XVII. Sobre a arte de fazer amor - NaJeongHyo

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"Hate to admit it but

I got a heart rush

It ain't slowing down"

Girl Crush, Harry Styles


Ver Park Jihyo nervosa era um ato raro de se ver. A CEO não ficava nervosa em nenhuma das reuniões mega importantes da empresa, não ficou em apresentações na época da faculdade, mas ela se encontrava tremendo na porta da casa das Yoo. Com um buquê de lavandas em uma mão e uma cesta de maçãs em outra, a mulher esperava que aquilo fosse o suficiente para amolecer uma Yoo Jeongyeon furiosa. Jihyo tinha que assumir, pisou feio na bola mesmo com todos os avisos da amiga e agora precisava da ajuda dela :

- Fala logo o que você quer, tô trabalhando.- Jeong falou assim que abriu a porta, um olhar nada amigável para a amiga.

- Olha, eu sei que você me avisou sobre a Sana e eu não acreditei. Eu quero pedir desculpas por ter ignorado você, mesmo você sendo a voz da razão do nosso grupinho.

- Não é pra mim que você tem que chegar com flores e frutas.

- Eu sei que não, mas você escutou os áudios que eu mandei quando tava bêbada. Ela me perdoou, porém quer um pedido de namoro super romântico e você sabe que eu não sei ser romântica.

- Espera a Nay chegar e aí a gente conversa e obrigado pelas flores e as maçãs. Entra aí.

A amizade de Jeongyeon e Jihyo era um pouco mais longa que a maioria ali. Tinham estudado juntas desde os dez anos e a CEO já deveria ter se acostumado com o senso de proteção que Jeongyeon desenvolvia com as pessoas. Jeongyeon era o tipo de pessoa que tentava ao máximo evitar que os amigos se machucassem, o oposto de Nayeon que avisava uma vez que ia dar errado e depois passava um mês jogando o erro na cara. Mas em uma coisa Nayeon e Jeongyeon eram idênticas: o senso de romantismo era nas alturas.

Para a infelicidade de Hyo, Nayeon estava demorando muito e a Yoo estava enfurnada no seu escritório. Essa informação mexeu com a cabeça de Jihyo, pois na sua vida pervertida nunca havia feito sexo em um escritório. Contando com seu próprio poder de sedução, ela achou que perturbar a arquiteta ia fazer ela ceder mais rápido e ficar com menos ódio. Jeongyeon estava sentada na sua mesa com um olhar muito concentrado no notebook, o óculos redondo misturado com o cabelo acinzentado preso num coque alto a deixava atraente de um jeito interessante. Jihyo foi devagar, abraçando a amiga pelas costas, beijando seu pescoço, as mãos deslizando até os seus seios:

- Se você continuar fazendo isso, ela vai se virar e te meter uma tapa.- a voz de Nayeon ecoou pelo escritório, assustando Jihyo, mas Jeong ainda estava focada em seu trabalho sem dar atenção ao que acontecia ali.- Já cometi esse erro uma vez. Se quiser transar com ela, tem que fechar a tampa do computador.- Nayeon encerrou caminhando até a mesa e fechando o notebook.

- MAS QUE PORRA, EU TAVA OCUP... Oi, minha futura esposa linda, incrível, tá com fome?- o ódio de Jeongyeon se transformou num show de melosidade assim que viu Nayeon na sua frente.

- Vocês são tão gays e apaixonadas. Preciso que me ensinem a ser assim pra conquistar a Sana.- Jihyo reclamou depois da troca de palavras românticas entre o casal na sua frente.

- Você quer namorar a Sana mesmo?- Nay perguntou se sentando nas pernas da noiva.

- Isso, eu quero. Sei que parece irreal e que eu não mereço essa chance, já que eu fui uma escrota com ela.

- Tá bom, o que você sabe sobre ela?- Jeong perguntou com um olhar de "eu vou saber se você estiver inventando algo".

- Deixa eu pensar... Os pais dela são farmacêuticos, ela é a única lésbica assumida da família, acha rosas amarelas uma coisa brega e tem vontade de ser mãe. O filme preferido dela é "Segundas Intenções". Ah, os cigarros dela são sabor de menta.

Secret Society (HIATUS)Where stories live. Discover now