𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤𝐰𝐞𝐥𝐥 havia sido prometida à Harry Potter. Quando atingissem a maior idade, deveriam se casar, de acordo com o voto perpétuo feito por seus pais. Mas, após Serena conhecer Draco Malfoy, as coisas mudam completamente de rumo...
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S E R E N A 💛
• 2 semana depois •
Estações de metrô sempre estavam lotadas, sempre com trouxas indo e vindo, sempre apressados, vivendo suas vidas comuns e atarefadas. Mas, ainda sim, muito mais simples se comparadas à existência de qualquer bruxo.
O cappuccino posto em minha frente fez com que minha atenção se voltasse a garçonete, a agradeci e comecei a tomar a deliciosa bebida. Em minha frente, Harry lia a nova edição do profeta diário
"Queda da ponte: número de mortos aumenta."
"Harry Potter: será ele o eleito?"
Eram algumas notícias que conseguia ler e sinceramente chegavam a me causar vertigens. Voldemort estava agindo e isto era preocupante.
— Deveria parar de ler essas notícias. Pelo menos, durante a manhã. Creio que essas coisas agregam para uma péssima digestão. – neguei com a cabeça e dessa vez, o Potter abaixou o jornal para me olhar
— Isso porquê ainda não viu essa aqui. – ele fechou o jornal e em seguida, o abriu em minha frente — A justiça está sendo feita ao menos uma vez.
Draco e seus pais estampavam uma folha inteira. Lucius por ser o mais novo residente de Azkaban, já Draco e sua mãe, por terem saído humilhados do julgamento. Meu coração se apertou imediatamente.
Lucius mereceu o que ganhou, mas Draco não. Ele não tem relação alguma com nada disso.
— A justiça é subjetiva, depende do ângulo que vemos. – me limitei a responder, desconfortável com a forma que ele estava satisfeito com a desgraça de outras pessoas
— Nesse caso, o ângulo é apenas um. A justiça foi feita, Lucius e Narcisa são cruéis, Draco é patético, as coisas não podem ser vistas por outro....
— Harry, perdão. Creio que não tenha entendido que não quero discutir esse assunto com você. Lhe disse que a justiça é algo subjetivo, então vamos mudar de assunto. – o interrompi, dessa vez mais rude do que previa
— É claro. – Potter respondeu com uma raiva contida, parecendo precisar de muito autocontrole para não falar mais coisas. — Sinto muito.
Um silêncio desconfortável se instalou entre nós, sendo ouvido somente o barulho do trem se locomovendo, indo e vindo. Enquanto bebia meu cappuccino – tão delicioso que me fazia ter vontade de tomar todos os dias –, observei o ambiente em volta, até que meus olhos se focaram na plataforma oposta à que estávamos.
