Jantar de leilão parte 01

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   "...ela obtém posses, e isto a faria mais atraente dizia o pai, a jovem possuí um preço é esperava ser leiloada..."

A caminho para o jantar Eugênio é Elza conversavam alegremente sobre cabeças de gado, terras fora da cidade e política algo que para Edgar não possui nenhuma importância, brincava com seu anel de ouro entre os dedos, jogando o de um lado para o outro aguardando o tempo passar. "Chegamos" disse o cocheiro.

— Antes de entrarmos preste atenção no que vou lhe dizer. Disse Elza organizando sua echarpe entre os ombros.

— Passe a ele o que se deve fazer enquanto eu irei prozar brevemente com o cocheiro. Dizia Eugênio enquanto se atirara para fora da carruagem.

— Está bem querido. Elza mostra a Eugênio seu lindo sorriso branco e largo. — Ouça bem, este jantar tem que sair perfeito, para isso preciso que você se mantenha quieto, apenas digas poucas palavras para que não pareça mudo, e jamais saia do meu lado e de seu pai. Elza tem em sua voz um tom severo e rígido.

— Sim minha mãe, mas não entendo, porque tais ordens para um simples jantar? Perguntou Edgar com tamanha dúvida.

— Não é apenas um simples jantar meu bem, este será o jantar que decidirá o rumo de sua vida, a quem irá unir em matrimônio, a onde irá trabalhar é a qual herança receberá. Elza falara com brilho nos olhos.

— Entendo. Edgar imaginava que esse dia chegaria, porém não se sentia contente como seus pais.

E muito comum pais da classe alta preparar o futuro de seus filhos, a maioria dos casamentos existira de maneira "comprada", uma jovem que possuía boa aparência e bom dote logo teria a quem se casar e sua família teria o dever de empregar o noivo nós negócios da família, assim o casal teria a proteção dos pais é a segurança dos seus bens financeiros.

— Bela casa. Disse Edgar baixinho, segurando a mão da mãe para acompanhar ela em seus passos largos.

Seguia Eles rumo a porta principal onde o senhor e a senhora Treves já os esperava calorosamente, Ambos bem vestidos. O som de passos que ecoava no ar havia parado.

— Boa noite, sejam todos bem vindos em nosso humilde lar. Disse Rosângela de Treves exibindo seu belo sorriso com covas.

— Muito obrigado senhora, sua casa é tão encantadora quanto vosso sorriso. Disse Eugênio reverenciando levemente.

— é senhor, eu tenho que concordar, vamos por favor entrem. Disse Bonifácio com seu cachimbo de prata preso a boca soltando fumaça.

Edgar que estará entre os pais se sentiria tímido pois somente a porta e as joias que dona Rosângela usara, lhe custaria sua casa, porém pode ver que seus pais em nada se intimidava, estavam eles sorridentes e sempre bem educados. Respirou fundo até que alguém oh chamou.

— Esse deve ser o pequeno Edgar. Disse Rosângela olhando o em baixo, atrás de seus pais. — Aproximasse meu bem deixa-me lhe ver melhor. Rosângela se agacha para poder falar com Edgar. — Quanta fofura, está galante essa noite, e pelo que sinto, está bem untando. Rosângela se surpreende com a beleza e o cheiro de rosas lirias de Edgar.

— Obrigado senhora Treves. Edgar fica com as bochechas coradas.

— Sem mais delongas, vamos logo entrando. Disse Bonifácio abrindo a porta e seguindo para a belíssima sala de estar.

Todos entraram na casa, uma casa que se perdera no século passado, os detalhes no mármore barroco da casa enchiam os olhos de Eugênio é Elza. Seguiram para a sala de jantar, um belo conjunto de mesa e cadeiras em Carvalho negro próximo a lareira quente, mesmo não estando no inverno o tempo na cidade sempre esfriava ao cair da noite.

Em sua sombraWhere stories live. Discover now