Capítulo 32

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Boa noite, amores! Tudo bem com vocês? Estão ansiosos para mais um capítulo? Então aqui vai. Curtam bastante!


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Fui até a janela e observei o pequeno jardim do consultório, Carlos, meu psicólogo aguardava por minha resposta a sua pergunta: Você sente alguma diferença entre a Karen de três anos atrás da Karen de hoje?

Pensei em tudo o que me aconteceu naquela época, em como me sentia devastada, cheguei a cogitar desistir dos meus sonhos, pois fiquei sem chão. Minha confiança nas pessoas fora abalada de uma maneira opressiva, apenas meus amigos mais próximos conseguiam uma aproximação, e mesmo isso, de certa forma, não era a mesma coisa. Apenas o tempo foi capaz de amenizar o medo de me decepcionar com meus amigos, porém o receio de que uma pessoa de fora se aproximasse permaneceu.

Sabia que ainda tinha muito o que trabalhar em mim mesma. Por mais que tentasse não esquecia as atrocidades que Antônio, meu pai, fez comigo. Quanto a minha mãe, a mágoa por seu desprezo e suas palavras ditas ao longo da minha infância não era facilmente esquecida.

Por outro lado, encontrei minha alto-estima, não apenas por causa do Lucas ressurgir em minha vida. A patinação me ensinou a confiar em minha capacidade, claro, emocionalmente era um desastre total, mas ao menos alguma coisa consegui, e só o fato de saber disso já me tornava uma pessoa mudada. Voltei a encarar Carlos, ele tinha o olhar sereno e transmitia confiança.

Caminhei até a poltrona, de frente para ele, e me sentei.

— Sim, hoje sou uma pessoa diferente, tenho algumas questões a resolver comigo mesma, porém começo a entender que não é minha a culpa que carrego tem um tempo.

Ele se expressou com um aceno e um leve sorriso.

— O que quer dizer com isso?

Solto uma risada, era incrível a capacidade do Carlos de fazer eu pensar e analisar a mim mesma. Pensava que em um psicólogo você contaria seus problemas e ele viria com a solução, mas sentia como se eu mesma estivesse encontrando as respostas para todas as minhas caraminholas.

— Eu me culpava por meus pais não gostarem de mim, imaginava que poderia ter me esforçado mais, porém, agora sou capaz de enxergar que não sentir nenhuma empatia pela própria filha é uma falha deles, e não minha.

— E quanto ao Lucas? Também se sentia culpada?

— Com ele era diferente, imaginei que fiz sim, uma grande besteira, mas diferente dos meus pais não pensava que era incumbência dele gostar de mim, e analisando melhor, eu senti muita mágoa dele, eu sofri muito quando o Lucas me rechaçou há três anos — declarei pensativa.

Não tinha coerência meus sentimentos, pois deveria sofrer muito mais por causa dos meus pais, pois era praticamente obrigação dos pais tratarem bem e amar aos filhos. Lucas não tinha obrigação nenhuma, afinal ninguém é obrigado a corresponder os sentimentos de ninguém. E eu senti muito mais quando ele deixou claro que não me queria.

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