CAPÍTULO DEZESSETE

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CAPÍTULO DEZESSETE

Alguns dias se passaram, desde que Elizabeth havia terminado o relacionamento com Manoel. E parecia que quanto mais o tempo avançava, mais o homem se tornava insistente para que reatassem. E, devido a isso, a professora ainda mantinha o envolvimento dela coma Amélie, em segredo.

Aos finais de semana, elas desfrutavam da companhia uma da outra, na casa da garota. Assistiam filmes na TV, passeavam ou curtiam um momento mais íntimo, repleto de carícias acaloradas.

E desde que permitiu dar-se uma chance para a ex-aluna, Beth sentia-se cada vez mais realizada. Inclusive, até o semblante dela havia assumido um aspecto melhor, gerando elogios por parte de outras pessoas.

Era final de semestre. As últimas avaliações já haviam sido aplicadas e faltava somente as provas de recuperação para os alunos que perderam média, para finalizar o semestre letivo. Sendo assim, Zimermam ainda tinha que cumprir horário, mesmo que não estivesse mais lecionando, porém, encontrava-se a disposição de seus alunos para sanar algumas dúvidas.

Naquele dia, a professora chegou à universidade pouco depois do almoço. Ao aproximar-se da recepção, ela percebeu que havia um belíssimo buquê de rosas vermelhas sobre a mesa da secretária.

Pressionou os lábios e deu um suspiro aborrecido. Elizabeth sabia que aquelas flores eram para ela e quem as enviou.

— Boa tarde, professora — a secretária a saudou, após desligar o telefone. — O motoboy trouxe há alguns minutinhos...

— Aí — a mulher rolou os olhos. —, quando for assim, pode jogar no lixo, pegar pra você, devolver...

A moça riu, franzindo levemente as sobrancelhas, confusa com a reação de Zimermam.

Após dar um suspiro desanimado, Beth recolheu o ramalhete e puxou um pequeno cartão. Nele, Manoel pedia para conversarem. Após rasgá-lo, a professora jogou as flores na lixeira mais próxima e subiu as escadas, balançando a cabeça em negação.

Nas duas últimas semanas, Manoel enviou diversos presentes para a ex-namorada. Providenciou que fossem entregues buquês, cestas de chocolates, garrafas de vinho tinto e licores, acompanhados de cartões, implorando por desculpas e por uma chance para conversarem.

Entretanto, tal gesto, além de evidenciar o desespero do homem, a irritava ainda mais, fazendo-a descartar tudo o que recebia.

Mas o ex-namorado dela era incansável e cada vez que o tempo passava, o seu desespero se elevava. Percebia os olhares fulminantes que Leonardo o lançava, aguardando a sua parte no investimento. E isso fazia com que Manoel atormentasse a professora, surpreendendo-a com súplicas no trabalho, em casa.

Aproveitando parte do tempo ocioso e incomodada com o caminho que aquela situação estava tomando, Elizabeth decidiu telefonar para Ísis, com a finalidade de desabafar.

Em um local mais calmo e distante de onde as pessoas costumavam transitar na universidade, Zimermam e ligou para a moça, que a atendeu momentos depois. Trocaram animadas saudações.

— Aí, Ísis, desculpe estar te incomodando — Beth sentou-se em um banquinho que havia nas proximidades, dando vista para o estacionamento. —, mas estou bastante angustiada.

Aí, amada, pois é. Me explica essa história direito. O que o "chernoboy" está fazendo agora? Ele ainda não desistiu?

— Não — respondeu enquanto suspirava. — Parece que a cada dia que passa, ele fica pior. Todo santo dia, Isinha, ele manda entregar algum presente ou fica de tocaia aqui na porta, me pedindo pra conversar. Não sei mais o que fazer...

Inesquecível Para Amar (COMPLETO)Where stories live. Discover now