A flecha do cupido

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Sexta eu volto

Heico dormia feito uma pedra, Lemuel voltou no outro dia para certificar de que não havia sequelas nele, afinal as feridas foram muito graves.

- Como ele está?

- Dormindo. Creio que não ficou sequelado.- Digo a ele que ri.

- Isso ele já era meu querido.

- Então seu anjo vagabundo, o que quer de verdade aqui?

- Temos uma proposta para você.

- Proposta?

- Sim, já sabemos que descobriu tudo sobre a morte de Wei e só posso dizer que seu pai não estava sozinho quando o fez.

- O que quer dizer com isso?

- Reikako vinha te observando fazia tempos, ele o queria não como a um ceifeiro Reikako o quer até hoje. Como algo mais você me entende?

- Então Reikako matou Wei Wuxian com meu pai?

- Sim e Taladriel não existe, Reikako comanda o Wendigo.

- E qual é a proposta?

- Nos entregue a lança dele e assume o lugar de chefe na morte.

- Mas eu quero ficar com Zhan!

- Sua alma foi corrompida Yibo você pode viver com ele, mas nunca voltará ao normal, se seguir as regras de Reikako morrerá,se seguir nossas regras tem uma chance, mas nunca voltará a ser humano.- Minha cabeça fervilhava em agonia eu não sabia o que fazer.

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No quarto Heico acordava com as costas ardendo.

- Ai isso dói muito.- Reclamou.

- O que você arrumou garoto?- Ela Xuan Lu, passando remédios nas feridas.

- Foi um acidente.

- Você é muito descuidado, como sofreu todos esses cortes?

- Não lembro direito.

- Vai ficar marcado pra sempre.- Ela terminou e voltou com café da manhã, ela já sabia que o ceifeiro gostava de coisas doces.

- Por que tá cuidando de mim? Sabe que não presto.

- Sim não presta nem um pouco, mas gosto de você assim mesmo. - Heico não esperava ouvir isso.

- Gosta porque não presta também. - Ele gargalhou.

- Digamos que tenho uma queda por homens malvados.

- Eu não te mostrei meu lado mau garota.

- Ah você mostrou sim, ficou comigo uma única vez e não me procurou mais, isso foi crueldade, eu fiquei esperando toda noite que você viesse ao meu quarto, mas você não foi.

- Eu não costumo ficar com ninguém mais que uma vez.

- Tá vendo? Você é mal.

- Posso ser bonzinho só dessa vez. - Ele sorriu, Lu não estava brincando quando disse que gostava dele, o problema era que ela não fazia ideia de quem ele realmente era. Ela fez um carinho nos cabelos negros dele, que recuou um pouco não estava acostumado a receber afeto.

- Por que foge dos meus carinhos?

- Não estou acostumado a isso. Não sei como reagir.

- Só aceita. - Ele a encarou sério, ela tinha um sorriso doce e um olhar sincero, a situação estava estranha, Heico estava sentindo algo por ela. Com medo dos sentimentos levantou se devagar, mas quase caiu, sendo amparado por Lu.

- Você não é nada parecida com as outras com quem já estive, não tem medo de mim?

- Eu deveria?

- Se soubesse quem realmente sou nem chegaria perto. - O Sorriso de lado um olhar expressivo era o que mais a atraía.

- Mas eu já disse tenho um fraco por homens como você.

- Vai se arrepender muito disso menina. - Heico a beijou com toda vontade que tinha, em seus pensamentos a incerteza de saber o que era aquilo que estava sentindo, apenas se deixou levar pelo momento.

Ele não entendia nada sobre o amor, nada sobre paixão, quando se tornou um ceifeiro tinha apenas treze anos nunca viveu nada parecido. Para ele tudo era desejo e apenas isso. Heico só entenderia o que estava acontecendo consigo quando fosse bem tarde pra voltar atrás...

Lemuel observava tudo, com certa inveja, tinha curiosidade em saber como era estar com Heico, todo aquele jogo de "brincadeiras" sem vergonha da noite passada não era da boca pra fora, Lê tinha mesmo um desejo ardente pelo Ceifeiro que já não sabia esconder. Dividir com Xuan lu era uma ideia bem louca.


Ao Cair Da NoiteWhere stories live. Discover now