"...eu te amo, te amo mais que a mim mesmo, por favor não me abandone jamais..."
Nunca em toda a história da cidade de anjo celeste o hospital esteve tão movimentado , repleto de pessoas , repórteres , jornalistas , famílias com grandes nomes e quengas, todos ali aguardando a resolução do caso que foi titulado pelos jornalistas como "amor e com amor se paga".
Edgar está acamado em uma quarto grande no hospital, está a tomar soro. Ao acordar olha de um lado para o outro procurando sabe se tudo que passou foi apenas um pesadelo.
— nunca irá perder este mau costume?. Perguntou um moço que está ao seu lado em outro maca.
— o que?. Edgar tem a olhos embaçados mau consegue ver o rosto da pessoa com quem conversa.
— dormir a tarde sempre foi um mau hábito seu, perderá o dia com roncos e sonhos. O moço sorria para Edgar.
Edgar enferga os olhos para poder enxergar melhor, ao abrir os olhos novamente vê quem o fala .
— Heron!!! Você acordou. Edgar sente imensa alegria porém pouco expressa pois sente dor em todo corpo. — queria poder abraça-lo, quase morri de preocupação. Edgar não consegue conter as lágrimas.
— posso ver. Heron tenta fazer uma piada para quebrar o clima negativo, ambos pareciam estar a beira da morte. — soube que foi agredido pelos moradores da cidade...temia por esse dia. Põem sua mão esquerda sobre o peito.
— o que lhe aconteceu?. Edgar pergunta com dificuldade.
— a mãe da senhora magnólia e sua tia são bruxas, ouvi a conversa delas quando pagaram para um homem me tirar do porão e por no caixote, deram me uma cacetada na cabeça e apaguei, quando acordei já estava em um barco com destino a amazônia, era para me lançarem no rio assim que adentra se a floresta, no entanto me pus a balançar o caixote até cair para o lado e mergulhar no rio. Heron respira fundo buscando ar que lhe falta.
— como é? Não é possível. Edgar sente se surpreso com a declaração de Heron.
— soube através dos jornais que você me salvo. Heron se emociona e permite chorar, as lágrimas caem de seu rosto pela primeira vez. — muito obrigado. Heron agradece estendendo a mão.
— eu te amo, te amo mais que a mim mesmo, por favor não me abandone jamais. Edgar estende o braço para tocar nos dedos de Heron.
Ambos consegue tocar os dedos um do outro, a emoção e inevitável, o amor entre os dois e verdadeiro e forte, Pilar vê de longe na porta do quarto o quanto seu filho o ama, viu o amor de verdade pela primeira vez mesmo estando casada a anos. Ela se aproxima com seu almoço e o de seu filho, ela se sente comovida com o que vê pois nada tinha visto antes ou algo parecido.
— aqui seu almoço. Pilar ajuda Heron ficar sentado na cama para poder servir seu almoço.
Ela o serve um prato de galinhada que ela mesmo preparou. Edgar ao ver Pilar ajudar Heron se emociona, ele se vira para o outro lado para chorar lamentando por sua mãe pois em nada tem notícias, não sabes que sobreviveu a bala que pegou, o medo o aflige.
— endireita se. Disse Pilar pegando nos ombros de Edgar.
— senhora Pilar?. Edgar se sente surpreso.
— deve se alimentar corretamente para não agravar o seu estado, não vai querer deixar Heron esperando por você lá fora vai?. Pilar sorria para ele , o põem sentado e lhe serve sua sopa.
horas mais tarde antes de sair do quarto Pilar beija a testa dos dois abençoando a noite de ambos pois o dia se encerra. A note cai o tumulto lá fora ainda Continua, esperavam eles por notícias da resolução do problema, o boato que corre na cidade e " é amor mesmo? Pode um homem amar outro ?.
A noite cai e as luzes do hospital São ligadas, o rádio e sintonizado para tocar alguma coisa para descontrair os pacientes e os médicos.
— teve notícias de sua mãe?. Perguntou Heron.
— não, estou um pouco assutado. Edgar sente dor ao respirar.
— vai ficar tudo bem. Heron sorri para Edgar.
— quando sairmos daqui iremos embora, como devíamos ter feito antes. Edgar afirma.
— para onde iremos?. Perguntou Heron.
As luzes começam a piscar como se a fiação tivesse ruída, Edgar e heron olham para as lâmpadas temendo uma queda de energia ou que as lâmpadas explodisse. Heron olha a janela é vê um gato branco, tão branco como leite de olhos bem negro, a gata possuí aparência de ser mansa e de raça mas algo de extraordinário acontece, a gata pula da janela e em seu pulo ela se transforma em mulher.
— dona Rosângela?. Exclamou Edgar espantado.
— senhores. Rosângela reverência levemente , as luzes param de piscar. — com sua licença. Rosângela caminho rumo a Edgar e heron.
— oh meu Deus , meu Deus. Edgar se espanta.
— calma, amor calma tá tudo bem. Heron tenta acalma-lo.
Rosângela puxa uma cadeira para se sentar entre as macas de Edgar e heron. Ela está usando um belo vestido branco e um gargantilha de fita azul escuro presa a uma diamante negro em forma de esfera.
— o que você quer ?. Perguntou heron enquanto se sentava na cama.
— vim aqui conversar, saber como estão. Rosângela cruza as pernas.
— estamos bem não graças a você é a sua irmã. Disse Heron um tanto enfurecido.
— ah por favor sem mágoas, e tão deselegante sabes disso. Rosângela passa a mão na gargantilha. — vocês dois são como eu é minha irmã, somos bruxas e para viver em paz precisamos nos esconder nas sombras. Rosângela encara ambos
— diga logo de vez o que quer. Heron corta quaisquer enrolação.
— certo, vamos negociar nossas vidas, vocês sabem que eu e minha irmã somos bruxas e pelo sua calma senhor Heron vejo que tem provas disso. Rosângela sorri.
Quando Heron caiu no porão minutos depois acordou e viu o local repleto de velas, o corpo apodrecido de Eliza e um seis livros ao seu redor, quando ele ouviu passo pegou rapidamente um dos livros e o colocou dentro de suas calças , voltando rapidamente para posição em que estava.
— não sei o que está dizendo. Heron nega.
— ah por favor Heron poupe nosso tempo, diga me onde está o quarto livro de minha irmã, em troca lhe darei dinheiro suficiente para viver em paz com seu amado a quilômetros de distância daqui. Rosângela se levanta da cadeira. — um valor por seu silêncio , um preço por amor.
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Em sua sombra
Romance... a noite e o hábitat natural dos amantes pois é nesse período que eles saem para caçar já sabendo aonde encontrar suas ''vitimas'' ou suas ''predadoras''. Elza sempre dizia com muita firmeza que seu marido Eugenio era sua vítima é ela a predadora...