Capítulo 29 - Luhísa

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Saí do apartamento do Adam, me sentindo melhor. Seus hematomas já tinham sumido praticamente todos. E ele já estava a todo vapor. Dormi aqui quase todos os dias das últimas três semanas, com medo dele sair e alguma coisa acontecer.

Se eu me sentia culpada? Claro... Eu estava me divertindo, enquanto meu melhor amigo estava sendo agredido. Porque sei que Adam só prolongou a saída, para que eu pudesse ficar com Theodor, sozinha.

Theodor contratou um enfermeiro particular, que por ironia era gay e estava se dando super bem com meu amigo. Claro que eu sei, que isso foi de caso pensado. Theo quer que meu amigo fique bem logo, para eu ficar bem também.

Claro que uma vez ou outra, ele sempre acabava me agarrando no trabalho. E também em convencia de ir com ele até um hotel, claro que ele sempre verificar se Greg, o enfermeiro, podia ficar com Adam. Era o único jeito que eu conseguia sair e me divertir, sem me preocupar tanto com meu amigo.

Quando chego à empresa, vejo um movimento na recepção. Recapitulo, para ver se não me esqueci de alguma reunião, mas nada me vem à cabeça.

- Até que fim a dondoca chegou. – Vanessa destila seu veneno quando me vê. – O senhor Gross está louco atrás de você, e você não atende aos telefones.

Merda me esqueci de tirar do silencioso hoje quando acordei.

- Já estou aqui.

Fui sucinta. Não queria dar motivos pra ela ficar falando, entrei na minha sala e vi um Theodor agitado.

- O que aconteceu? – Perguntei indo na sua direção.

- Pelo amor de Deus o que deu na sua cabeça de não atender a merda do telefone?

Ele parecia agitado e mal olhou pra mim, pegou o seu telefone e ligou pra alguém.

- Ela acabou de chegar, obrigado Adam. – Ele finalmente me olhou. – Sim, você também fique bem. – Desligou.

Franzi meu cenho.

- O que está acontecendo? Porque tá todo mundo agitado lá fora?

- Alberto está vindo pra cá com o pessoal da Samsung, eles adiantaram a reunião em uma semana e estou te ligando desde cedo pra você vir pra cá o mais rápido possível.

P.O.R.R.A!!

Agora entendi o agito.

- Mas ainda não finalizamos o projeto.

- Você acha que porque estava te caçando?

Passei por ele e me sentei na sua poltrona, vendo que o arquivo que trabalhamos na ultima semana já estava aberto e com algumas modificações.

- Que horas eles chegam?

- Ás onze, Alberto adiou o máximo que pode, a reunião seria ás nove.

Peguei o telefone e liguei para Camile.

- Gross Entreteriment, escritório do senhor Perrot, bom dia.

- Camile, é a Luh, preciso de você e do Kyle aqui com urgência.

Theo puxou uma cadeira e pôs do meu lado.

- Estamos indo, isso aqui tá mais agitado que uma boate.

Sorri. – Eu sei, mal cheguei e já tô na correria.

- Chego em cinco minutos.

- Você tem um minuto pra trazer essa bunda gorda aqui.

A AmanteWhere stories live. Discover now