Capítulo 2

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- Direta... Assim que eu gosto, boa menina - disse com um sorriso nojento no rosto que quase a fez gritar de pavor.

- É melhor eu ir embora - diz Julienne tentando encontrar a saída mas havia muita gente tampando a passagem.

Ele a segura pelo braço e a puxa para si, fazendo ela se tremer de medo e ficar apavorada.

- Não tenha medo, serei gentil com você - isso foi o pico para que ela se descontrolasse se debatendo no braço dele tentando sair.

Sem o consentimento dela ele a beijou prendendo-a em seus braços deixando Julienne apavorada, naquele momento ela só queria voltar para casa e se sentir segura novamente.

Ela tenta se soltar mas não consegue e ele a prende mais ainda, e de repente ela sentiu ele sendo arrancado de cima dela com brutalidade fazendo-a se encolher toda diante da cena que se seguiu.

Um outro homem começa a deferir socos em sua face jogando-o de um lado para o outro atraindo olhares das pessoas, a boate era enorme mas os olhares vinham de quem estava próximo.

Julienne ficou paralisada diante daquilo e não sabia o que fazer e assim que caiu em si ela arregalou os olhos e se virou para ir embora, mas em vez disso se chocou com algo duro que parecia mais um muro.

Mas aí ela recobrou os sentidos e viu que era um homem, alto e muito musculoso que a fez se intimidar na hora. Ela elevou os olhos e viu seu rosto, seus olhos eram de uma tonalidade de azul que fazia qualquer pessoa ficar presa olhando para eles e com ela não era diferente, seus cabelos era de uma cor escura que dava contraste com seus olhos.

- Onde pensa que vai? - disse ele com sua voz grossa e potente fazendo todo o corpo dela vibrar em resposta.

Seu corpo congelou ao ouvir aquelas palavras e ela só conseguia pensar onde que tinha se metido. Aquela altura do campeonato nada mais a surpreendia.

- Ele é um informante - disse o cara que estava arregaçando com a cara do loiro.

- Leve-o, Alfonso, cuidarei dele depois. Agora tenho que cuidar dessa aqui - disse o homem a sua frente deixando seu interior em alerta total.

- Eu só quero ir embora - disse ela achando que ele a deixaria ir sem antes interrogá-la para saber se ela sabia de algo e se estava acompanhando o cara loiro.

- Venha comigo - disse ele pegando em seu braço e a conduzindo para um corredor que levava para uma escada, eles subiram e entraram em um local que logo Julienne deduziu ser um escritório.

- Sente-se - disse ele se apoiando em cima da mesa.

- Não, obrigada. Estou bem, aqui - diz ela colada a parede de frente para ele.

- O que te traz aqui? Por acaso trabalha para alguém? É uma informante? - indaga ele tantando intimidá-la.

- Não, eu só quero ir para casa - fala ela já desesperada.

Ele se levanta de onde estava e começa a se aproximar dela lentamente, fazendo-a suar frio de medo. Sua aparência e seu porte não ajudavam em nada, ele todo era intimidande até mesmo a forma como caminhava até ela.

- Ora, vamos lá. Estou fazendo do jeito mais fácil, ajudaria se você abrisse essa boca linda e dissesse a verdade - disse ele já muito próximo.

Próximo o bastante para inalar o cheiro dela.

- Eu não sei de nada, senhor - diz Julienne desesperada - Só quero ir embora.

- Poderá ir depois que me contar o que sabe sobre aquele homem que estava com você - disse com a voz dura e o rosto sem expressão.

- Eu não conheço ele, não faço ideia de quem seja - fala com a voz trêmula.

- Sei - disse aproximando o rosto inalando o cheiro dela e depois se afasta indo para a mesa, assim que ele se apoia nela um cara entra no escritório dizendo:

- Ele abriu a boca, já sabemos quem o mandou - disse o mesmo homem que espancou o loiro.

- Ótimo, já sabe o que fazer - disse o outro homem.

- Então eu já posso ir? Eu não tenho nada a ver com isso, por favor! - implora ela.

- Ele disse que não conhece a garota - falou Alfonso.

- Posso ir?

- Por ora, mas irei encontrá-la - disse com a voz de um predador.

Julienne saiu a passos apressados já que não podia correr. Ela jurou para si mesma que nunca mais faria uma coisas similar, ela quase teve um ataque do coração nessas últimas horas. Ela não aguentaria mais nada agora.

Assim que saiu da boate foi direto para casa assimilando tudo o que aconteceu nas últimas 24 horas. E de como sua vida mudou drasticamente.

A esposa de um mafioso | 1Where stories live. Discover now