CAPÍTULO QUINZE

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CAPÍTULO QUINZE

No domingo, Elizabeth acordou assustada, após ter tido um pesadelo com Manoel. Ao abrir os olhos, devido a leve penumbra que prevalecia no quarto, demorou um pouco para se recordar de que havia passado a noite na casa de Amélie e perceber que o lado oposto da cama, estava vazio.

Ao sentar-se, a professora espreguiçou-se e notou que havia um bilhete no lado em que a jovem dormia, avisando que havia saído para comprar pão e que não demorava. A mulher sorriu, sentiu um conforto gostoso no coração e alcançou o celular, que estava desligado, na mesa de cabeceira.

Ao ligar o aparelho, Elizabeth deparou-se com várias ligações perdidas do ex-namorado, além de dezenas de mensagens. Não se deu o trabalho de lê-las, apenas deletou a conversa e o bloqueou, fazendo o mesmo com o número dele.

Ao olhar no visor, percebeu que passavam das sete da manhã. Embora houvesse tido o pesadelo, teve uma noite de sono tranquila, como há muito tempo não tinha. Talvez aquilo aconteceu por ter se livrado do fardo do namoro e por ter encontrado abrigo nos braços de Amélie.

Na noite anterior, após o banho, Beth foi acolhida pela moça com uma xícara de chá e assistiram a um filme, juntinhas, até pegarem no sono. Quando estava prestes a adormecer, a mulher se achegou a jovem e dormiram abraçadas.

*.*.*

— Você podia ter me acordado... — Elizabeth murmurou enquanto se sentava a mesa. — Levei um susto quando não te encontrei na cama.

— Ah, é que você estava dormindo tão bem. Sabe que tenho pena de te acordar — a jovem respondeu enquanto servia uma caneca com café.

— E cadê o seu irmão? Fiquei morrendo de vergonha de sair do quarto e dar de cara com ele.

— Aí, ele dormiu na casa da garota com quem foi se encontrar ontem — deu um suspiro, revirando os olhos. — Você já ligou pra suas sobrinhas? Sabe se estão bem?

A professora concordou, mexendo a cabeça.

— Sim, elas estão bem. Ele não apareceu mais por lá, mas aposto que deve estar de tocaia.

— Bem, se você quiser, pode passar o dia aqui, comigo — as duas sorriram. — A noite te levo em casa, pode ser?

Zimermam libertou um suspiro profundo, evidenciando parte de seu desconforto.

— Aí, Mel, e-eu... Queria muito, mas não podemos arriscar ainda, né? Prefiro pegar um motorista de aplicativo, sabe?

As duas se observavam com seriedade.

— É, tem razão — concordou desanimada enquanto espalhava requeijão no pão. — Sabe que agora virá a parte mais difícil, né? Aquela em que todo mundo, quando sai de um relacionamento problemático, cede.

— Sei disso — Beth abaixou os olhos. — Já o bloqueei em tudo para ser minimamente perturbada — elas riram. — Aproveitei e quebrei o meu chip. Só você terá o meu número novo.

— Hum... — a garota bebeu um gole de café. — Interessante!

*.*.*

Naquele domingo, após tomarem café da manhã, Amélie e Elizabeth decidiram ir à Feira Hippie, uma feira de artesanatos, comidas, enxovais e roupas, localizada em um determinado trecho da avenida Afonso Pena.

Após comprarem algumas coisinhas, fizeram uma caminhada no Parque Municipal, que também ficava localizado nas proximidades da feirinha, pausando para fotos, selfies e carinhos.

Inesquecível Para Amar (COMPLETO)Where stories live. Discover now