Capítulo 20

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Tudo é temporário
Tudo vai passar

Existem alguns dias que tudo começa dando errado

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Existem alguns dias que tudo começa dando errado. Parece ser algum tipo de teste, uma provação ou não sei o que, mas tudo dá errado e esses dias parecem ser os mais longos. Estou indo para o set extremamente triste, saiu o resultado do processo judicial que eu tinha aberto contra uma pessoa profundamente insensível.

O motivo foi o fato dele zombar da minha aparência e a da minha mãe quando ela estava doente. Eu aceitei uma e duas vezes, mas para tudo existe um limite e esse cara ultrapassou todos me fazendo perder a paciência e abrir um processo contra ele. Processo esse que eu acabei perdendo e agora estou me sentindo mal. Não sei se devia, mas eu estou.

Não entendo porque não consegui ganhar, eu estava certa, eu estava no meu direito, eu tinha provas e tudo o que era necessário para ganhar esse processo. Acima de tudo eu tinha esperança, mas acho que é algo que não devo ter se tratando do machismo na Turquia. Esse é o único motivo plausível que eu consigo encontrar.

A minha vontade era de ficar em casa e fugir do mundo, chorar como uma garotinha de cinco anos e ser confortada com todo tipo de bobagem até o sentimento de tristeza passar.

Eu não costumo ser uma pessoa pessimista, muito pelo contrário. Geralmente eu sou uma pessoa animada e enérgica, gosto de ver tudo de uma forma positiva. Costumo dizer que gosto de ver o lado cheio do copo, porque se eu ver o lado vazio, aquilo vai refletir na minha vida. Logicamente existem dias como esse que eu me sinto deprimida, mas depois eu sempre encontro algo para me motivar.

Mas não quando se trata da minha mãe. Nesse caso o copo transborda.

Perdê-la foi como ter uma parte de mim arrancada, é uma dor que está presente na minha vida e eu que apenas aprendi a me acostumar. Às vezes dói mais, outro dia menos, mas eu sigo firme. Era o que eu estava fazendo até ter essa ferida aberta novamente.

- Hande... - Ouço o sussurro da Gamze do outro lado do telefone e respiro fundo.

- Está tudo bem Gamze, vamos passar por isso juntas como das outras vezes, ok?

- Tudo bem, eu amo você.

- E eu amo você. - Digo e penso em ajudar ela a se distrair. - Gamze?

- Oi?

- Amanhã eu vou levar o Kerem na sua casa. Você vai conhecê-lo. - Desligo antes que ela tenha qualquer reação.

Agora a ocupação dela vai ser em deixar tudo excessivamente perfeito, criar um roteiro na cabeça doida dela e até me mesmo criar ameaças para o Kerem.

Pensar nele faz com que borboletas criem vida na minha barriga e um sorriso mínimo da o ar da graça. Só a menção do seu nome já tem o poder de me aliviar.

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