Capítulo 22

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Ninguém disse que seria fácil
É uma pena nós nos separarmos

– Hande? – Vejo a mulher que amo parecendo despedaçada na minha frente

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– Hande? – Vejo a mulher que amo parecendo despedaçada na minha frente.

Quero acreditar que não é porquê ouviu minha conversa e entendeu errado, mas ao ver ela conseguir controlar as lágrimas não derramadas, eu entendo que ela ouviu, a forma como me olha é de decepção e fúria.

– Não fala comigo, eu estou indo para a minha casa... – Diz se virando e achando que vai conseguir ir embora, mas eu sou rápido.

Pego ela pelas pernas a jogando no meu ombro e a mulher se revolta, grita e esperneia, também bate nas minhas costas e fica incontrolável nos meus braços.
A aperto mais firme para evitar que caia e dou um tapa na sua bunda para deixá-la momentaneamente sem reação. Funciona.

– Você me bateu?

– Você ia se machucar.

– EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ, ME SOLTA. – Volta a espernear.

Entro com ela dentro de casa e tranco a porta para evitar que ela dê uma de fujona.
Coloco a Hande no chão e sinto uma ardência no rosto.

Ela me bateu.

– Oh meu Deus. – Ela parece chocada com o seu próprio ato e eu me mantenho neutro, não respondo ou desmontro nada. – Me desculpa, eu... – Me olha e se irrita novamente. – Desculpa nada, você mereceu.

Arqueio as sobrancelhas, mereci?

– O que eu fiz Hande? – Ri irônica e meu alerta é acionado. Isso não é bom.

Ela está fora de si.

– O que você fez? – Ri ainda mais. – O QUE VOCÊ NÃO FEZ KEREM BÜRSIN. VOCÊ ME ENGANOU, VOCÊ MENTIU, VOCÊ É IGUAL A TODOS. – Grita batendo no peito e eu seguro seus pulsos sem machucá-la. – ME SOLTA.

– Hande me escuta, vamos conversar e eu vou me explicar.

– EU NÃO QUERO CONVERSAR, EU QUERO IR EMBORA.

– Você está sendo injusta, me deixa conversar com você. – Peço ainda mantendo o tom neutro e isso parece deixar ela ainda mais insana.

Ela luta para se livrar do meu aperto e eu a solto para não machucá-la.

– UM POUCO TARDE, VOCÊ NÃO ACHA?

Syn...

NÃO ME CHAMA DISSO, EU NÃO QUERO OUVIR VOCÊ KEREM. E SABE POR QUE? – Eu sei, mas fico quieto e deixo que ela continue. – PORQUE EU OUVI DAS OUTRAS VEZES QUE FUI ENGANADA, PORQUE EU ACREDITEI EM CADA PALAVRA, MAS AS ATITUDES TOMADAS DEPOIS DELAS ERAM AS MESMAS QUE ME MACHUCAVAM E EU CONTINUAVA OUVINDO E ACREDITANDO.

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