Capítulo 10 - Mantenha a mente aberta.

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2007

Os Tomlinson haviam se mudado de Doncaster pra Redditch devido as melhores escolas e para o fato de que sua mãe, Johannah, havia recebido uma promoção de trabalho onde eles teriam melhor salário. Como ela tinha cinco filhos a família concordou que seria melhor se mudar pra mais perto do emprego.

Louis William Tomlinson tinha dezesseis anos naquele dia. Ele viu o garotinho cacheado correndo sobre a grama verde do pátio escolar e de vez em quando, desviando das pessoas que passavam por ele. O garoto era tímido, não tinha amigos ou colegas de classe, nem mesmo uma pessoa pra passar os recreios.

Louis achava aquilo triste. Como alguém tão simpático e fofo como ele não tinha amigos? Ele não sabia, mas pra si aquilo deveria ser um crime, Como alguém como ele não tinha amigos, sempre tão sozinho.

Ou era o que ele pensava.

Quando viraram amigos Louis descobriu que por mais que as pessoas não falassem com sigo ele era um garoto belo com seus cachos esvoaçantes, sorriso de covinhas, bochechas coradas e olhos verdes esmeraldas. Harry era simpático, mesmo com aqueles que o faziam mal, sempre sorrindo e tagarelando sobre flores, livros, músicas e até mesmo sobre como a neve era bonita naquela época do ano.

Com o tempo Louis foi se apaixonando por ele e por todas as suas peculiaridades, porque pra si harry não tinha defeitos, era simplesmente perfeito.

No colégio, harry não tem amigos, apesar de se esforçar para isso. Mas sempre parece que há uma barreira entre ele e as outras pessoas. Como Louis Tomlinson.

Ele e Harry tinham começado a se conhecer quando ele o levou a sua casa, mas quando Louis havia tomado uma atitude de ir mais à frente parou. Harry desde então pensa que havia algo errado com ele naquele dia. Mas a verdade é que ele estava lá e nunca iria permitir que alguém se aproximasse, mas Harry não sabe disso. Todos que tentam se aproximar não são afastados por Harry, são afastados por ele. Pesadelos, visões de mortes horripilantes, sussuros e aparições de madrugada. Sempre assombrando quem ousa se aproximar, porque Harry é dele, e Zayn não costuma dividir suas coisas.

[...]

Louis saiu do quarto andando calmamente pelo corredor, sua curiosidade para olhar os outros quartos. Seus pés o levaram para o último quarto do corredor, a luz acima dele piscava indicando que já estava na hora de ser trocada. Louis virou a maçaneta da porta várias vezes mas a mesma estava trancada, o que fez o menor bufar e virar seu corpo resolvendo ir olhar os outros quartos. Assim que ele se virou de costas para a porta, ouviu um barulho como se ela tivesse sido destrancada por dentro. Seu corpo gelou por completo, ele se virou lentamente com os olhos arregalados.

A porta estava abrindo sozinha e o vento gelado, misturado com poeira e o terrível cheiro de sangue invadiram seu nariz. Louis sentiu seu coração bater mais rápido assim que a porta bateu na parede, seus joelhos ficaram fracos e ele sentia como se não pudesse suportar seu próprio peso. E então ele sentiu seus pés começarem a se mover para a porta do quarto, suas mãos molhadas e fechadas em punho.

As gotas de suor escorriam por seu rosto e assim que ele parou na porta do quarto sentiu vontade de vomitar. As paredes estavam todas rabiscadas com.. Ele não sabia dizer o que era aquilo. Parecia sangue seco. Mas sua cabeça insistia em dizer que era lápis de cor, ou tinta. O chão de madeira estava molhado. Louis viu alguma coisa pingar do teto, parecia goteira, mas.. Era vermelho. Ele levantou sua cabeça olhando para o local e não vendo nada, torceu o nariz quando o cheiro ficou mais forte e ameaçou dar um passo para trás. Só que seu corpo travou quando sentiu uma respiração pesada, perto do seu ouvido. O cheiro de podre o deixou tonto e assim que virou sua cabeça respirou aliviado ao não ver nada ali. Novamente o barulho de goteira preencheu o quarto, deixando o garoto irritado com aquilo. Seus olhos voltaram para o teto, dessa vez encontrando algo ali. Ou melhor alguém.

il appartient au diableOù les histoires vivent. Découvrez maintenant