Capítulo 9

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Olá leitoras, meta batida, então vamos de Lucas. Gente, o coitado está ficando louco, rsrsrs...



Estava me tornando um homem irritável, sem nenhuma paciência para nada. E tudo graças a uma certa loirinha que resolveu brincar de pique esconde comigo. E todas as pessoas que poderiam dar algum tipo de ajuda se negavam a me dar qualquer informação. Era frustrante.

Havia se passado quase quatro meses desde que descobri que a Karen estava mais perto do que imaginava, era inacreditável como ela conseguia ser escorregadia. Cheguei a mandar milhões de recados através do Eric, ele nunca afirmou que a conhecia, muito menos negou, e havia chegado a conclusão que dele não obteria nenhuma informação. Naquelas horas gostaria de ser um filho da puta e negociar com ele a gerencia da minha boate em São Paulo pela localização da Karen.

Cheguei ao escritório do meu amigo Nicolas sem avisá-lo para mais uma vez persuadi-lo a me dar alguma pista.

— Já sei o que você quer Lucas — anunciou com um sorriso sarcástico.

O filho da mãe sabia que eu estava no limite.

— Eu pensei que você fosse meu amigo, estou decepcionado com você — declarei impaciente.

Nicolas me encarou e sua expressão irônica me enervava.

— Eu sou seu amigo, mas não vou arriscar o que tenho com a Gabriela para ajudá-lo, você sabe o quanto ela é geniosa.

Como não poderia saber? A mulher era insana e fora de controle, só mesmo Nicolas com aquele ar de frieza poderia se relacionar com ela, no entanto sabia ser uma amiga leal, nunca deixou escapar nada sobre a Karen, embora tivesse deixado claro que torcia por nós. Bela torcida eu tenho!

Cheguei para frente em minha cadeira e encarei meu amigo.

— Conte-me qualquer coisa, tenho certeza que sabe alguma coisa e não quer me contar — pedi tentando soar humilde. — Cara, eu preciso muito ver a Karen, esclarecer alguns fatos, ela pensa que fiz algo que não fiz.

Nicolas suspira e fica sério.

— Lucas, soube superficialmente o que aconteceu, Gabriela não entrou em detalhes, então me diga com toda a sinceridade: você fez algo para magoar aquela moça? — indagou.

Levantei-me da cadeira e caminhei até a parede de vidro e contemplei a paisagem lá fora, era fim de tarde e o sol já se punha.

— Eu conheci a Karen quando ela era apenas uma criança de dez anos, sempre a achei uma menina muito bonita, apesar de triste. Ela parecia um anjo perdido lá no haras. — As lembranças eram tão nítidas que nem parecia que acontecera há anos. Respirei fundo e me virei para olhar Nicolas que estava concentrado em mim. — Resumindo, ela todos os anos passava férias com seu pai, um funcionário do haras, e depois de alguns anos ela se tornou uma bela moça e comecei a vê-la com outros olhos.

— Então vocês tiveram alguma coisa no passado?

— Não, mas um dia trocamos um beijo e me senti um depravado. Assim a afastei e disse algumas coisas muito ofensivas.

Nicolas ergueu apenas uma sobrancelha e cruzou os braços.

— O que você disse, Lucas? — Perguntou apreensivo.

Então contei mais detalhadamente a merda que acabei fazendo ao repelir a Karen.

Depois de contar me joguei novamente na cadeira.

Minha PerfeiçãoWhere stories live. Discover now