Capitulo 3 - Part I - Theo

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Hoje meu dia será cheio, hoje chega minha nova secretária, seu nome é Maria Luhísa Jackson Dawson, e todos me acharam louco por tê-la contratado sem nem ao menos fazer uma entrevista, o motivo deu ter feito isso? Ela foi indicada pela minha antiga secretária, Luana, ela trabalhou comigo por mais de cinco anos, e se demitiu porque vai casar e se mudar, dei uma excelente recomendação para ela. Mas não foi somente esse meu motivo para contratar a senhorita Dawson, seu currículo é impecável.

- Theo! - Ângela gritava mais uma vez meu nome, estamos discutindo tem quase uma hora, e como sempre eu comecei a pensar no que iria fazer durante meu dia, do que me concentrar no que minha esposa estava me falando. Nem precisava, nunca tinha novidade em nossas brigas. - Estou falando contigo.

Ângela e eu estamos casados a 8 anos, e nos conhecemos a 12. Casamos quando ela descobriu que estava grávida. Não, eu não me casei obrigado, eu me casei com ela porque eu a "amava" e queria ser o melhor pai e marido. Porém ela perdeu nossa filha em um abordo espontâneo. Fiquei muito abalado na época, mas juntos superamos. Porém algo no aborto a fez ficar estéril, na época eu não entendi muito bem, e até hoje não entendo, não falamos muito disso, é uma ferida que talvez nunca cure, e sempre que tocamos nesse assunto eu acabo ficando mal, pois meu sonho é ser pai.

- Theodor Sommer Gross você pode me dar atenção ou está difícil? - Ela grita parada na minha frente com os braços cruzados e batendo sua perna direita no chão.

Eu nem me lembro o motivo inicial da nossa discussão de hoje, mas já sei como ela vai terminar. Com ela falando que sou possessivo e que tenho muito ciúmes e que isso tudo é atoa e blá, blá, blá.... A mesma ladainha de sempre.

- Cansei! - Ela grita saindo da minha frente - Se você continuar tendo essas crises, vai ficar difícil.

Falei! Previsível. Não vou mentir, sou possessivo sim, e com isso tenho muito ciúmes. Pronto, lembrei porque estamos brigando, ela acabou de chegar, de ontem, e ainda estava com cheiro de perfume masculino e um tanto bêbada. Para piorar a situação, não fazemos sexo há quase um mês - não por minha culpa é claro, ela é que nunca está em casa, e quando está me evita.

- Quer saber, pra mim já chega! - Me exalto levantando da cama - Você está fugindo de mim tem quase um mês, ai chega hoje em casa fedendo a perfume masculino e ainda por cima bêbada. E não quer que eu tenha ciúmes? - Continuo gritando exaltado enquanto ando em sua direção.

- O possessivo e ciumento deu a cara - Ela debocha e eu reviro os olhos e seguro em seus ombros com força - Theo está me machucando!

- E você acha que suas atitudes não me machucam? - Eu pergunto a encarando e ainda a segurando.

- Está me machucando! - Ela grita se remexendo, tentando se soltar.

- Que saber? - Grito - Não me espere hoje - a solto e me afasto - Isso é se você não vai ter mais uma de suas reuniõezinhas - Ironizo após lhe dar as costas e saio do nosso quarto.

- É meu trabalho! - Ela grita, mas não vem atrás de mim.

Então eu resolvo ir para meu trabalho, quero chegar cedo para recepcionar minha nova secretária e lhe passar o que ela tem que fazer. Nem ouso parar para comer alguma em casa, porque se ela me encontrasse com certeza começaria tudo de novo, e já não estou com cabeça para continuar uma merda de discussão que não vai dar em nada.

Antes deu chegar a porta, aquele maldito satanás pulguento corre até a mim.

- Parado Poke - Rosno pra ele, que para o bem dele para há quase dois metros de mim, mas isso não o impediu de rosnar pra mim também.

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