𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤𝐰𝐞𝐥𝐥 havia sido prometida à Harry Potter. Quando atingissem a maior idade, deveriam se casar, de acordo com o voto perpétuo feito por seus pais. Mas, após Serena conhecer Draco Malfoy, as coisas mudam completamente de rumo...
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D R A C O 🐍
O dia havia sido sufocante. Mal consegui dormir e para ser sincero, já faz um bom tempo que não consigo ter uma noite tranquila de sono. Primeiro, briguei com Serena e querendo ou não, isto mudou completamente o meu humor, que já não estava muito bom. Aquela garota consegue ser bem irritante quando quer.
E depois, alguns planos não obtiveram êxito, o que significa que precisarei pensar em outra coisa para concluir meu objetivo. O lorde das trevas havia confiado à mim a tarefa de matar Dumbledore. Na verdade, seria uma troca justa: a liberdade de meu pai, pela varinha das varinhas. Caso contrário, Voldemort me mataria. Não havia outra escolha.
Preciso pensar antes de agir novamente, precisa parecer um acidente ou então algo que não seja tão suspeito e atraía o foco para minha pessoa. Serena não pode sonhar que estou tramando a morte de seu padrinho. Isso significaria o fim...de algo que ao menos começou.
Agora, observando as estrelas e a visão noturna que somente a torre de astronomia podia proporcionar, pensava sobre o quão difícil minha posição era. Haviam muitas coisas envolvidas, precisava ser cauteloso e mesmo que estivesse preparado para desempenhar a função, ainda temia algo. Algo ainda me incomodava, algo ainda me tirava o sono.
Me apoiei na barra de proteção, ainda observando o céu e tentando organizar meus pensamentos e planejamentos. O barulho de botas batendo contra o chão me alertaram de que não estava sozinho. Um vento forte fez com que o perfume de Serena se espalhasse por todo o ambiente. Não precisei olhá-la para saber que realmente era ela, reconheceria seu perfume há quilômetros de distância.
Na verdade, eu estava esperando por ela. Tinha ciência de que ela viria atrás de mim.
— Lhe procurei durante o dia inteiro. – a loira parou ao meu lado, se apoiando na grade. Desviei o olhar das estrelas brilhantes para a pessoa que brilhava mais do que os próprios astros.
— Imaginei que sim. Aliás, demorou para que isso acontecesse. – falei com tranquilidade, indiferente, já sabendo que isso ocorreria
— Sabia que eu viria procurá-lo porquê propositalmente, fez Potter nos ver, naquele dia no vagão, hm!? – Serena riu, incrédula, sem humor. Agora nos olhávamos nos olhos. — Como pôde fazer isso?
Então era sobre isso?
— Ah, poupe-me, Serena. Achei que não se importasse com aquele bastardo. Ele não é ninguém, não precisa ficar irritada por nada. Potter merecia uma lição, já havia passado da hora dele se colocar em seu devido lugar...
Iniciei meu discurso, sem dar o braço à torcer. Eu não estava errado, ela quem estava. Continuei falando, até que um grito saiu de sua garganta, fazendo-me calar imediatamente. A encarei, assustado.
