• Capítulo Quarenta e Três

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Katrinne



Estou correndo em um jardim cheio de flores atrás de uma criança que não consigo ver seu rosto, vejo minha mãe e meu pai rindo de longe, meu irmão está na piscina, mas também está olhando para nós e rindo horrores.


- Corre minha pequena, corre, o papai não pode pegar a gente - eu grito para criança que agora reconheço como minha filha.


- Eu vou pegar vocês, não adianta correr - Ouço Peter gritar.


- Não papai, não vai, eu e a mamãe somos rápidas, v não vai conseguir - a criança grita.


Eu começo a rir e correr mais rápido, as mãos de Peter pegam minha cintura e me joga no chão, ele se senta sobre mim me fazendo cócegas, a criança também vem, mas mesmo assim não sou capaz de ver seu rostinho o sol está brilhando perfeitamente a cima de sua cabeça, me impossibilitado de vê-la.


- Para gente, já chega eu não aguento mais - Eu falo.


- Aguentaria se fosse verdade! - Peter fala.


- O que? - Eu o encaro.


- Abre os olhos Kat... - A voz de Peter vai ficando mais distante.


Acordo suada e chorando, esse sonho tem sido cada vez mais recorrente nas minhas noites, nunca muda em nenhum detalhe, é sempre a mesma coisa.


Depois da seção de espancamento que ganhei de Caleb ele não voltou mais ao quarto, já devem ter se passado dias, não como, e não bebo nada, o corrimento de sangue voltou, meu bebê está fraco, e nem eu mesma sei se vou conseguir sobreviver.


Ouço o carro de Nathália chegando, é hoje, hoje minha única esperança se vai, hoje o meu feijãozinho se vai.


Me seguro para não chorar mais, me seguro porquê não quero mais apanhar.


Nathália entra no quarto e ao me ver, com os olhos inchados, boca cortada, cheia de hematomas e corte pelo corpo, corre até mim e me tira da algema.


Ela me ajuda a me deitar na cama, seu celular toca e ela me manda ficar calada, nem que eu queira gritar eu não consigo, minha voz se foi toda. A ouço conversar com Phillipe, ela está falando sobre mim, eles estão me procurando, meu coração se enche de alegria. Ela desliga o celular e o coloca sobre o criado mudo, Caleb chega e me pega no colo e me leva até o banheiro, ele me coloca sentada na privada e tira o vestido, ele não toca mais em mim, nem tira mais nenhuma peça de roupa minha.


Ele segura minha mão e me ajuda a ir até a banheira, depois de me deitar lá Nathália chega e Caleb sai.


Ela começa a me ensaboar, a água da banheira logo fica toda vermelha, todo o sangue das minhas costas e do meu corpo começam a sair. Nathália termina o meu banho e então chama Caleb novamente. Ele me pega no colo e enrola uma toalha em mim. Ele me leva até o quarto e me senta em uma cadeira eu gemo de dor mas logo coloco minha mão na boca, não quero fazer um mínimo ruído.


- Sua lingerie está aí, vista ela que eu te ajudo com a roupa - Caleb fala.


Com o resto de força que eu tenho eu tiro a minha calcinha e sutiã e depois coloco a limpa que estava sobre a mesinha.


- Terminei - Eu falo e ele se vira para mim.


Ele sai do quarto e volta com uma roupa na mão. Uma blusa de moletom e uma calça legging preta, que ele me ajuda a vestir, depois eu me levanto sozinha e vou até a cama onde me deito, ouço Nathália gritar o nome de Caleb que sai do quarto e fecha a porta.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Onde histórias criam vida. Descubra agora