Capítulo 31

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1 mês e alguns dias depois...


Acabamos de chegar no aeroporto de São Paulo, isso, chegamos! Eu e Guilherme. Hoje é sábado e a audiência será apenas na sexta. Guilherme vai pegar um avião para o Rio Grande do Sul e vai ficar com sua família até terça-feira, depois vai para o rio, segundo ele para me dar apoio, já que na quarta haverá uma reunião com a equipe de advogados e as principais testemunhas. Meu pai é quem está cuidando de tudo, segundo ele a reunião é somente para escutar o que as testemunhas viram para que os advogados consigam já ter argumentos para deixar Ian o máximo de tempo na prisão. Eu realmente não queria mais voltar esse assunto, eu estou em uma fase tão boa, Guilherme tem me feito tão bem... Mas não posso deixar que outras mulheres passem pelo mesmo que eu passei com o Ian. Então, não só por mim, mas por todas as mulheres, eu quero que Ian apodreça na cadeia!

Escuto a chamada para o meu voo e me despeço do Guilherme que só embarcará daqui a 45min.


Acordo com o avião pousando, olho pela janela e estou feliz de estar em casa...


Dayane: Meu Deus como você esta linda! Eu senti tanto sua falta... - diz me agarrando

Diana: eu também senti mãe... mas não precisa me esmagar. - digo retribuindo o abraço.

Dayane: Vem, vamos entrar, Lúcia fez aquela torta de morango que você gosta. Ela não para de falar de você também.

Ao entrar vejo uma mesa de café da tarde posta e posso notar que todas as minhas comidas favoritas para esse horário estão na mesa, Lúcia me mima tanto que nem sei o que dizer... Ela vem até mim com um sorriso largo e me abraça graciosamente, depositando em mim todo seu carinho.

Diana: Se você continuar me mimando assim eu não vou querer voltar mais Lúcia... ou posso te raptar e te levar escondida da minha mala, o que acha? - digo fazendo raiva em minha mãe.

Dayane: Mas nem no sonho? Sem a Lúcia aqui eu enlouqueço em uma semana, sendo positiva. - Diz risonha entrando na brincadeira.

Lúcia: Viu, você mal chegou e já esta fazendo todos rirem de suas ideias absurdas... sentimos tanta a sua falta nessa casa minha menina. - diz rindo serenamente pra mim.

Diana: Não mais que sua torta de morango faz falta para mim... - digo já me sentando a mesa e me servindo. - Vamos, se sentem também, quero desfrutar da companhia das duas mulheres que mais amo! E falando nisso, onde está o Homem que eu mais amo? - Digo me referindo ao meu pai.

Dayane: Ele está resolvendo algumas coisas para sexta, mas já deve estar chegando. Ele é outro que não estava mais se aguentando para te ver.


Acabo de comer e meu pai ainda não chegou, eu queria espera-lo mas estou muito cansada, aviso minha mãe e vou pro quarto descansar.


2 horas se passam quando decido me levantar, devo estar acordada a uns 5 minutos, mas só agora abri os olhos. Ainda me sinto cansada, e isso de fuso horário parece piorar toda a situação. Vou em direção ao banheiro e retiro minha roupa, ligo a ducha no frio, já que no Rio parece fazer calor 24/7, tomo um banho longo, aproveitando para relaxar e lavar meu cabelo. Após o banho procuro algo confortável para vestir, vejo que já são mais de 19:00 e decido descer para jantar e ver meu pai.

Ao chegar na sala de jantar vejo que a mesa está com os talheres, pratos e copos, mas a comida ainda não está lá. Sigo em direção a cozinha e me deparo com minha mãe e Lúcia conversando sobre algo aleatório, elas param de falar assim que percebem minha presença.

Dayane: Até que enfim você acordou, seu pai já deve ter perguntado sobre você umas mil vezes.

Diana: Ah sim, por falar nisso onde ele está?

Dayane: Está no escrito, um sócio ligou... vá ver ele e aproveite e o chame para jantar, enquanto eu ajudo Lúcia a terminar de por a mesa.

Apenas concordei com a cabeça e segui em direção ao escritório. Ao chegar bato duas vezes de leve na porta como forma de anunciar minha chegada, e logo a abro. Ele faz um sinal com a mão como se fosse para eu esperar e eu fico ali enquanto ele finaliza a ligação: "tudo ótimo, será muito bom te rever, te aguardo para a reunião então, e obrigado!" ele deixa o telefone por cima da mesa e vem ao meu encontro me dando um abraço apertado, conseguindo me esmagar mais que minha mãe...

Edson: Como senti sua falta minha menininha...

Diana: Também senti a sua pai... Mas me diz uma coisa, o senhor e a mãe estão disputando pra ver quem vai estourar meus órgãos primeiro? - digo dando-lhe um sorriso brincalhão.

Edson: Sua mãe eu não sei, mas acho que assim como eu só estava com muita saudade do no bebê, que agora já não é bebê. - Diz pensativo.

Diana: Aiai pai... Vim convoca-lo para ir se juntar a presença das mulheres mais lindas do mundo para jantar, vamos? -Digo oferecendo a mão. Ele a segura e juntos vamos até a sala do jantar falando sobre coisas aleatórias como o clima...

Tivemos um jantar agrádavel, eu percebi que eles tentaram desviar de qualquer assunto que me lembrase do julgamento, mas infelizmente o assunto assombrava o meu subconciente. Há alguns dias meu pai me contou que Ian estava aguardando o julgamento em liberdade, e que era pra eu tomar cuidado, na verdade ele não ficou quase nada na prisão, já que tinha dinheiro, mas meu pai não quis me dizer antes para não me preocupar. Mas e agora que sei, como faço? Eu queria tanto ligar para meus amigos daqui e marcar em um barzinho legal e matar a saudade, mas o medo me assombra e derrepente pareço uma pobre criança indefesa. Se ao menos Luíza estivesse aqui, mas aquele imprestável do chefe dela não a liberou, da pra acreditar? Ele estava aqui, ele viu tudo o que aconteceu e mesmo assim não teve a compaixão de liberar a Luíza... E isso só prova que fiz a escolha certa. Falando nisso, preciso ligar para Guilherme, ele até agora não deu notícias.

Chama... Chama... Chama e caixa postal! Já é a terceira vez, agora sim estou começando a me preocupar. Será que Ian descobriu sobre ele e fez algo para me afetar? E se ele estiver sequestrado Guilherme em São Paulo depois que sai?

Escuto uma notificação no meu celular e respiro aliviada ao ver uma mensagem dele:

"Oi minha gata, desculpa não ter atendido! Estava no banho, passei o dia conversando com minha família e estou super cansado. Vou descançar agora e conversamos melhor amanhã. Boa noite linda, durma bem! Já com saudades de você."

Percebo que estou sorrindo ao terminar a mensagem, ele realmente me faz muito bem! pego o meu celular e vou responde-lo:

"Por Deus Guilherme, eu estava cogitando um sequestro já, não faça mais isso! ainda nem... nos casamos kkk tenha uma ótima noite meu anjo, sinto sua falta."

Bloqueio o celular e procuro um pijama, depois vou ao banheiro e faço minha skin care, escovo os dentes e vou me deitar. Pego novamente o celular e vejo uma mensagem de Luíza ela apenas diz que esta bem e que esta com saudade. Deixo para responder mais tarde e decido ver algo na TV ate pegar no sono.


Acordo com vozes no andar de baixo, mas ignoro completamente colocando o travesseiro na cabeça, em poucos minutos ouço leves batidas na porta que deduzo serem de Lúcia me chamando para o café. Me levanto e destranco a porta, me viro e volto para a cama aguarda Lúcia entrar, mas vejo que a porta permanece fechada. "Ta aberta" digo. Nenhum movimento ou resposta. Me levanto indo até a porta, e ao abri-la levo um susto.

Diana: Como assim você está aqui?

Querido chefe Onde as histórias ganham vida. Descobre agora