Fifty Shades Of Blue • Larry

Chapter Twenty-one: Bad Dream

N/A: FIFTY SHADES OF BLUE BATEU 10K KSAOSJAOOHQKKQ juro que nunca pensei que ia ter tudo isso! Obrigada! Isso alegrou meu dia de merda, sério kkk

Aliás, por favor não se esqueçam de votar e comentar, é isso que mais me incentiva à escrever! :)

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... Em um longo e extenso corredor com pouca luz, era possível ouvir o baixo som dos meus passos quase silenciosos tocando no chão gélido. Não lembro-me onde estava ou o porquê, eu só sabia que precisava continuar andando. Andando, andando. Estava tão escuro e frio. Muito frio. Ao ponto de uma fumaça sair das minhas narinas todas as vezes que eu respirava, sem exceção. Abraço meu corpo. Tento esquentar-lo de algum jeito. Choro, eu consigo ouvir alguém chorando.

— Não... — Uma voz infantil é ouvida, tão baixinha e falhada. Era familiar. Passo a olhar ao meu redor, tentando enxergar alguém mas só encontro o vazio. — Por favor, não...

— Onde você está? — Pergunto com o tom de voz elevado, na esperança de que a criança me escute onde quer que esteja.

— Vá embora! — Berra tão alto que acaba me fazendo dar um pulo no lugar, assustado com o grito repentino. — Não me toque! Vá embora!

Arregalo os olhos, minha mente raciocinando de forma rápida o que estava acontecendo.

— Onde você está?! — Grito, começando  a correr por aquele corredor sem fim e sem portas. Escuro, estava escuro e molhado.

— Não! Não! — Berra a voz fina, que ao longo dos não's vai se engrossando e tornando-se ainda mais familiar para mim. Não... Não podia ser... — Saia de perto de mim! Me deixe em paz!

— Louis! — Brado assustado, correndo com mais rapidez atrás daquela voz. O corredor não acabava nunca. Aquilo não tinha um fim. À cada passo que eu dava, uma angústia crescia em meu coração, sufocando-me.

— Por favor... — Implora, parecendo perder as forças. — Eu não... não...

— Cadê você?! Louis! — Corro com mais desespero. O choro aumentava à cada segundo. Mais alto. Mais gritos. Até que então veio o silêncio ensurdecedor. Ele havia se calado. Não falou mais nada. Ele desistiu.

Salto na cama com rapidez, respirando fundo várias vezes e tentando controlar minha respiração. Olho para a janela de meu quarto, tendo a noção de que ainda era de madrugada ao ver o céu escuro. Meu coração estava demasiado acelerado e meu corpo suado como se eu realmente tivesse corrido por vários quarteirões inteiros sem parar. Encaro o teto ao voltar a deitar-me na cama, repassando aquele pesadelo na cabeça sem que eu queira. Era a segunda vez que eu havia sonhado a mesma coisa. Sempre do mesmo jeito. Sempre o mesmo desespero. A primeira vez que isso ocorreu foi na terça-feira, depois do dia que eu e Louis transamos no escritório. O dia que uma simples música mexeu com ele, e só fui dar-me conta horas mais tarde que aquilo também mexeu comigo mais do que o esperado.