Secret Society (HIATUS)

X. Jovens e apaixonadas - DahMo

"(S)He a message, I'm the runner,

(S)He the rebel, I'm the daughter waiting for you

You're my river running high, run deep run wild

I, I follow,

I follow you deep sea baby,

I follow you."

I Follow Rivers, Lykke Li

A mesa estava posta, enfeitada por um vaso com violetas e gérberas amarelas, a cor vibrante das plantas contrastando com a cozinha quase toda branca da casa de Dahyun. Apesar de ter que se locomover quase duas horas de carro todo dia para ir ao estúdio gravar, Dahyun preferia a calmaria daquela propriedade quase na saída da cidade. Ela não era a pessoa mais organizada do mundo, mas certas datas precisavam ser comemoradas. Um barulho de carro chamou sua atenção e a Kim correu para fora, se deparando com Momo que trazia um amiguinho peludo em suas mãos:

- Momo, meu amor, quem é essa coisinha pequenina?

- Esse é seu presente pelos nossos um ano de namoro. Kim Dahyun, esse aqui é o Dobby. Kim Hirai Dobby, essa é sua outra mamãe.

O filhotinho dourado sentiu afeição de cara por Dahyun, inclusive ela fez uma piadinha dizendo que eram mesmo parentes, pois a cor dos cabelos dos dois era a mesma. Enquanto Dahyun terminava de organizar a mesa, Momo ajeitou as coisinhas que havia trazido para o cachorrinho:

- Você chegou bem na hora, Hirai.- Kim disse assim que Momo se sentou na cadeira.

- Yeon me deixou o carro dela hoje de manhã, disse que ia passar o dia fora vendo as coisas do casamento.

- Nayeon mandou um vídeo da Jihyo chorando pra Jeongyeon deixar um dos andares do bolo ser de limão. A Mina tava claramente morrendo de vergonha.

- Além de uma filha da puta, é um bebê mimado. Não vamos levar ela pra provar o nosso bolo de casamento.

- Você tá cuspindo no prato que comeu ontem a noite, Hirai. Aliás, quem disse que eu vou casar com você?

- Se não é eu, quem vai fazer você feliz?- Hirai falou com um sorriso debochado no rosto, tendo um risinho envergonhado de Kim como resposta.

O almoço correu bem, algumas piadas foram contadas e planos foram feitos. No jardim da casa de Dahyun havia uma macieira, que começava a dar as primeiras flores. As garotas se sentaram ali no almoço para relaxar e aproveitar a brisa fresca, enquanto o filhotinho corria desengonçado atrás das formiguinhas que às vezes apareciam na grama verdinha. Momo e Dahyun se davam beijinhos tímidos enquanto isso, parando somente para olhar o cachorro:

- Ei, Hyunnie! O Dobby dormiu!- Momo falou apontando pro cachorro que dormia tranquilo no tapete que ficava na porta da cozinha.

- Dorme em qualquer lugar, que nem você.

- Amor, mas esperar você no camarim enquanto grava é chato.

- Eu sei, bebê. Você dormindo toda torta na cadeira ainda é o papel de parede do meu celular.

Momo nada disse, apenas puxou Hyun para um beijo apaixonado. Dahyun aprofundou mais o beijo, dando a entender que ela queria algo a mais. As alcinhas do vestido que a Kim vestia foram lentamente sendo baixadas pelas mãos de Momo, dando beijinhos suaves no ombro da amada. No entanto, assim que o vestido se encontrava amontoado na cintura de Dahyun, uma chuva forte começou a cair:

- Vem, Momoring, vem mais banhar na chuva.

Antes que Momo respondesse, Dahyun já tinha terminado de tirar o vestido, pulando na chuva e nas poças que se formavam como uma criancinha. A japonesa não teve outra escolha além de correr para a chuva, pulando e dançando, aproveitando o máximo daquele temporal que caia. Como uma cena de filme, Dahyun escorregou em uma poça, com sua queda sendo impedida por Momo, um beijo sendo iniciado ali.

O calor que estavam sentindo pelo amor era o suficiente para impedir que elas tremessem pelo frio. Quando chegaram na cama, nenhuma peça de roupa residia em seus corpos, se beijando com fervor:

- Hyunnie?

- Oi?

- Eu te amo.

- Eu também amo você.

A declaração de amor veio num momento oportuno, os corpos ficaram ainda mais necessitados pelos toques. O oxigênio não era mais importante também, o beijo era o suficiente para elas. Dahyun moveu sua mão direita até o meio das pernas de Momo, encontrando o local úmido pela excitação. Devagarinho, e até um pouco tímida, Dahyun moveu os dedos devagar pelo clitóris, fazendo com que Momo soltasse um gemido bem baixinho. Em meio aos beijinhos suaves e aos toques lentos dos dedos de Hyun, o primeiro orgasmo de Momo veio.

Enquanto esperava a garota se recuperar, Dahyun aproveitou para admirar a beleza da sua namorada, imaginando como era sortuda por ter uma namorada tão linda como aquela. Assim que os efeitos do orgasmo foram embora, Momo subiu em cima de Hyun, a beijando um pouco antes de começar a mover seu corpo para baixo. Um arfar saiu da boca da Kim quando Momo a provocou beijando suas coxas:

- Momoring... Vai logo!

- Tão apressada...

Momo finalmente deu o que Dahyun queria, a chupando com calma, se dedicando ao ponto de prazer de Hyun e, às vezes, a penetrando com a língua. Ela até sabia que Dahyun gostava das coisas mais rápidas, mas o momento pedia que Momo lhe desse um orgasmo com a mesma calma e devoção que a Kim havia lhe dado:

- Momo, eu tô q...

Um gemido baixinho, mas demorado, foi o anúncio que Kim havia gozado. Momo subiu o corpo beijando cada pedacinho da pele branca e macia. Dahyun mal havia se recuperado do orgasmo quando sentiu as pernas de Momo se entrelaçando com a sua. Assim que as intimidades se tocaram, ambas gemeram pelo contato. Momo se movia rápido, mas ainda beijando Dahyun com todo amor que tinha. Não demorou muito para que outro orgasmo chegasse, que veio sincronizado, que parecia mais forte e carregado de emoção do que qualquer outro que elas haviam sentido:

- Agora eu tô começando a entender aquelas velhas chatas.- Dahyun falou, deitada no peito de Dahyun, olhando a chuva que ainda caía pela janela.

- E pensar que meu passatempo quando eu conheci elas era zoar aquelas lésbicas apaixonadas. Tomara que o casamento não seja mais brega que elas.- Momo falou causando uma gargalhada na namorada.

- Elas até que formam um casal bonitinho, Momo.

- Mas não mais que a gente, Hyunnie.

O resto da tarde foi assim, elas se amaram, brincaram com o filhotinho que acordou apenas quando a chuva parou, se amaram mais um pouquinho, como duas jovens apaixonadas.