59

588 53 64
                                    

EMMA TORRE



Estou terminado de ler um livro, hoje é sábado e está um dia lindo. Meu nonno e meu pai decidiram trocar todos os móveis da casa de lugar, a casa está uma verdadeira zona. Minha mãe está no comando dessa missão quase impossível que é fazer alguma coisa com esses dois.

- EMMA. - meu pai gritou entrando no quarto e eu olhei assustada pra ele, acho que ele está querendo assumir o papel da minha mãe.

- Tenente Amália ? É você ? - meu pai revirou os olhos e riu.

- Se você está insinuando que eu sou lindo como sua mãe eu fico feliz. - falou fazendo graça. - quer descer e participar da mudança de estação ?.

- Pai. - falei rindo. - o senhor falou igualzinho os velhinhos sábios de livros e filmes de fantasia. - ele me olhou confuso.

- O Dumbledore tá diferente. - ele riu alto e eu acompanhei ele. - sua mãe está com um lenço amarrado na cabeça, uma verdadeira camponesa.

- Então vou procurar um também. - falei levantando da cama e indo em direção a minha cômoda pra encontrar um lenço ou algo parecido.

- Se quiser uma flanela lá embaixo tem várias. - meu pai falou se sentando na minha cama.

- O seu humor me toca. - falei rindo. - encontrei. - falei balançando o lenço, nem sabia que ele existia.

- Vamos para a mudança de estação. -  meu pai falou pulando da cama com um sotaque engraçado.

Quando cheguei na sala meu nonno estava dançando com a vassoura rindo, ele é tão alegre tenho pra mim que ele e minha nonna se divertiam muito juntos.

Minha mãe voltou da cozinha com mais uma vassoura e desinfetante, meu pai torceu o nariz e chegou perto de mim descendo os outros degraus da escada que faltava.

- Eu só falei que ia mudar os móveis de posição, ela quer fazer um faxinão. - ele colocou a mão na boca pra conter o riso.

- E faxinão existe pai ? - perguntei rindo o mais discreta possível.

- Eu sei lá. - falou e começou a ri alto, minha mãe se virou de onde estava e meu nonno parou de dançar percebendo nossa presença.

- Do que vocês estão rindo mesmo ?  - perguntou minha mãe com as mãos na cintura e no ombro uma flanela azul, normalmente seria um pano de prato mas tudo bem.

- Da flanela no ombro. - falei ainda rindo e meu pai me acompanhou, ela jogou a flanela que agarrou no rosto do meu pai me fazendo ri mais.

- Maravilhosa jogadora de flanelas. - meu pai falou com a flanela no peito.

- Que romântico seu elogio querido. - falou rindo.

- Acho que devíamos pedir ajuda. - a voz do meu nonno ecoou pela sala e eu me virei pra ele parando de ri. - aposto que o menino Matteo ia adorar vir ajudar, ele está entediado.

- Entediado ? - perguntei.

- É....sim. - afirmou rápido. - ele não foi trabalhar hoje então deve está livre. - completou.

OS GIRASSÓIS DA JANELA AO LADOWhere stories live. Discover now