Inesquecível Para Amar (COMPLETO)

CAPÍTULO DEZOITO

CAPÍTULO DEZOITO

Após o encerramento das atividades do semestre letivo, antes de as férias iniciarem, Amélie agradeceu a Lívia, coordenadora de Enfermagem, pela oportunidade em lecionar. A jovem recebeu muitos elogios, entretanto, não conseguiu prorrogar o contrato de trabalho com a universidade.

Ao sair da coordenação, Senhorini encontrou-se com Thiago nos corredores vazios do prédio administrativo.

Ele ofertou um sorriso amigável, acenando para a moça, que se aproximou. Abraçaram-se. Um abraço forte, carregado de significados: respeito, amizade e gratidão, afinal, se não fosse pela ajuda do rapaz, talvez Amélie e Elizabeth não teriam conseguido concretizar o que sentiam.

— E aí? Como é que cê tá? — Thiago indagou enquanto eles desciam as escadas. — Animada para as férias?

— Ah, um pouquinho. Embora eu não vá viajar, mas vou conseguir descansar, né?

— Pois é. Dois empregos é uma rotina bem puxada, né? Também ficarei por aqui. Mas e aí? A Lívia não falou nada sobre prorrogar o seu contrato, não?

Mel deu um suspiro melancólico. Apesar da dupla jornada de trabalho, como professora e enfermeira, gostava de dar aulas e todo aquele agito da docência.

— Então.... Infelizmente, não. Pelo menos, por enquanto — eles caminhavam pelo pátio, em direção ao estacionamento de professores. — Até queria te agradecer, sabe?! — se olharam. — Pela consideração que teve comigo, por me ajudar... Não tenho palavras pra expressar as experiências boas que estar aqui, outra vez, como professora, me trouxeram!

Eles pararam em frente ao carro dela e se abraçaram de novo.

— Oh, Mel, não precisa me agradecer. Sempre confiei no seu potencial — a beijou na testa. — Pode ser que no próximo ano surja alguma vaga ou com a experiência que você tem, até consiga trabalhar em outra faculdade, né? O céu é o limite!

Os amigos continuaram se encarando, trocando um sorriso cheio de cumplicidade.

— Ah, é! – exclamou como se uma ideia surgisse em sua mente feito um estalo. — Meu irmão me contou que você está saindo com a Alana, né? — Mel referiu-se a ex-namorada do rapaz. Cruzou os braços a frente do corpo, escorando-se na porta do carro.

— Então... Tipo... — Thiago suspirou, elevando as sobrancelhas. — Não é nada oficial, não, mas a gente voltou a se ver. Não é nada certo ainda...

— Sei bem como é. Acho legal vocês se darem essa chance. Vocês sempre foram apaixonados, né? — o homem concordou, dando um risinho tímido. — De repente, a terapia a ajudou com a depressão.

— Ah, sim, ela está um pouco melhor mesmo — pigarreou. — E você? Está saindo com alguém?

Senhorini abaixou os olhos e sentiu quando um leve rubor se apresentou em seu rosto. Sorrindo, encarou o professor enquanto ele a observava curioso.

— Bem, já que você perguntou... Sim, estou namorando. Me acertei com aquela pessoa que te contei naquela viagem, lembra?

— Sim, me lembro — concordou. — Fico feliz por você, Mélie. De verdade.

Eles permaneceram conversando por mais algum tempo sobre trivialidades.

Amélie achou melhor preservar o relacionamento que tinha com Elizabeth. Não espalharia sobre o namoro enquanto a mulher não se sentisse confortável para tal. Decidiu respeitar o espaço dela.

*.*.*

Após alguns dias desde o fatídico episódio na casa de Elizabeth, o rosto de Manoel ainda estava repleto de hematomas, um pouco inchado e dolorido, resultado das pancadas que recebeu de Pedro.