CAPÍTULO SEIS

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CAPÍTULO SEIS

Conforme combinaram, Elizabeth aguardava por Amélie no estacionamento dos professores.

A professora estava ansiosa e sentia um friozinho na barriga toda vez que alguém se aproximava, pensando ser a jovem.

Ela já a aguardava há uns bons minutos. O sinal, indicando o término do intervalo, inclusive já havia tocado. Sendo assim, Beth destravou a tela do celular e quando digitava um aviso para Amélie, dizendo que iria embora, a avistou, caminhando apressada.

— Aí, nossa, Beth foi mal pela demora! – a garota arfava. — Uns alunos vieram falar comigo no fim da aula, já que estamos perto da primeira prova, né? Fiquei com medo de você ter desistido... — destravou o alarme do carro. — Vem comigo! – deu uma piscadela pra mulher.

— Na verdade, já ia te mandar uma mensagem, Amélie — confessou embaraçada. — Desculpe! – as duas se entreolharam. — É que... É que parece que estou fazendo algo de errado, sabe? — Mel percebeu que continha um pesar na voz da mulher.

A jovem mostrou-se pensativa enquanto entravam no carro. Ajustou o cinto de segurança e ligou o veículo.

— Tem preferência por alguma estação de rádio? — indagou, buscando encarar Zimerman.

— Ah, não, não... — a mais velha deu de ombros, recolhida, abraçada a própria bolsa. Sentia a tensão presente em cada detalhe do corpo. — Pode colocar o que quiser...

A garota sintonizou em uma rádio que tocava músicas mais atuais e antes de manobrar o veículo para saírem dali, suspirou, olhando para a professora sentada ao banco do carona, dizendo:

— Elizabeth, a gente só vai conversar um pouco. Mas se estiver muito desconfortável, se você quiser, te deixo em casa, sem problemas.

— Não, não! É que... E-eu só estava desabafando, sabe? — suspirou. — Estou um pouco nervosa — exclamou sorrindo.

Amélie deu um riso descontraído.

— Tudo bem... Relaxa, ok?!

A moça inclinou-se, dando um beijo rápido na bochecha da professora, deixando-a admirada.

Em seguida, aumentou um pouco o volume do rádio e enfim, saíram da universidade, seguindo por uma das principais avenidas de Belo Horizonte.

*.*.*

Amélie dirigiu até um barzinho despojado, que ficava nas proximidades, entretanto, aquele horário, tinha plena certeza de que não seria frequentado por alunos.

Escolheram uma mesa mais reservada e pediram algo não alcoólico para beberem.

Uma música romântica tocava em um volume ambiente, colaborando para que o clima se tornasse mais afável e a tensão se dissipasse aos poucos.

Enquanto se observavam, as mulheres trocavam sorrisos. Riam, como se mergulhassem na paixão estampada naquela troca de olhares. Nenhuma declaração foi dita e nem precisava, pois qualquer um enxergaria a intensidade do sentimento presente ali.

Em um gesto ousado, Beth permitiu que seus dedos encontrassem os da moça por sobre a mesa.

Notando o contato, Mel agasalhou sua mão na da mulher, entrelaçando os dedos. Ambas estavam com as mãos úmidas de suor e um pouco frias, condenando a descarga de adrenalina que as assolava.

— E então, mulher?! — Amélie indagou logo que o garçom chegou com duas latinhas de refrigerante. — Pra onde a gente vai? Tem algo em mente?

Inesquecível Para Amar (COMPLETO)Kde žijí příběhy. Začni objevovat