CAPÍTULO DEZ

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CAPÍTULO DEZ

Quando Amélie acordou no dia seguinte, passavam das sete da manhã.

A princípio, a moça demorou um pouco para raciocinar. Flashes dos momentos tórridos que vivenciou com Elizabeth, surgiam na mente como um estalo: as confissões, as declarações, os beijos apaixonados e a entrega tão encantadora de seus corpos, suas almas.

Elas estenderam o momento íntimo por mais um tempo, ao longo da madrugada, regado a beijos, carícias, gargalhadas e tomaram um banho juntas, antes de dormirem. Pela primeira vez, um clima descontraído prevalecia entre elas.

Entretanto, as lembranças vieram acompanhadas de uma leve dor de cabeça, confirmando que, talvez, ela houvesse exagerado um pouquinho no vinho. Virou-se para o lado e ignorando a dor, permaneceu observando Zimermam dormindo ao seu lado.

Vencida pela dor de cabeça, a garota levantou-se, afinal de contas, precisava usar o banheiro.

Elizabeth acordou com o barulho do chuveiro ligado e então, espreguiçou-se, também, recordando-se da noite passada. E assim como Amélie, as lembranças vieram acompanhadas da dor de cabeça.

Sentou-se na cama, ajeitando os cabelos desgrenhados em um coque improvisado e aproveitou o momento para refletir sobre o que ocorreu.

Tocou os próprios lábios, lembrando-se com entusiasmo dos momentos ardentes, em como a entrega havia sido espontânea, acalorada. E ela diria que, inclusive, sentia-se mais leve após extravasar suas emoções.

*.*.*

Ao sair do banheiro, Senhorini estava enrolada em uma toalha e deu um sorriso ressabiado, já esperando uma reação negativa da professora. Porém, a mulher exibiu um sorriso sincero e a moça se desmanchou de encanto, apesar da sonolência apresentada no rosto de Beth.

— Bom dia, Mel — Elizabeth disse sorrindo, com a voz enrouquecida. — Por que não me acordou?

— Ah — a tensão ainda preenchia a jovem. — Você estava dormindo tão linda, que fiquei com peninha de te acordar — deslizava a toalha pelo corpo nu.

Elizabeth bocejou, levantando-se e aproximou-se da moça. Amélie riu ao sentir as mãos da professora em sua cintura e estremeceu-se quando o seu corpo úmido encostou ao da mulher, quentinho por estar debaixo dos lençóis.

— Sabe — sussurrou no ouvido da moça, pousando o queixo em um dos ombros. — Vontade de beijar a sua boca não me falta, mas — a beijou na bochecha. — não quero arriscar perder o encanto por causa do hálito matinal — elas riram.

*.*.*

Após o café da manhã, elas decidiram que passariam o restante do dia aproveitando a pousada, já que a dor de cabeça, embora houvesse diminuído um pouco, ainda prevalecia, as desanimando para longas caminhadas sob um sol intenso.

Desfrutando da belíssima paisagem natural e aproveitando que o local estava mais vazio naquele horário, elas decidiram tirar algumas fotografias.

Após ajeitar os óculos escuros para disfarçar um pouco o rosto abatido pela ressaca, Amélie entregou o celular para Elizabeth e posicionou-se em frente a um arranjo de plantas com flores amarelas. Fez uma pose e ouviu-se o som do disparador.

Beth entregou o telefone para que a moça olhasse as fotos tiradas. Cabisbaixa, Mel deslizou o dedo pelas imagens, porém, de soslaio, percebeu a aproximação da mulher. A admiração a envolveu, quando a professora afastou uma mecha de cabelo que lhe encobria o ouvido direito, encaixando uma flor atrás da orelha.

Inesquecível Para Amar (COMPLETO)Where stories live. Discover now