Chapter Seventeen: Treat You Like A Gentleman

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Era segunda-feira, as oito e dez da manhã. E eu estava, nesse exato momento, quebrando umas das regras postas por Louis Tomlinson.

Passei pelo saguão do prédio sem comprimentar ninguém, meu único foco era chegar o mais rápido que eu conseguisse no escritório de Louis. Aperto o botão do elevador diversas vezes, iludindo-me que aquilo o faria descer mais rápido. Roo a unha, nervoso. Não é só porque durmo com o meu chefe que ele vai deixar de chamar minha atenção quando eu fizer algo de errado no trabalho. Sem contar que isso tudo é extremamente inadequado e antiprofissional, se parar para pensar. Mas, se deixar-me ser sincero... eu sequer me importo. Sr. Tomlinson faz você perder a consciência no mesmo instante em que seus olhos caem sobre aquele seu belo corpo. Porque, convenhamos, quem diria não a ele?

As portas de metal se abre, revelando umas cinco pessoas lá dentro. Ah, qual é! Quando é para estar vazio, não está! Respiro fundo ao entrar e forço um sorriso para quem me olhou. Ok, agora vamos ao motivo idiota que fez eu estar fodidamente atrasado. Niall Horan apresentou-me uma série nova de suspense que me deixou muito curioso para saber o que iria acontecer, fazendo-me assim não conseguir dormir até saber de fato quem era o assassino no final. Resumindo, eu dormi às duas e ciquenta da manhã e acordei às sete horas. Não foi tão tarde, sei disso, mas quando não se dorme direito eu fico mais lento do que o meu normal.

Olho o horário no celular onde indicava oito e quinze da manhã. Mordo o lábio começando a balançar a perna direita, um ato de ansiedade. Depois de todos ficarem em seus respectivos andares, finalmente poderei ir para o meu.

— Bom dia. — Comprimento sorrindo envergonhado ao entrar no vigésimo oitavo andar. Algumas das garotas ali me respondem, menos a que tem o interesse em Louis. Acho que o seu sobrenome é caldar, celda, ou algo assim. Não é algo que eu forçaria-me à lembrar, já que não é importante. Com os dias de trabalho percebi que ela não vai muito com a minha cara. Talvez tenha percebido o interesse do seu chefe em mim. Cotenho um sorriso que logo é desfeito ao ver Caroline se aproximando com um semblante sério. — Desculpe, eu atrasei-

— Tudo bem, Harry. — Interrompa-me. — Só quero avisar que o Sr. Tomlinson não está com um bom humor...

— Oh, droga. — Murmuro, abaixando os ombros. Até no meu primeiro atraso no trabalho não tenho sorte.

— Só seja cauteloso. — Fala ao empurrar-me na direção do corredor. — Agora vá, e boa sorte!

— Pelo visto, eu vou precisar. — Digo à mim mesmo ao caminhar até a sala de Louis. Paro em frente a porta, sentindo um leve medo de abri-la. Eu realmente não sei o que esperar ao fazer tal coisa. Gritos? Sermão? Ou tarefas à mais? Respiro fundo várias vezes. Criando coragem, a abro num impulso, dando-me passe livre para o escritório. Entro no lugar em passos lentos e receosos.

A cadeira de Louis, ou melhor, o seu trono, estava virada de frente para a grande janela com a vista de Londres pela manhã. De costas para mim. Eu estava totalmente impossibilitado de ver seu rosto ou o seu corpo. Mas, a sua mão direita estava apoiada para o lado de fora com um cigarro entre os dedos, me dando o único índice que ele estava mesmo ali. A fumaça subia lentamente, parecendo dançar no ar de um forma hipnotizante e calma. O silêncio ali presente estava enlouquecendo-me à cada segundo que se passava, era ensurdecedor. Será que a culpa era mim? Não. Caroline disse que ele já estava irritado antes.

— Louis... — Forço um torce. — Sr. Tomlinson, peço desculpas por me atrasar... e-eu tive alguns imprevistos.

Ele não responde, só consigo perceber sua mão indo em direção no que deduzo ser seu rosto. Eu não sabia o que tinha de fato acontecido que o fez ficar assim, o que me parece ser bastante irritado. Ou, até mesmo, triste.

— Está tudo bem. — Sua voz baixa, sombria e rouca, é dita. É de arrepiar, confesso. — Venha até aqui, Harry. — Volta a falar ainda sem olhar para mim ou virar sua cadeira.

Respiro fundo, em seguida mordo o lábio sentindo-me nervoso. Deixo minhas coisas na cadeira em frente à sua mesa e então caminho até ele. E, posso dizer, que a visão que eu tive com certeza vai ser uma das mais excitantes e inesquecíveis que um dia ja tive o prazer de olhar.

Louis estava sentado na cadeira de um jeito despojado, com as pernas ligeiramente abertas e com os cotovelos apoiados no suporte do assento. Seu cabelo castanho e liso estava bagunçado de um jeito que dava-me a impressão de que ele havia acabado de acordar, ou que não dormiu. Usava somente uma calça e camisa social preta com os botões de cima abertos, deixando suas tatuagens do peitoral à amostra. Sem contar a gravata de cetim da cor cinza ao redor de seu pescoço. Suspiro. Seus olhos azuis pareciam queimar-me com a tamanha frieza, desprovido de sentimentos bons, somente com o vazio intenso que sempre parecia ter. Mais uma vez leva o cigarro até os seus lábios finos e avermelhados, tragando-o sem desviar os olhos dos meus e soltando a fumaça de forma lenta. Eu me sentia tão quente, uma espécie de fogo parecia correr entre as minhas veias tão rápido quanto o batimento de meu coração.

Louis Tomlinson fumando era algo extremamente sensual. Mesmo ele parecendo acabado ou destruído naquele momento.

— Chegue mais perto. — Ordena em um sussurro. Hipnotizado, faço o que me foi mandado no mesmo instante. Deixo meu rosto a poucos centímetros do seu, com os lábios muito perto. — A boca. Abre.

Mais uma vez o obedeço, entreabrindo os lábios devagar. Com os olhos azuis presos nos meus, traga mais uma vez o seu cigarro, e então solta um pouco da fumaça diretamente em minha boca. Seguro-a por um tempo e em seguida assopro, esquecendo por completo a minha asma que no momento sequer parecia existir.

— Você... — Engulo o seco, criando coragem e pondo as mãos sobre suas coxas. — está irritado?

O olhar de Louis estava encarando o meu ato anterior com aquele seu maxilar marcado e pensativo.

— Estou. — Responde-me apenas isso. Dou um leve aperto na sua pele por cima da calça, fazendo-o passar a língua lentamente sobre seus lábios tão desejáveis. Juro por Niall que naquele momento eu quase caí em cima de Louis, apenas por um simples ato que poderia desestabilizar qualquer um que presenciasse de perto.

— O que aconteceu, senhor? — Pergunto cauteloso. Louis volta a encarar meu rosto, passando os olhos por cada detalhe até parar em meus lábios.

— Não é algo que precise se preocupar. — Diz de uma forma vaga, sem me dar índice do que poderia ter acontecido que o deixou assim. Suspiro baixo, sabendo que quando ele se sentir confortável irá dizer-me o que o tanto aflige. Resta-me ter apenas paciência com todos os muros que Louis tem ao seu redor, deixando-o completamente escondido de mim.

— Tudo bem. — Falo, com um sorrisinho crescendo nos lábios devido a idéia que acabei de ter. — Mas, eu poderia ajudá-lo à se distrair... o que acha, senhor?

O canto de seus lábios sobem ligeiramente para cima, dando vida à aquele seu sorriso perverso que eu passei a gostar.

— O que tem em mente, Harry?

Afasto-me de seu corpo ainda sorrindo, girando os calcanhares para ir até a porta do escritório e tranca-la. Hoje aquela sua imaginação se tornará real, e ainda farei ser melhor do que esperava. Volto para mais perto dele, ajoelhando-me em sua frente sem delongas. Agora ele estava sem o cigarro nas mãos, deixando-as livres.

— Primeiramente... — Desaboto-o os botões de sua calça um por um, deixando-a aberta para mim. — Estou aqui para tomar meu remédio e tratá-lo como um cavalheiro, senhor. Depois... — Inclino-me mais para cima, encostando nossos narizes. — servirei ao senhor do jeito que desejar.

Fifty Shades Of Blue • LarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora