Chapter Eleven: Good Sleep Night

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Sinto os raios de sol bater contra meu rosto, o esquentando e fazendo-me despertar de um sono profundo. Abro os olhos de forma preguiçosa, dando de cara com a vista de Londres pela manhã. Suspiro fraco, voltando a fechar os olhos por poucos segundos e volto a abri-los novamente.

O quarto onde eu estava era enorme. As janelas que iam até o teto dão para os arranha-céus iluminados de Londres. Louis parece gostar de janelas grandes, percebo. As paredes são cinzas e brancas, e os móveis, azul claro. A cama onde estou deitado é imensa e ultramoderna, feita de uma madeira cinzenta e rústica como galhos secos.

Viro-me para o outro lado, me concedendo a visão de Louis ainda adormecido sob sol. Seu rosto estava relaxado e corado, os cílios se mexendo vez ou outra, e com a sua respiração calma chocando contra meu rosto. Encaro seus lábios finos e tão macios, meio entre-abertos. Ele dormindo, de fato, parecia um anjo. Eu poderia passar o dia todo o olhando.

Era como ir até em um museu de artes, e sentar em frente à um quadro preenchido com algo diferente que faz você refletir. Louis era o quadro. Cheio de segredos escondidos entre os tons de azuis dos seus olhos, que facilmente poderia lhe fascinar. E, para que você o entenda, terá que se sentar sobre o banquinho e o observar com cuidado e atenção. Isso poderá levar minutos, ou até mesmo horas, e não é algo certo se você vai ou não conseguir saber qual era o propósito do desenho, no fim de tudo. Isso só irá depender de si próprio e da sua paciência.

Levanto-me devagar e com cuidado para não acordado-lo do sono tão gostoso que parecia estar tendo. Faço uma careta ao andar, rindo baixinho quando percebo que eu estava dolorido.

Ando mais devagar, com a pontinhas dos pés através do chão. Até que avisto uma camisa preta jogada sobre o sofá de couro cinza que havia no canto do quarto. Pego‐a nas mãos e a visto sem pensar muito, sorrindo um pouco ao ver que a sua estampa era uma foto da banda Nirvana. Não nego que esse estilo de música combina com ele.

Abro umas das portas que tinha ali, com intenção de ir ao banheiro, mas acabo por entrar num closet espaçoso que poderia ser até maior que o meu quarto. Fileiras e mais fileiras de ternos, com a maioria sendo de cor escura ou azul. Camisas, sapatos e gravatas caros. Uau, quanta coisa. Será que ele chega mesmo a usar isso tudo? Como pode alguém precisar de tanta roupa? Niall iria adorar isso aqui. Niall! Eu nem sequer pensei nele ontem a noite, espero que esteja bem.

Retiro-me para fora do closet, e Louis continua adormecido em meio em seus edredons brancos como nuvens. Tento a outra porta, e por sorte, é o banheiro. Tão grande quanto seu closet. Por que um homem precisa de tanto espaço? Eu iria me sentir sozinho.

Olho-me no espelho gigantesco sobre as pias. Meus cachos estavam uma bagunça, apontando para todos os lados possíveis. Minhas bochechas tinham um tom rosado, e os meus olhos verdes pareciam brilhar. Chego mais perto de meu reflexo, onde percebo um chupão bem rente ao meu maxilar. Na verdade, eram dois, com o outro ligeiramente menor e um pouco mais à baixo. Mordo o lábio, tentando conter um pequeno sorriso.

Termino de fazer minhas necessidades fisiológicas e volto para o quarto. O belo adormecido continuava no mundo dos sonhos. Estou com fome. Mordo o lábio, pensando em como sair do quarto usando apenas uma blusa que mau chegava em minhas coxas.

Lembro que ontem, quando Louis me carregou no colo, não subimos as escadas. Ou seja, seu quarto é no primeiro andar e não muito longe do quarto azul.

Saio do quarto do jeito mais silencioso possível, quase não fazendo sequer um barulhinho. Olho ao redor e não vejo ninguém à vista. Suspiro, começando a subir as escadas devagar até finalmente chegar no grande corredor branco. Ok, preciso achar o quarto certo em meio aquelas portas. Depois de entrar em dois quartos que provavelmente eram para hóspedes, encontro qual eu precisava.

Fifty Shades Of Blue • LarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora