21

1.3K 128 40
                                    

EMMA TORRE

Hoje é um dia totalmente normal, a não ser por um pequeno detalhe, meu pai estava no andar de baixo aos berros, e eu não estou nada preparada para saber do que se tratava, mesmo assim ousei a descer as escadas de pijama.

Quando fui em direção a cozinha de onde vinha os gritos vi meu pai em cima da bancada e minha mãe com uma vassoura na mão, eu não tinha certeza do que estava acontecendo, mas pela situação eles queria matar alguma coisa ou melhor, minha mãe queria matar alguma coisa.

- Amália querida, ali. - apontou meu pai para a parte de baixo da geladeira.

- Você bem que poderia descer dai e tentar me ajudar, ne Joseph? - minha mãe provocou e o mesmo se sentiu ofendido.

- Tem um ser monstruoso ali, e você quer que seu amado marido saia daqui e se arrisque? - fiquei pensando em que tipo de bicho iria provocar tantos gritos de meu pai.

- Menos Joseph, por favor, é apenas um rato e nem é tão grande assim. - minha mãe falou com as mãos na cintura. - bom dia filha. - falou se dirigindo a mim assim que notou minha presença.

- Ouvi os gritos do meu pai, achei que tinha acontecido alguma coisa, vim ver se vocês precisavam de ajuda. - meu pai olhou pra mim com os olhos brilhando.

- Minha heroína, veio me salvar, sua mãe não está nem ai pra mim, queria que aquele ser me pegasse. - falou enquanto me abraçava, minha mãe olhou pra ele e começou a ri.

- Eu não me lembro de você ser tão medroso assim. - confessou minha mãe rindo ainda.

- Nem eu. - concordei com ela.

- Eu sou seu marido. - falou olhando para minha mãe. - eu sou seu pai. - falou olhando para mim.

- Eu sei. - eu e minha mãe falamos juntas e rimos em seguida.

- Parece que o tal ser monstruoso. - minha mãe fez aspas com o dedo. - não está mais aqui.

- Eu espero que não esteja mesmo, se não eu teria que dá um jeito nele. - meu pai piscou para minha mãe que revirou os olhos rindo.

- Acho que vou voltar a dormir. - falei aos dois.

- Emma. - meu pai me chamou. - seu avô saiu bem cedo junto com o Matteo. - não sei por quê meu pai me falou aquilo, talvez eles foram fazer a mesma coisa de sempre, ir aos campos de girassóis.

- Acho que foram aos campos como sempre. - afirmei ao meu Pai.

- Não, não, seu nonno disse que iria conversar com o Matteo. - falou e abriu um sorriso, com esse gesto que meu pai fez meu corpo entrou em alerta. - aliás, foi o Matteo que disse que precisava conversar com ele. - terminou meu pai me deixando menos tensa.

- Talvez seja algum assunto deles, o senhor quer saber não é? - perguntei com meus olhos estreitos, meu pai sempre foi muito curioso e dessa vez não era diferente.

- Talvez sim. - me respondeu com um sorriso divertido em seus lábios.

- Se caso o Matteo ou meu avô me falar eu te conto. - os olhos deles ficaram alegres.

OS GIRASSÓIS DA JANELA AO LADOWhere stories live. Discover now