Inesquecível Para Amar (COMPLETO)

CAPÍTULO TRÊS

CAPÍTULO TRÊS

Passavam das onze horas da manhã e o calor imperava na região metropolitana de Belo Horizonte, ocasionando um clima agradável para a comemoração do aniversário da coordenadora Lívia.

Conforme Isinha havia dito, Amélie foi convidada para a festa no início da semana.

A princípio, a moça recusou, pensando na probabilidade de encontrar Elizabeth acompanhada, já que havia sido permitido que os convidados levassem os filhos pequenos e os cônjuges. Entretanto, Amélie foi convencida pelos amigos a ir, mas o arrependimento já começava a bater.

A caminho da chácara, no carro, Thiago, Ísis e o Pedro, o namorado da moça, batiam um papo descontraído enquanto Amélie mostrava-se mais recolhida, aprofundada em seus pensamentos.

*.*.*

Após dirigir por uma estrada de terra, levantando uma nuvem de poeira avermelhada, Thiago estacionou em frente a uma chácara, o local de destino.

Assim que saíram do automóvel, o namorado de Ísis seguiu conversando com o Thiago enquanto as moças caminhavam logo atrás.

— Amiga, você precisa ficar calma — Isinha disse após observar o desconforto estampando o rosto de Amélie.

— Uai, mas eu estou calma — forçou um sorriso, em resposta, ajeitando os óculos escuros.

— Aham, sei... Estou vendo! — a outra ironizou, franzindo os lábios, arqueando uma das sobrancelhas. — Ficou calada a viagem inteira, cara. Acho que o Thiago percebeu que tinha alguma coisa errada, viu?!

As duas se encararam. Amélie deu de ombros e libertou um suspiro pesaroso por entre os lábios, procurando resquícios de coragem para encarar os próximos momentos.

— Ah, nem ligo, Isinha — revirou os olhos. — Ele não é meu namorado mesmo.

— Eu sei. Só que tipo... Pode ficar um clima bem chato entre vocês, né?

*.*.*

Após passar por um gramado bem cuidado que levava a varanda dianteira, em meio a um grupo que jogava baralho em uma mesa, Amélie avistou Elizabeth, acomodada em uma cadeira, mexendo no celular.

O coração da moça disparou. Precisou conter um sorriso entusiasmo, pressionando os lábios. Não queria transparecer a euforia que sempre a abordava quando avistava Zimermam.

Ao perceber que mais gente havia chegado, Beth ergueu os olhos da tela do celular e, de imediato, a atenção da mulher destinou-se para Amélie, sua doce garota. Sorriu, pensando no quanto a jovem estava atraente naquele short jeans desfiado, exibindo parte das pernas torneadas e do quanto aquele body verde militar se acentuava na cintura demarcada.

Embora elas estivessem distantes, houve uma inevitável troca de olhares. De início, os sorrisos foram reprimidos por ambas, mas não por muito tempo. Logo, os lábios apresentavam a ternura daquele reencontro em um sorriso de perfeita simetria.

Quando Elizabeth levantou-se para cumprimentar os colegas, Amélie apreciou a delicada imponência que a professora exalava no vestidinho de tonalidade verde-água, de alças finas e comprimento mediano.

Depois de cumprimentarem alguns professores, finalmente Mel e Beth se aproximaram. Em meio as respirações tensas, elas se observaram. Os lábios tremeram, como se quisessem dizer algo, mas calaram-se, entregando-se a um abraço. Fecharam os olhos. E, de novo, foi como se cada pedacinho nelas houvesse se juntado.