50 𝒕𝒐𝒏𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒆𝒔𝒄𝒖𝒓𝒐𝒔

Chapter Fifty

Prontos para dar tchau a uma personagem importante? Daqui a pouco ela voltará aparecer.

15 𝚍𝚎 𝙰𝚋𝚛𝚒𝚕 𝚍𝚎 2021. - 𝙻𝚘𝚜 𝙰𝚗𝚐𝚎𝚕𝚎𝚜, 𝙲𝚊𝚕𝚒𝚏𝚘𝚛𝚗𝚒𝚊.

Nᴏᴀʜ Uʀʀᴇᴀ

O que acontece quando uma pessoa que você considera vai embora para longe? Na realidade, eu contratei detetives que arrancaram uma enorme quantia e não conseguiram rastreá-la, desta vez o assunto é totalmente diferente. Eu sabia para onde ela iria e dessa vez eu não iria contratar ninguém, exceto para manter Josh longe de minha melhor amiga, gastaria um bom dinheiro e ainda sim valeria a pena. – Eu amaria fazer isso.

– Não pense que irá escapar. – Ameaçou Kessy com seus óculos escuros. – Você realmente acha que não irá maratona Barbie comigo? – Me cutucou pela décima vez em caminho do aeroporto.

– Estou trabalhando. – Olhei de relance e Any ria com a sua mão na boca para não fazer nenhum barulho.

– Trabalhando... – Fez um barulho e em seguida me cutucou novamente. – Transando com Any. – Arregalei meus olhos e todos deram risadas.

– Tinha a chance de ficar calado. – Corbyn disse no meio das risadas.

– Não o ofenda. – Any passou sua mão em minha cama, me defendendo. – Não desconta nele só porque não estão fazendo a mesma coisa que eu e ele.

– Vocês dois são coelhos. – Olhei pelo retrovisor e comecei a rir.

Realmente, éramos dois coelhos. – Any me encarava com um sorriso em seu rosto, ainda sim era sacana. – Mais tarde? – Perguntou, demonstrando uma certa empolgação.

– É claro. – Fiz um biquinho e enviei um beijo de longe.

– Vocês me dão nojo. – Corbyn fazia um sinal com sua mão, o que resultou em boas risadas.

[...] Estávamos no aeroporto e a Gabi estava sentada com as mãos em sua cabeça como se estivesse chateada. Era de me partir o coração, vê-la daquele jeito. – Caminhamos até onde ela estava e a chamei, rapidamente ela olhou para nós e sorriu.

– Vocês vieram. – Disse, com seus olhos já brilhando com algumas lágrimas.

– É claro. – Any a abraçou forte e ficou por algum tempo. – Não fique assim, meu melhor é um idiota, mas ainda sim ele te ama. – Limpou as lágrimas.

– E eu o amo, mas cansei. – Escutei ela dizer.

– Minha melhor amiga está indo para longe e quero abraçá-la... – Todos deram risadas com o meu comentário.

Gabi correu e me abraçou, eu era a pessoa mais próxima que tinha nos últimos momentos. Any a ajudou enquanto passava mal, enquanto eu comprava algumas besteiras que ela tinha vontade. E Josh... Ele sumiu, não quis fazer nada disso. – Vou sentir sua falta Noah. Você e Any se tornaram minha família, meus irmãos. – Sorri com o seu comentário, prestes a chorar.

– Você nunca estará sozinha. – Murmuro para a garota. – Saiba que estarei aqui. Se precisar, pegamos um avião e chegamos lá rapidinho.

– Pode deixar. – Ela se soltou e pegou uma carta, virou-se para Any que nos encarava secando as lágrimas. – Poderia entregar essa carta para Josh? – Perguntou, segurando forte. – Tem um ultrassom do nosso filho e uma carta. Irei enviar cada ultrassom para vocês, cada detalhe e entreguem para ele ok?

– Pode deixar. – Sorriu animada. – Quero saber o nome depois.

Jᴏsʜ Bᴇᴀᴜᴄʜᴀᴍᴘ

O dia no qual Gabi partiria oficialmente e eu estou aqui... Deitado na cama, pelado e com uma garota ao meu lado, na realidade não é qualquer garota. – Você gostou meu amor? – Perguntou, com aquela voz de dar enjoo em qualquer uma pessoa.

– Sai da minha cama Franciny. – A empurrei para longe e me levantei. – Vou ir ao aeroporto. – Coloquei uma roupa rápida e sai do meu apartamento, sem escutar mais ou menos daquela mulher.

Entrei no meu carro e fiquei parado, olhando para o vidro e pensando na burrada que eu tinha feito. – Gabrielly não merecia nada do que já fiz para ela. Ela me amava intensamente e verdadeiramente, mas eu não estava pronto para um relacionamento verdadeiro como tive com ela.

Filho, iremos ter um filho. Fruto desse amor que me trouxe ótimos momentos e em algumas lembranças foram horríveis. – Olhei no relógio e o seu avião já havia decolado, o que me deixava mais acabado. – Um barulho do meu celular me chamou atenção. Era de Any

– Me encontre em seu Studio, tenho um presente para você.

Sorri com a mensagem e respirei fundo girando a chave, ligando o carro e saindo do estacionamento do meu prédio. Indo em direção ao meu studio, preparando para escutar algumas merdas merecidas.

[...] Estacionei o carro em uma vaga em frente ao studio e o carro de Noah estava ali, respirei fundo e me segurando para não falar nenhuma merda. – Entrei e encontrei os dois sentados em dois bancos, esperando por minha presença. Forcei a garganta soltando um barulho, os dois levantaram os olhares até mim e Noah estava com seus olhos vermelhos, enquanto Any segurava uma carta.

– Ela deixou essa carta para você. – Olhei para a carta e em seguida voltei a olhar para o Noah que nem me olhava mais. – Ela quer que você leia com a cabeça aberta, com o coração pronto.

– É claro. – Tento sorrir.

– Você estava por onde? – Perguntou Any. – Sumiu e nem deu mais noticias. Saiu para beber?

– Não. – Minto, porém ela fez uma careta e veio até minha direção. – Eu bebi...

– Passou a noite onde? – Perguntou novamente e eu abaixei a cabeça. – Você dormiu com a Franciny Joshua? – Exaltou sua voz, já irritada.

– Você nem merecia essa carta. – Noah resmungou e se levantou. – Entregue apenas o ultrassom e vamos embora, ele não merece saber o que ela sentia ou sentiu. – Ele se retirou do local enquanto Any continuava me encarando.

– Ele está certo. – Suspirei firme. – Eu realmente desejo te bater, mas você não merece. – Abro a boca e fecho porque não saia nenhum som da minha boca. – Você é meu melhor amigo e eu não te reconheço assim, vou deixar a carta com você para sofrer mais um pouco e talvez assim... Aprenderá.

Ela entregou a carta e saiu do studio, me deixando sozinho com a carta. Meu olhar foi para a carta, que estava com seu nome e o meu.

Para Josh Beauchamp. De: Gabrielly Rocha. – Meus olhos já queimavam sem saber o que eu leria pelos próximos momentos. – Abri com todo cuidado e de dentro tirei a ultrassom. Meus olhos queimavam, com uma grande vontade chorar e o meu filho estava ali, pequeno dentro de sua mãe.

Paciente: Gabrielly Rocha. Grávida de 8 semanas.

Altura: 1,6cm – Peso:1g

Tão pequenino... – Sorrio ao ver a descrição do pequenino. – Pego outro papel, onde estava a carta que ela teria escrito para mim.

Meu coração acelerava cada vez mais e mais, eu estava ansioso e pronto para finalmente ser chutado de sua vida.