicada?
- Quase isso – Falo – Eu o amo muito sabe, mas talvez nenhum de nós dois estejamos prontos para um relacionamento.
- Te entendo moça... Aliás, me chamo Derek, e a senhorita...

...


Vim conversando o caminho todo com Derek, ele é uma ótima pessoa e escutou toda minha história, e me deu bons conselhos. Já comprei minha passagem e meu vôo sai em 20 minutos.
Eu não sei o que eu estou fazendo, eu quero pular nos braços de Peter mas eu não posso, não posso me permitir viver com medo mais uma vez.
Meu vôo é chamado e então eu vou, vou embora, nunca mais vou vê-lo, vou para casa...

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang