Secret Society (HIATUS)

XV. Nada quebra como o coração - SaHyoTzu

"I promise myself not to slip back into old habits

'Cause heartbreak is savvy and love is a bitch"

- Love is a Bitch, Two Feet

Quando Tzuyu convidou Sana e Jihyo para jantarem e dormirem na sua enorme mansão naquele domingo, sua intenção era um jantar cheio de piadas e cantadas horríveis vindos da parte de Sana e umas histórias de infância de Jihyo. No entanto, a energia do local estava pesada, a Chou se sentia extremamente desconfortável enquanto brincava com os pedaços de maçã da salada de frutas que comiam na sobremesa. Tanto Sana quanto Jihyo estavam silenciosas, perdidas em seus próprios pensamentos. A taiwanesa se encontrava extremamente incomodada com o elefante verde na sala:

- Inferno, que porra tá acontecendo com vocês?- a mais nova ali bateu na mesa, se levantando, meio revoltada, causando um certo choque nas outras mulheres da mesa. A japonesa nada disse, apenas se levantou da mesa e foi até o jardim, deixando o clima ainda mais pesado. Jihyo, automaticamente, começou a chorar.

- Ela tá puta de ódio comigo.

- E com razão.

- Por que todo mundo tá agindo como se eu fosse uma grande cuzona?

- Jihyo, eu sou muito grata a você e a mudança que você e todas as outras fizeram comigo, mas eu e todo mundo já percebeu algo de errado. A Sana deve tá lá fora fumando deitada nas cadeiras perto da piscina, olhando pras estrelas tentando ao máximo não derramar uma lágrima por você.- Jihyo enxugou as lágrimas com a palma da mão.- O que houve nesse sábado? Eu sei que estiveram juntas ontem.

Jihyo respirou fundo antes de começar a explicar. Tzuyu poderia a tensão vinda do corpo da CEO, como se ela tivesse tentando organizar as defesas:

- A gente tava na minha casa ontem... pra transar... mas não foi sexo. Tinha uma coisa a mais, sabe? Foi tudo tão calmo... tão romântico... e aí ela disse que me amava. Ela falou tão naturalmente, como se tivesse guardado isso a tempos... E aí eu estraguei tudo. Disse que se ela me amasse de verdade não tinha fodido com a Dahyun no dia anterior, que ela era uma puta. Ela não falou nada, só vestiu as roupas e saiu pela porta. Foi pra casa da Mina.

- Mina me falou que não queria falar com você, mas não disse o motivo.

- Nem a Chaeyoung quer. Mina ligou pra Nayeon na hora do almoço e a Chae ainda tava lá. Ela me mandou uma mensagem super fofa dizendo pra eu ir me foder e Jeongyeon mandou um áudio de dez minutos destilando ódio sobre mim. Eu tô me sentindo horrível.

- Mas você ao menos pediu desculpas?- Jihyo só baixou o olhar, as lágrimas começaram a rolar novamente.- Eu vou preparar a hidromassagem pra todas nós, você tem quinze minutos para ir lá pedir perdão.

Tzuyu se levantou da mesa, saindo da sala de jantar com uma postura tão dominante que Jihyo começou a se questionar com quem ela havia aprendido a ser assim. Reunindo um pouco de coragem, a Park se dirigiu até a área de lazer da mansão Chou. Sana estava sentada na beira da piscina, fumando mesmo um cigarro enquanto se distraía com o próprio reflexo na água. Os olhos estavam inchados e o nariz vermelho indicavam que ela havia chorado ali. Se aproximou da garota calmamente, mas seus saltos fizeram barulho o suficiente para que chamassem atenção da garota de cabelos rosa na piscina:

- Sannie, eu..- Jihyo começou, mas foi logo interrompida por Sana, completamente indignada.

- SANNIE O CARALHO. COMO VOCÊ, LOGO VOCÊ, PARK JIHYO, TEM CORAGEM DE ME CHAMAR DE PUTA? FOI VOCÊ QUE COMEÇOU ESSA MERDA TODA. EU FARIA TUDO POR VOCÊ, SUA VADIA! TAVA DISPOSTA ATÉ A SER UM BRINQUEDINHO EXCLUSIVO SEU, MAS NÃO, VOCÊ TINHA QUE ESTRAGAR TUDO! POR QUE VOCÊ PODE SAIR FODENDO COM TODO MUNDO E EU NÃO POSSO? SÓ POR QUE EU FUI BURRA O SUFICIENTE PRA ME APAIXONAR POR VOCÊ?