Capítulo 7 - Theo/Luhísa

14.2K 775 31
                                    

THEO

Eu precisava falar com ela, e ela me evitou a manhã toda, entrei determinado na sala dela, precisamos conversar e esclarecer as coisas. Tranquei a sala e fiquei a encarando.

– Só vamos sair daqui depois de conversamos – Eu digo sério, mas ela nem me olha.

– Theo... – Ela diz de uma forma que parece estar me repreendendo, porém sinto uma pontada de medo na sua voz.

– Luhísa, o que aconteceu ontem... – Eu começo a dizer, mas ela me interrompe.

– Não vai voltar acontecer! – Ela diz ainda sem me olhar.

– Não pode voltar a acontecer – Digo firme.

“Mas tenho certeza que vai...”

– Eu queria pedir desculpas... Sei que foi errado, que não podia ter acontecido... – Suspirei.

– Com certeza, eu também queria me desculpar, eu não deveria ter correspondido – Ela solta um longo e demorado suspiro.

– Luhísa... – Eu digo me aproximando dela – Não quero que o que aconteceu mude nossa relação no trabalho, vamos apagar o que aconteceu, e voltar a nos tratar como antes – Eu digo e agora estou parado na sua frente, ela está sentada, mas não me olha – Luhísa olha pra mim!

– Não posso – Ela sussurra.

– Por quê? – Eu pergunto confuso.

– Porque se eu te olhar agora, não vou resistir, e vou te beijar de novo – Ela diz e sinto uma fisgada pelo meu corpo. – Sinto muito...

Puta que pariu! É normal eu ficar excitado com o que ela acabou de dizer?

“Se você não ficasse, acharia que tava virando gay!”

– Ei... Não fique assim – eu digo e me abaixo ficando em sua altura.

“O que eu estou fazendo? Ela acabou de dizer que se me olhar vai me beijar...”

“Você quer isso, beija logo...”



– Não, Theo – Ela diz quando tento segurar seu rosto para ela me olhar.

– Eu não quero um clima ruim com você – Eu digo e ela suspira – Eu preciso confiar em você, se não, eu não vou conseguir trabalhar em paz...

Essa era a justificativa que eu dava a mim mesmo, pra tá cometendo tal loucura. Eu podia demiti-la, mas nem no meu senso mais ridículo seria algo que eu faria, seria antiprofissionalíssimo da minha parte.

– Eu sei, mas eu preciso de um tempo... – Diz – Eu... Eu... Eu nunca tinha ficado com alguém comprometido...

Então é isso, ela está assim porque eu sou casado... Claro, foi por isso também que eu fiquei mal, eu fiquei mal pela Ângela, por meu casamento. Mas eu gostei, eu quero mais, eu preciso de mais, mas não posso. Por isso tenho que ser profissional...

“Até que fim você admitiu que quer...”



– Eu entendo, eu nunca havia ficado com outra mulher – Eu digo num sussurro. – Depois de Ângela, eu nunca havia... – Suspiro – Desejado outra mulher.

Ela me olha, seus olhos estão com lágrimas.

– Eu sinto muito, eu nunca quis que isso acontecesse, eu só... – Ela falava e as lágrimas caíram.

A AmanteWhere stories live. Discover now