1945

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   "...os sinos tocavam anunciando a chegada da noiva, porém para mim tal som representa perdição..."

🏳️‍🌈Sete anos se passaram...

O dia do casamento de Edgar havia chegado, o menino agora virou homem possuindo uma beleza adulta de dar inveja a quem um dia já envelhecera, madame Ordália era uma das senhoras da cidade que desejavam a beleza jovem para cativar os belos moços que surgiam. A cidade está agitada, o casamento havia sido anunciado semanas antes do dia, todos da cidade foram convidados para a cerimônia na igreja da cidade, uma pequena capela, porém ornamentada com muitas flores rosas é branca é um belíssimo tapete rosa estendido do altar até a escadaria. Edgar está em sua casa terminando de se arrumar na companhia de Heron, a amor entre os dois se tornou intenso é verdade, porém para muitos eram apenas bons amigos.

— Maldito dia. Disse Edgar de frente para o espalho sem blusa olhando sua calça Branca e seu cinto de couro negro.

— Tenho que concordar, não é um bom dia. Disse Heron segurando uma blusa de botões e um palito branco.

— A blusa primeiro. Disse Edgar ajustando seu sinto.

— Sabe, não me preocupo com o casamento, um dia até eu terei que me casar também. Heron fica de frente para Edgar, ambos a mesma altura.

— Não mesmo. Disse Edgar com um olhar estranho.

Edgar põem seus braços dentro das mangas da blusa branca. Seu peito liso, porém, marcado por uns pequenos exercícios ficam a mostra.

— Oras, tenho que me casar sim, ou irão desconfiar de nós, sou tão belo quanto você, sou mais velho também é até agora não me uni em matrimônio, as pessoas falam. Heron começa abotoar a camisa de Edgar.

— Que falem, eu o amo, podemos tudo isso de lado se quiser, podemos fugir. Edgar põem as mãos no rosto de Heron.

— Perdeu o senso com certeza, fugir agora é o mesmo que assinar seu atestado de óbito, e o causador da sua morte não será seu Bonifácio, mas sim o senhor seu pai. Heron termina de abotoar a camisa, ele olha nos olhos de Edgar e sorri.

— Eu o amo. Edgar sussurra.

— Eu o amo. Heron sussurra.

Um beijo delicado acontece, lábios suaves e molhados se entrelaçam. Os seus corpos se uniram em um abraço forte.

— Vamos fugir? Vamos? Edgar sussurra no ouvido de Heron.

— Não Edgar, não podemos fugir. Heron se afasta um pouco de Edgar.

— porque não? Qual o problema em fugirmos? Edgar adoça sua voz em um suave tom de dúvida.

— Onde iremos ficar? onde iremos trabalhar? sabe o que acontece com dois homens solteiros em um quarto? São chamados de sodomita pelo povo. Heron fala de maneira calma, porém advertindo.

— Edgar não vamos entrar nesse assunto agora tá bom? Disse Heron agraciando a nuca de Edgar.

— Promete que falaremos disso depois? Perguntou Edgar um tanto duvidoso, porém sorridente.

— Prometo, deve relaxar bastante para enfrentar o padre diante do altar. Heron pegou o palito e ajudou Edgar a vestir.

— Sim tem razão, mas isto darei me bem eu aprendi a fingir. Disse Edgar ajustando seu palito.

— ótimo, melhor assim. Heron dá um paço atrás e observa Edgar da cabeça aos pés.

— Estou bonito? Perguntou sorrindo calorosamente.

— Como sempre fascinante, agora vamos. Heron segue para a porta do quarto de Edgar.

— Espere...enquanto a esta noite? Magnólia não vai aceitar que eu saia de casa essa noite, é a nossa primeira noite de casados. Edgar solta a pergunta tão rápido quanto podia pensar.

Em sua sombraKde žijí příběhy. Začni objevovat