OS GIRASSÓIS DA JANELA AO LADO

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MATTEO VIEIRA

Hoje é uma sexta bem normal a não  ser pelo fato de que falta só mais alguns dias para época das flores chegar, o Lucca encheu minha paciência durante todo esse tempo, eu e ele tivemos muitas conversas aleatórias sobre a girassol e todas elas acabavam nele falando sobre sua fantasia de cupido.

Eu tive uma conversa com o nonno Enrico sobre a girassol, ele me deixou bem sem graça revelando que já desconfiava que eu gostava dela.

Já tem alguns dias que eu não vejo a girassol apenas troco mensagens com ela, admito que isso está me deixando muito ancioso.

- Matteo. - Lucca apareceu do nada, tomei um grande susto.

- Não faz mais isso, eu estava distraído. - respirei e olhei para ele que estava cansado. - você veio correndo? - perguntei com a sobrancelha arqueada.

- Sim, deixa eu respirar, só um instante. - se jogou no sofá mas logo se levantou. - a ruivinha me encheu de perguntas sobre você hoje, me perguntou também se você estava gostando de alguém e...e... - tentou se lembrar.

- E? - olhei pra ele que parecia tentar lembrar de alguma coisa.

- E...disse que iria vim aqui. - falou por fim.

- Tá, e por quê isso fez você vim correndo tão desesperado? - perguntei e ele revirou os olhos.

- Ela está desconfiada, você estava passando metade da sua vida com a ruivinha, agora do nada resolveu dá uma aliviada nesse amor todo. - falou com um sorrisinho nos lábios.

- Eu mando mensagem pra ela todo dia, e nos vemos no colégio e... - Lucca me cortou.

- Eu só acho que deveríamos antecipar essa sua declaração pra ela, você quer ser muito clichê? - me perguntou com as mãos na cintura olhando para a janela, eu fiquei calado e ele falou novamente. - acho bom você pensar rápido, ela está vindo pra cá. - se virou com cara de pânico e eu gelei.

- A girassol? - ele afirmou freneticamente com a cabeça. - Ai meu Deus do céu. - não era uma garota qualquer, era a girrasol.

Eu olhei pela janela e vi os cabelos ruivos dela voarem enquanto o vento batia neles, ela parecia uma pintura.

- Matteo, ela está na porta. - Lucca falou me tirando dos meus devaneios, fui até a porta e vi ela abrindo um sorriso tímido e logo o Lucca apareceu atrás de mim. - Ruivinha, que honra receber você aqui. - ela sorriu.

- Oi, não queria incomodar vocês é que... - olhou pra mim. - eu estava com saudades de você. - concluiu e abaixou a cabeça, olhei pra trás e vi o Lucca entrar na cozinha na ponta do pé.

- Você fica muito bonita envergonhada. - afirmei e ela levantou o olhar sorrindo. - agora eu vou lhe dá um abraço. - abraçei ela e por um momento parecia que o mundo tinha ficado em silêncio e só existia nós dois, eu estou apaixonado por essa menina, literalmente apaixonado.

- Mat. - ela me chamou ainda abraçada a mim, me afastei um pouco pra olhar ela nos olhos.

- Pode dizer. - falei baixo.

- Quando a época das flores chegar vai ter um festival, meu avô me falou, pensei em chamar você pra ir comigo, aceita? - ela me perguntou e seus olhos estavam brilhando, eu não pude evitar meu coração bateu mais forte, sentir vontade de beijar ela muita vontade, me controlei.

- É claro que sim, como eu ia recusar esse convite vindo de você. - toquei com meu polegar na sua bochecha, ela abriu um grande sorriso.

- Era só isso, não vou te incomodar mais. - riu e eu sorrir em seguida.

- Você não quer entrar? Assitir alguma coisa comigo e com o Lucca? - perguntei a ela na esperança que ela aceitasse.

- Eu adoraria, mas deixei minha mãe em casa com uma cozinha cheia de farinha de trigo só pra vim ver você rápido. - ela sorriu olhando pra mim e eu sorrir também. - não fique com raiva de mim. - ue

- Eu nunca vou sentir raiva de você, está tudo bem, pode ir ajudar a sua mãe, amanhã vou lá ver você. - coloquei uma mexa do seu cabelo pra trás.

- Promete? - olhou nos meus olhos.

- Prometo. - ela sorriu e me deu um abraço.

- Então até amanhã, Mat. - sorriu e foi andando até a sua casa, o Lucca não esperou nem eu fechar a porta e veio pulando e gritando.

- O quê foi isso aqui, em? eu estou em choque até agora, meu Deus do céu, a ruivinha deu o primeiro passo dela. - Lucca falava enquanto pulava feito uma gazela.

- Meu Deus do céu você está parecendo um maluco fica quieto. - segurei ele e coloquei o mesmo no sofá.

- Cupido, Ed e Bruno. - ele repetiu as três coisas várias vezes.

- Não, Lucca. - repreendi ele.

- Sim, Matteo. - falou com um sorriso irônico nos lábios. - temos que pensar como você vai falar com ela, afinal você está olhando pra sua outra metade, ne? - ele me perguntou.

- É. - respondi a ele.

- Então tem que ser uma coisa que ela sempre vá lembrar dessa data, vou trabalhar em cima disso. - subiu as escadas pro meu quarto apressado. - sobe logo, ou você quer que eu cante Ed? - Lucca ameaçou e eu subir as escadas logo atrás dele.

Ficamos por muito tempo falando dela, o Lucca revirou os olhos umas três vezes e eu ri muito com as outras ideias que ele havia falado, ele tinha me perguntado sobre a idea da carta que ele tinha falado, disse que estava no caminho, não sei se vou dá a carta pra ela, o Lucca tinha ido embora e eu fiquei pensando.

Vou terminar de escrever ela, se ficar boa eu entrego pra ela, se não ficar, eu vou entregar do mesmo jeito porque cada palavrinha que eu colocar no papel vai ser de coração.

- Seria clichê se eu falasse que cada batida do meu coração é dela? - perguntei olhando pro teto. - não, vou colocar.

Passei muito tempo escrevendo e peguei no sono bem cima da minha escrivaninha.

Eu volteiiii agora pra ficar kkkkk, vocês estão bem?
Mais um capítulo para alegria do coração de vocês, gostaram?
Torcem muito pro Mat e pra nossa Girassol ficarem juntos?
Amo vocês💛