Berenice

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"...ela sabe de algo, vejo seus olhos sorrateiros que algo sabe..."

       O dia amanheceu ensolarado cheirando grana nova e flores rescem desabrochadas, magnólia está de pé perfumando se em frente ao espelho enquanto Edgar está deitado sobre a cama dormindo perdidamente. Magnólia o observa através do espelho sorrindo para ele , no entanto ele percebe algo de diferente no lençol Branco, duvidosa e curiosa magnólia se levanta e segue até sua cama para ver mais de perto, ao puxar o lençol enroscado entre as penas de Edgar e sua parte da cama percebe se uma mancha de sangue." Então aconteceu?" Pensou magnólia, ela ignorou por um instante o lençol sujo porém não se recorda da noite passada, se o casamento foi consumado...toc toc.

— senhora minha sobrinha!. Clamou Berenice

— entre minha tia. Magnólia se mantém no mesmo lugar , de pé em seu lado da cama segurando o lençol sujo.

    Berenice entre no quarto usando um saião verde  escuro que realça a cor do seus olhos, uma blusa branca de manga comprida e uma diadema de pedras verdade que se assemelha a esmeraldas frias.

— que isso? Ah sim! A noite fora benéfica então. Exaltou Berenice.

— é...eu acho que sim. Magnólia tem sua voz dúvida e incerteza de muitas coisas.

— e claro que é meu bem, ouvi seus risos na cozinha ontem a noite e os criados me relataram que gemia durante a madrugada. Berenice tem em seu rosto um meio sorriso para a sobrinha.

   Magnólia queria contar a tia que os gemidos da madrugada passada não viam de sua pessoa mas de seu esposo que agonizava de dores porém resolveu manter em segredo para conversar tranquilamente com seu marido.

— vamos tomar café da manhã minha tia , conversaremos melhor na cozinha. Ofertou magnólia com um lindo sorriso em seu rosto.

— sim minha querida, vamos. Berenice reverência levemente.

    Magnólia junta o seu braço direito ao braço esquerdo de sua tia e ambas seguiram para a porta do quarto, ao abrir se deparam com Heron segurando uma bandeja com um belíssimo café da manhã.

— o que está fazendo?. Perguntou magnólia

— seu Edgar me pediu para trazer o café da manhã até sua cama. Heron matem a cortesia e a educação em seu tom de voz. Dona Rosângela lhe ensinou que acima de qualquer circunstância nunca de deve perder a elegância.

— não fará isso, devolva está bandeja para a cozinha. Exigiu magnólia.

— minha senhora são ordens eu. Heron e interrompido pelas palavras de Berenice.

— exatamente meu rapaz, sua senhora dona magnólia exige que volte para a cozinha com está bandeja, irá desobedece-la ?. Berenice bota Heron contra a parede

— não senhora. Heron sente fúria pelas palavras exaltadas de Berenice, no entanto aprendeu a esconder seus sentimentos.

— então vá!. Magnólia aproveita a oportunidade e trata Heron como subalterno que ele é.

    Heron virou se, desceu as escadas e segui para a cozinha. Magnólia e Berenice foram atrás para se deleitar de um bom café da manhã , com pães, frutas, sucos, leite, mel, doces etc. Enquanto o café da manhã seguia Edgar desperta e chama por Heron.

— o senhor Edgar acordou , e solicita vossa presente Heron. Disse Eliza a  empregada que limpara as escadas.

   Heron está servindo o café da manhã para Berenice e magnólia que pouco comeram e muito conversaram.

— com sua licença senhoras. Heron põem a jarra de leite sobre a mesa.

— fique e ajude minha tia com o café da manhã, eu irei. Magnólia tira o avental da penas e se levanta da cadeira.

— muito bem minha querida, sempre mantém os empregados nós seus devidos lugares. Enaltece Berenice a atitude de magnólia.

   Magnólia sobe as escadas para ver o que Edgar precisa, deixando Berenice e Heron a sós na cozinha. Ela o observa da cabeça aos pés como se buscasse algo para subjuga-lo.

— então meu rapaz, já que estamos a sós porquê não me diz o que foi fazer noite passada na floresta. Perguntou Berenice enquanto toma um pouco de leite.

  Heron sente o temor dentro de si, porém em nada mostra.

— não sei do que está falando senhora. Heron tenta negar tão ação.

— ah sabe sim meu rapaz, vejo em seus olhos  que esconde algo , algo pecaminoso. Ela o encara, seus olhos verdes brilham como um tom sombrio.

   Heron sente mais medo , ele abaixa sua cabeça para evitar o olhar de Berenice. De cabeça baixa Heron percebe que o rubi esférico preso a uma faixa azul escuro amarrada no pescoço de Berenice está cintilante em um brilho sombrio.

— olhe para mim. Exigiu Berenice.

   Heron ergue a cabeça e olha nos olhos de Berenice. Ele sente algo estranho dentro de si, algo que o faz suar e tremer o corpo como folha seca.

— como vocês homens são fracos, e ainda sim se acham donos do mundo...saia daqui. Berenice solta uma gargalhada.

   Heron não esperou muito , saiu correndo daquela cozinha o mais rápido possível, tentando esconder se dos olhos de Berenice.

— hahaha! Homens...pobres homens.

  
   Berenice gargalha alto passando a mão fina de unhas vermelhas marsala sobre a pedra presa ao seu pescoço.

Em sua sombraWhere stories live. Discover now