• Capítulo Trinta e Sete

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Katrinne


Já estou aqui a algumas horas, fiz minha unha, e maquiagem, meu cabelo já está para acabar e eu pedi para Peter vir me buscar, quando ele chegou me deu o sorriso mais bonito que já vi, ele espera a mulher terminar de faze meu cabelo, confesso que achei que ele iria demorar, por isso chamei um pouco antes, mas ele parece não ter se importado de chegar mais cedo. A mulher assim que ver Peter abaixa todo o decote e seus seios quase saltam para fora. Aquilo me deixa extremamente com raiva, mas eu não expresso nada.
- Meu Deus, amiga, sabe esse homem que está sentado bem ali? Ele é o solteiro mais gato e disputado entre as modelos de Chicago, eu só não sei o que ele está fazendo aqui, mas quem sabe eu não consiga sair com ele – A mulher fala.
- O solteiro mais gato? – Eu falo segurando a risada.
- Sim, saiu na revista de fofoca dessa semana, desperdício um homem desse solteiro – Ela fala.
- Sabe, eu acho que ele está aqui esperando a noiva e mãe do filho dele – Eu falo um pouco mais baixo como se fosse um segredo.
- Jura?! Ah, que pena, mas como você sabe? Você a conhece?
- Conheço sim, quando ela aparecer eu te mostro – Eu falo.
- Bom, não vai ser possível, eu já terminei o seu cabelo, acho que vou ter que descobrir quem é sozinha – a mulher fala.
Eu lhe dou um sorriso pelo espelho e me levanto, vou com ela até o caixa onde eu passo o meu cartão. Me despeço da mulher mas antes me certifico de ela está olhando para Peter.
- Porque não vai levar um cafezinho para ele? – Eu falo e ela sorri – Onde fica o toalete?
Ela me explica onde fica o banheiro e então vou até ele, faço meu xixizinho, dou uns cinco minutos e saio do banheiro e vejo que a moça está se aproximando, vou bem lentamente dando tempo da mulher chegar em Peter, ela oferece o café e ele aceita. Então eu acelero meus passos e vejo o grande sorriso de Peter em minha direção, a mulher se vira para olhar quem e o seu sorrisinho bobo se desfaz imediatamente.
- Oi meu amor – Peter fala quando eu me aproximo – Oi pequeno – ele sussurra ao passar a mão na minha barriga – Você está... maravilhosa.
- Olá, solteiro mais gato de Chicago – Ele me faz uma careta estranha – Amor, sabemos que “ela” é só um feijãozinho, acho que ela ainda não te intende.
- Solteiro mais o que? – Peter fala e entrega a xícara a mulher.
- Aah... Paola, me disse que saiu em uma revista que você é o solteiro mais gato de Chicago – Eu falo em um pequeno tom de deboche direcionado a Peter.
- Ainda bem que em questão de ser solteiro é mentira – ele fala e me puxa pela cintura.
- A maquiagem, não posso te beijar – minto sorrindo para ele que me olha com os olhos cerrados – Vamos amor? Obrigada, Paola, eu amei tudo – eu falo e ela apenas sorri para mim, eu tenho certeza que ela ficou envergonhada, mas ela praticamente se jogou para cima dele.
- Vamos! – Peter fala colocando a mão na curva da minha coluna.
Peter resolve parar em um restaurante para nós podermos almoçar, já são cinco horas e o casamento é as sete, e eu só estou com o café da manhã.
- Eu acho que vou ter que ficar colado com você 24 horas, agora você tem que se alimentar direito e se esqueceu de almoçar Kat? – Peter fala.
- Desculpa amor, eu me esqueci, vida de mãe é uma coisa nova para mim, eu ainda tenho que me acostumar – Eu falo.
- Kat, eu só estou preocupado, você sabe que eu tenho medo de tudo o que pode acontecer com você, com o nosso feijãozinho – Peter fala e eu acabo rindo – O que foi?
- Você chamou nosso bebê de feijãozinho, foi engraçado – Eu falo e Peter acaba rindo também.
Eu acabo comendo duas vezes e ainda como quatro petit gateau com sorvete de morango.
Peter ficou me olhando enfiar comida para dentro com uma expressão de susto, acho que ele não está acostumado a ver uma pessoa comer tanto.


...

Peter veio fazendo gracinha o caminho inteiro, ele realmente se impressionou com o tanto que eu comi. Ao chegarmos em casa fomos direto para o quarto, tomei um banho de banheira para não molhar meu rosto ou cabelo. Eu vou me vestir enquanto Peter vai tomar o banho dele. Coloco meu vestido e tiro uma foto no espelho pelo celular de Peter.
Já pronta eu espero Peter terminar de se arrumar, já são 06:30 e temos que estar lá mais cedo, já que somos os padrinhos, mas pelo que parece, isso não vai acontecer. Peter veste o seu tão famoso terno, ele fica meia hora na frente do espelho tentando fazer o nó na gravata, mas também não me deixa ajudar.
- Amor, temos que estar lá mais cedo, me deixe fazer isso por você, eu achei que por morar sozinho você soubesse fazer isso – Eu falo.
- Tudo bem, eu desisto, e quem faz isso por mim é a diarista que vai lá em casa, eu só aperto o nó – Peter fala e eu acabo rindo.
- Vamos meu amor? – Eu falo lhe dando a mão.
- Vamos meus amores – Peter fala e me faz sorri.
Ao chegar fico muito maravilhada, tudo está tão bonito que acabo tendo vontade de me casar também. Tem flores brancas ao redor das cadeiras brancas formando uma entrada, lá na frente tem uma árvore tão bonita e refrescante que dá até vontade de tirar um cochilo lá.
- Será que durante toda minha gravidez eu só vou pensar em dormir e comer? – Eu pergunto.
- O que? – Peter fala.
- Olha só aquela árvore, veja só se não dá vontade de se deitar ali e dormir – Eu falo e Peter acaba rindo – Sem contar que já estou com fominha.
- Katrinne, você comeu duas vezes uma pratão cheio de strogonoff, e ainda quatro sobremesas, como você ainda aguenta?
- Culpa da sua filha, é ela quem me faz querer comer tanto – Eu falo.
- Ou do nosso filho! – Peter.
- Ou do nosso filho! – Eu concordo.
Na frente da árvore tem um tipo de arco quadrado com flores também, muito bonitas.
Todos estão muito elegantes e super bem vestidos, esse lugar é muito calmo e bate uma brisa tranquila.
Não quero admitir mas Nathália esta linda com seu vestido de noiva, sua barriguinha de grávida já está aparecendo, pelo que sabemos ela está com três meses, seu vestido combina com todas as flores por aqui, e ela está com o vestido que eu mais gostei, até parece uma flor.
Só parece porquê se ela fosse, ela seria um cravo ou uma planta carnívora!!
Começa a ser tocado uma musica de violino leve e muito bonita. A organizadora do evento nos arrumou em uma fila e falou para qual lado cada uma iria. Peter me deu um beijo na testa e então entramos e logo depois Phillipe entrou.
Quando a valsa nupcial começou Phillipe ficou tenso e seus olhinhos brilharam ao ver Nathália passando pela pista de madeira. Para nós que estávamos mais perto deu para perceber as lágrimas de Phillipe se formando.
- Ele a ama de verdade – Peter fala ao olhar o irmão – Assim como eu te amo!
- Estou vendo, assim até me deu vontade de casar também – Eu falo.
- E isso é um desejo de grávida? – Peter.
- Acho que sim!
Nathalia começa a andar até o altar junto com o Cristriam, seu pai, sorrindo tanto que achei que ela fosse explodir. Ela para de frente pro Phillipe que segura em suas mãos, ambos sorrindo muito, apesar de Nathália ser a noiva é eu quem fico emocionada.
- O que foi meu amor? – Peter sussurra no meu ouvido.
- Não sei, acho que são os hormônios – Eu falo e ele acaba rindo.
O padre começa a falar até que chega na parte que todos esperam para poderem pular nos docinhos.
- Nathália Orrana você aceita Phillipe Grey como seu legitimo esposo? Promete ama-lo, respeita-lo, na alegria e na tristeza, na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença? – Padre.
- Aceito – Nathália fala um tanto quanto fria.
Nathália coloca a aliança no dedo de Phillipe e a beija.
- E você Phillipe Grey aceita Nathália Orrana como sua legítima esposa, promete ama-la, respeita-la, na alegria e na tristeza, pobreza e na riqueza, na saude e na doença?
- Aceito – Phillipe fala todo alegre.
Agora é a vez de Phillipe colocar a aliança no dedo de Nathália.
- Então eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva – O padre fala e Phillipe deita Nathália um pouco em seu colo a beijando.
E Peter acaba agitando o pessoal gritando, assoviando e batendo palmas e eu como a bela noiva que sou o ajudo na bagunça. Depois da cerimônia, fomos todos cumprimentar os noivos, logo depois eu e Peter nos sentamos em uma mesa mais afastada. Nem preciso falar que eu já havia atacado a comida.
- Então, agora que vamos ter um bebê, o que vamos fazer? Tipo, em questão de casa? – Eu falo um pouco receosa.
- Eu pretendo ficar com você, cuidar de você, e eu estava pensando nisso Kat, e tenho uma proposta para te fazer – Peter fala.
- Proposta?
- Bom, você mora em uma casa, e eu em um apartamento, e como você mesma já disse um apartamento não faz bem para uma criança, então... Que tal eu me mudar?!
- Você está falando sério Peter, você quer mesmo vir morar comigo? -Eu pergunto.
- Quero, mas tenho medo de estar indo muito rápido e acabar te sufocando – Ele fala.
- Peter, a gente vai ter um bebê, você acha mesmo que não estamos indo muito rápido? Eu quero acordar ao seu lado todos os dias, quero muito, eu aceito a sua proposta, o seu carro já está na minha garagem mesmo – Eu pisco para ele.
- Então, acho que é isso, agora moramos juntos?! – Ele fala rindo.
Depois de mais algum tempo comendo e conversando com Peter sobre nós, começa a tocar uma música calma e lenta, Peter me olha com um sorriso e então me estende a mão.
- Que dançar senhorita? – Ele fala.
- Peter, não tem ninguém na pista – Eu falo.
- Ande, vamos ser os primeiros então – Peter fala e então e acabo cedendo.
Vamos até a pista e algumas pessoas nos olha, Peter passa a mão na minha cintura e eu passo as minhas no seu pescoço. Ele me puxa mais contra seu corpo, nos deixando mais próximos. Nos balançamos lentamente ao som da música olhando um para o outro sem cortar o contato visual nunca.
Assim que a música acaba vejo vários outros casais na pista dançando assim como nós, Peter me dá um beijo e me guia até nossa mesa novamente, Peter não bebeu para não me deixar na vontade, ficamos só no refrigerante, ele não gostou muito mas fez por si, eu não pedi a ele que fizesse isso, na verdade falei que ele podia beber, mas acho que ele ficou com um pé a trás.
- Okay, sua comida preferida eu sei, sua cor preferida eu sei, menos sua data de nascimento... conheço sua família, sei dos seus sonhos a longo e curto prazo, o que tem a mais que eu precise saber de você? – Peter fala.
- Ah, eu não tenho mais o que falar, você sabe da minha história, ou melhor, do meu passado, porque eu estou começando a escrever a minha história agora, ao seu lado, e eu nasci dia dezoito de Novembro, não é uma data que eu goste de celebrar e como você sabe meu amor – Eu falo um pouco triste.
- Mas, a partir de hoje, você está escrevendo uma nova história, e para isso tem que deixar o passado para trás e essa nova Kat, celebra aniversários – Peter fala.
Eu sorrio para ele que sorri de volta para mim, nós ficamos ali mais um pouco, esperamos os noivos cortar o bolo e então Peter me chama para fora do salão, ele quer me falar alguma coisa, e disse que só pode ser lá fora. Eu aceito e o sigo até o lado de fora, Peter se senta comigo em um banco de baixo da árvore.
- Peter, eu esqueci minha bolsa, eu vou lá pegar, me espere, é rapidinho – Eu falo.
- Não Kat, pode deixar que eu mesmo pego, fique aqui, eu vou e já volto – Peter fala já se levantando, eu acabo rindo quando ele sai sem esperar minha resposta.
Quando vejo Peter entrar no salão sinto uma mão forte colocar um pano ardente no meu nariz, eu me debato contra aquelas mãos porém foi em vão, minha visão fica turva e então uma escuridão completa me atinge, e eu não vejo mais nada.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Onde histórias criam vida. Descubra agora