Chapter Thirty - Five

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31 𝚍𝚎 𝚖𝚊𝚛𝚌𝚘 𝚍𝚎 2021 - 𝙻𝚘𝚜 𝙰𝚗𝚐𝚎𝚕𝚎𝚜, 𝙲𝚊𝚕𝚒𝚏𝚘𝚛𝚗𝚒𝚊.

Nᴏᴀʜ Uʀʀᴇᴀ

- Gabrielly. - grito pelo seu nome. Ela me encara e seus olhos estavam vermelhos, com bochechas toda avermelhada. Ela se tornou minha melhor amiga quando eu achei que nunca teria. - eu vou te levar pra casa. - estico minha mão para que ela pegue e assim foi feito. Caminhamos para o meu carro em total silêncio, ela estava ficando melhor.

- não quero ir pra casa. - diz e eu a encaro. - eu preciso ficar longe de tudo.

- okay. - sorrio para ela e começo a dirigir para o meu segundo ponto de paz, já que o primeiro somente a Any vai. - você vai me contar o que aconteceu pra você ficar assim?

- eu vou. - volto a prestar atenção na estrada. Depois de 20 minutos dentro do carro com ninguém falando nada. Era um campo, com diversas árvores, flores e gramas. Ela se sentou e eu fui para o seu lado.

- o que aconteceu? - pergunto quebrando o silêncio. Ela apenas fechou os olhos e ficou soltou a respiração como se tivesse segurado depois de muito tempo.

- meus pais me culparam pela morte da minha tia. - ela diz querendo chorar. Ela não tem culpa. - disseram que foi porque eu afastei ela da família e que eu nunca parei em casa por conta do meu trabalho, o que a fez ter depressão. - vejo uma lágrima saído do canto de seus olhos e ela secando rapidamente.

- você não é culpada, Gabi. - digo a encarando. Sua expressão era de tristeza total, sem vida mesmo tendo toda sua maquiagem cobrindo tudo. - o que eles falaram foi totalmente errado. Você fez o que achava que era certo e lembre-se: sua tia tinha total consciência e ela veio por vontade própria. - ela sorri sem mostrar seus dentes e fecha os olhos. - foi só isso?

- não.... - ela pausa e me olha. - escutei Josh no telefone com Corbyn dizendo que não sabe mais o que fazer comigo. - naquele momento eu senti uma raiva. A raiva de quere-lo socar por magoar Gabrielly. - eu sou um caso perdido... Eu não sei porque ainda tento me apaixonar por alguém ou me relacionar... - ela começa a brincar com o chão.

- olha pra mim, Gaby. - ela me olha em um segundo depois. - o que ele fez, foi totalmente errado. Devia entender que cada um tem jeito diferente para lidar com o luto, ele não devia pensar nisso e sim como te ajudar trazendo você mais para perto. - concluo e ela solta um pequeno sorriso. - está vendo o sorriso que apareceu aí? - pergunto e ela concorda apenas com a cabeça. - foi porque a gente conversou e você se sentiu bem em falar comigo, foi porque você se sentiu mais leve e não forçada a falar algo. Entenda uma coisa. - pauso e ela volta a olhar para o horizonte. - você se apaixonar e namorar com alguém depois de tudo que passou requer tempo, não vai acontecer de dias pulado para meses, vai demorar porque o que passou não foi totalmente fácil, entendeu? - puxo ela para um abraço que foi correspondido. - você é minha melhor amiga e eu não vou deixar ninguém te magoar.

- obrigada, melhor amigo. - ela diz e eu sorrio rapidamente.

- está melhor? - pergunto ainda sentindo que algo estava errado. Ela me encara envergonhada e seu olhar abaixa. - o que aconteceu?

- estou grávida do Josh. - foi um baque para mim.... Ela seria mãe e ele seria pai, agora teriam que enfrentar tudo para que dessem certo.

50 𝒕𝒐𝒏𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒆𝒔𝒄𝒖𝒓𝒐𝒔 Where stories live. Discover now