Capítulo 11

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re d'Italia.

Andrea olhava para o relógio impaciente, sentiu o celular vibrar no bolso esquerdo.

Alfonso.
20:40 p.m.
Que porra você fez? Você está no noticiário.

Merda.

Andrea fora treinado para nunca perder a cabeça. Ele fora treinado para ser imparcial.

Porra!, praguejou.

Os acontecimentos da tarde passavam como um borrão pela sua cabeça. Ele estava andando pelo corredor da universidade a procura de Julienne e num piscar de olhos ela estava atracada com outro cara.

Outro cara.

re d'Italia! Foi o que pensou quando engatinhou a arma e disparou contra o cara.

A ira. O sabor da irá era amargo, e queimava a sua garganta.

Julienne caída em seus braços foi a única coisa que lembrava com clareza.

Merda. Merda. Merda.

Ele se levantou rapidamente da cadeira quando avistou o Dr. Petrova andando em sua direção.

- Felizmente, foi apenas um mal súbito. Você pode ir vê-la. - antes que Andrea  partisse em direção ao quarto, o Dr. Petrova agarrou o seu pulso fortemente. - O que você vai fazer agora? - Perguntou o velho.

- Eu não sei, porra! Eu não sei! Ok?

- Leve-a pra casa, garoto. Vocês não podem demorar aqui.

Quando Andrea chegou no quarto, Julienne estava sentada na maca olhando para a vista da janela.

Por um segundo, algo no peito de Andrea vibrou.

Ela estava bem. Ela estava bem e estava segura.

O desespero ao ver Julienne desfalecida em seus braços, seria uma das suas piores lembrancas.

Por um segundo, sentiu alívio por ela estar bem.

Por um segundo.

Antes de ser tomado novamente pela ira.

Lembrou das mãos dele no corpo dela. O cara estava apalpando Julienne.

Traidora, gritou internamente.

- Vamos.- Ele a pegou nos braços.

- Para onde vamos?

- Pra casa.

A viagem de volta parecia ser infinita. Julienne não olhou para Andrea um segundo sequer.

Ainda com ela nos braços,  Andrea entrou no quarto e jogou Julienne no meio da cama. Trancou a porta principal e entrou no banheiro para tomar um banho.

Quando voltou para o quarto, viu que Julienne permanecia na cama, com o olhar para a vista do terraço. Abriu o Bourbon, colocou uma dose e bebeu de uma vez.

Ensine a ela uma lição!, gritava a sua consciência.

Ele iria ensinar.

Andrea subiu na cama, o peso no colchão fez Julienne dar atenção a ele.

- O que quer? Vai me matar também? - falou séria.

Andrea colocou o copo na mesa de cabeceira, passou as mãos pelo cabelo sem paciência e então puxou as pernas de Julienne para si.

- Você vai descobrir, Julienne, que eu não sou tolerante.- enquanto ele falava, suas mãos ágeis passearam pelo tecido do vestido que ela estava usando. - E que eu não sou piedoso. - As mãos rasgaram o vestido de uma única vez, deixando o corpo de Julienne exposto.

- Andrea. O que está fazendo?

- Tomando o que é meu. Por direito.

Minha, algo gritava dentro dele.

- Andrea. Pare!

- Qual o problema Julienne? Você não gosta? Não gosta de dar uns amassos?

- Andrea, você está me assustando.

- O que você pensou? Han? Quem me negaria, viajaria para o exterior e encontraria o seu amante? Trepou com ele por baixo do meu nariz?

- Thomas não era meu amante. Muito menos merecia aquilo.

Andrea sorriu sarcástico. Ele se colocou por cima dela, passando o nariz em seu pescoço. As mãos desceram até a sua calcinha e os dedos ágeis entraram no tecido indo de encontro a sua entrada.

- Andrea...- a respiração de Julienne oscilava.

Ela ainda era dele, constatou ele. Por algum descuido, Julienne conseguiu se desvencilhar dele, pulou para fora da cama e foi para trás da poltrona.

- Saia. - ordenou ela.

Quando tomou consciência do que tinha feito, era tarde demais. Andrea vestiu a sua roupa e partiu rumo á boate.

A esposa de um mafioso | 1Where stories live. Discover now