Fifty Shades Of Blue • Larry

Chapter Twenty-Two: Paranoid

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Andamos pelo estacionamento do prédio de Louis, com a sua mão direita apoiada em minhas costas. Percebi que é um gesto que ele pareceu adquirir e gostar de realizar, principalmente na frente de outras pessoas. Tenho quase certeza que a maioria de seus funcionários já devem imaginar que estamos, de algum jeito, juntos. Como sei disso? Caroline me olhou com um sorrisinho que exalava malícia ao nos ver saindo juntos escritório mais cedo do que o horário que seria o normal. O que já diz muita coisa, vindo dela. Além de, é claro, da paixão platônica que Sra. Calver tem por Tomlinson, já que ela tenta à todo custo à avitar-me sempre que é possível. Sinceramente, isso não é algo que incomoda.

Ao longe já consigo enxergar o Jaguar F-Type estacionado sozinho em um canto separado do resto do estacionamento, a cor vermelha chamando a atenção e parecendo brilhar com os poucos raios de sol que adentrava o local. As luzes se acendem quando Tomlinson aponta a chave para ele. Se afasta um pouco para abrir a porta para mim, e eu entro. Seu cavalheirismo é algo que admiro bastante.

— Obrigado, Sr. Tomlinson. — Agradeço com um meio sorriso. Observo ele dar a volta no carro com uma elegância natural, e se encaixa com graça lá dentro. Atraente até fazendo algo normal do cotidiano. — Afinal, a onde estamos indo? Você nem sequer me deu uma dica a semana toda.

— Porque é uma surpresa? — Diz com uma pitada de sarcasmo na voz enquanto liga o carro. — Você é tão curioso, Harry.

— E você é mal. — Falo empinando o nariz.

Ele dá a partida, e o motor ronca atrás de nós. Tira o carro da vaga e sobe a rampa íngreme, onde para, esperando a cancela abrir. Não demora para saímos na luminosa tarde de maio de Londres.

— Está um lindo dia. O que acha de baixar a capota? — Dá a idéia. — Tem um boné aí dentro. — Ele aponta para o porta-luvas. — Na verdade, deve ter dois. E óculos escuros também, se você quiser.

— Que coisa de rico. — Resmungo dando uma risada sem conseguir me controlar. Observo que ele também ri. — Eu adoraria, Louis.

Coloca minha bolsa de couro no espaço atrás dos assentos, aperta um botão azul, e o teto se retrai lentamente. Encaro tudo com atenção, até que em segundos o céu ensolarado - algo incomum para Londres. - está perfeitamente à vista.

— Pode colocar uma música. — Torna a falar. — Dá para conectar o celular com o rádio.

Pego o celular no bolso, fazendo exatamente o que ele disse. Entro em minha playlist mais usada, rolando a tela em dúvida com qual música eu escolheria. Sorrio sapeca já tomando minha decisão. Não demora para tocar o começo inconfundível de I'm A Slave 4 U por todos os sons potentes ao nosso redor.

— Britney Spears? Sério, Harry? — Pergunta ao olhar-me de soslaio e gargalhando em seguida, mais alto do que seria o seu normal. Confesso que por um momento acabo por me distrair com a sua risada.

— O que? Hino é hino, Louis Tomlinson! — Exclamo. Pego os bonés no porta-luvas. Havia um preto da Adidas e um laranja-amarelo com listras. — Qual você quer?

— O preto, por favor.

Passo-lhe qual escolheu, e ele o coloca. Jogo o cabelo para trás dos ombros ao pôr o meu e abaixo a aba. As pessoas nos olham ao passarmos pelas ruas. Por um instante, acho que é para Louis, ja a sua beleza é uma desculpa plausível para chamar tanta atenção. Afinal, não tem como não olha-lo. E aí, uma parte minha muito paranoica acha que todo mundo está me olhando, mas finalmente dou-me conta de que é somente o carro.