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Skyler Henderson

Clover e Jackie falavam algumas coisas pra mim, mas eu não tava conseguindo ouvir ou dar atenção. Ele se sentiu culpado por aquilo, a culpa foi minha por ter aberto a boca e não ter conseguido parar a tempo. É, de fato, ele não sentiu nada. Mas tá tudo bem pra mim, deve ser melhor assim. Eu acho.

Eu e as garotas ficamos em casa conversando sobre o nosso trabalho, enquanto a Keira ajudava a sua irmã, a Faith, em alguns deveres de casa. A Margo escrevia com muita concentração em seu caderno, Jackie e Clover ficavam se resolvendo sobre os solos e eu… imaginava quando iria acontecer o nosso primeiro show.

— Sabe, eu queria dar o crédito a vocês. Sabe, tornarmos uma banda completa.

— Pensei que já fossemos. — Keira afirmou folheando um livro. — Olha, você é só a cantora, mas nós fazemos parte da sua essência.

— É, somos as estrelas mais brilhantes do seu céu. — Jackie afirmou com um sorriso em seu rosto.

— Sabe, Sky… eu nunca quis ganhar destaque no que eu faço. — Margo afirmou, parando de escrever. — Eu já estive em várias bandas, mas nunca tive tanta conexão com a que tenho com vocês. E tô bem assim.

— Eu também sinto isso, Margo. — Concordo com a mesma que sorriu. — Somos uma família agora, não é?

— Isso dava pra ser um trecho que alguma música. — Clover afirmou dedilhando em seu baixo desplugado. — Sabe, uma música que possa… trazer um conforto para quem for ouvir, não importa quem seja.

— É isso! — Margo se levantou e correu até o telefone. — Eu já sei como vai ser essa música!

— Pra quem você tá ligando? — Jackie perguntou olhando para ela.

— Tyler? Eu sei… é eu sei, babaca. Eu te avisei, mas você tava dormindo acordado! — A mesma respondia ele, com certeza levando bronca. — Tyler… Tyler me escuta! Se lembra daquela música que falei? Sim, essa mesmo. Eu já sei o que vou fazer com ela.

— O que será que a Margo vai fazer, hein? — Pergunto olhando para as que restavam, mas não tinham resposta.

— Amanhã cedo, nós vamos para o estúdio. Tem uma música que deixei pronta há muito tempo e com a frase da Sky, se encaixa perfeitamente.

— O que fala essa música? — Faith perguntou, se juntando a nossa conversa.

— Bem… — A mais velha sorriu e se sentou de volta ao seu lugar. — É uma história, de que não importa com quem você esteja. Se você se sente bem com essas pessoas e elas o mesmo com você, sinta-se grato.

Ficou um breve silêncio entre a gente. Nós quatro sempre vimos a Margo tirando onda, desobedecendo e retrucando o Tyler, mas o que eu não imaginava era que uma parte dela é parecida com cinquenta porcento de mim.

A Keira se despediu da gente e foi embora com a sua irmã, talvez levar ela pra sua casa ou deixar com alguém de confiança. No final da tarde, voltei para a minha casa pegar o resto das minhas coisas, já que a Margo super aceitou de eu morar com ela, talvez a mesma não esteja aguentando mais ficar sozinha lá.

— Skyler, trouxesse aquela garrafa de cerveja pra mim?

Sim, essa é a primeira coisa que meu pai pergunta quando chego em casa. Me esqueci do quão infernal isso era.

— Não, eu não trouxe. — Lhe respondo e vou subindo as escadas. — E não vou mais trazer, você tem pernas pra isso.

— Fale direito com o seu pai, Skyler! — A minha mãe grita da cozinha, provavelmente fazendo nada. — Vá comprar a cerveja.

super(reckless)starWhere stories live. Discover now