250° capítulo

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Mariana.

Papai não saiu da cadeia, papai fugiu.

- mamãe. - digo com medo.

Via todas as crianças em fila andando e Abgail junto de um segurança gritando e conduzindo elas.

Todas foram pra sala de estar.

- mamãe oque está acontecendo? - a segui descendo as escadas.

- senhora. - o segurança parou a gente já no corredor. - o carro pra levá-las está esperando.

- não, precisa ser uma van, umas três. - disse mamãe e o segurança concordou saindo.

- mamãe pra onde elas irão? - andei mais rápido ou seu lado.

Seus saltos faziam barulho e ela usava um daqueles casacos enormes preto.

- Abgail, não precisa ir com eles. - disse mamãe já na sala de estar e cheguei bem na hora.

Algumas crianças choravam mas a grande maioria estava séria.

- mais como saberá que mataram todas elas? - arregalei os olhos.

- oque? Mamãe não! - me coloquei no meio delas.

- vá para o seu quarto! - disse Abgail mas mamãe me olhou. - agora! - Abgail me empurrou mas mamãe me segurou.

- não. - disse ela e nos olhamos.

- mamãe não pode mata-las... Elas são crianças... Elas sofreram..

- não de ouvidos, se tiver provas você e Laércio serão presos! - mamãe ainda me olhava.

- não pode mamãe... Elas irão sofrer... Como eu sofri... Com toda a... Quimio. - foi a única coisa que eu soube dizer.

Mamãe fragilizou o olhar.

- oque? Não use a doença de Sabrina....

- calada Abgail! - gritou mamãe e nós duas ficamos espantadas.

Abgail ajeitou a roupa, como se não ligasse e saiu com o nariz empinado.

- mamãe.. - olhei pra ela outra vez, seus olhos estavam em mim. - as deixe em uma rua, perto da polícia... Elas tem família mamãe... Elas precisam ser felizes... Igual eu sou, eu sou muito feliz com a minha mãe! Elas precisam ser também. - mamãe olhou pra baixo cogitando a ideia.

- senhora... As van chegaram. - disse o segurança se retirando logo depois.

- mamãe... - peguei sua mão. - faça isso por mim... Não as mate. - me olhou novamente.

- vamos para França então? - concordei na hora.

- sim, mas precisa me certificar de que elas todas ficarão bem. - mamãe tocou meu rosto e sorriu.

- eu nunca decepcionaria você. - sorri sentindo seu carinho, era o melhor.

Ultimamente estamos muito unidas, e amo a minha mãe.

- quando der 01h da manhã, quero todas as crianças na avenida, perto da delegacia. - o segurança achou estranho.

- o senhor Laércio...

- eu estou dando as ordens! - disse mamãe firme. - ou você obedece, ou quem vai morrer no meio do mato é você!

Oh não... As crianças iriam morrer assim?

- mamãe. - me olhou sorrindo. - obrigada. - ela me deu carinho.

- você tem razão, a melhor coisa é uma mãe ter seus filhos. - sorri. - vamos jantar? - concordei. - tenho uma reunião depois do jantar, oque acha de assistir um filme? - fiquei animada.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Onde histórias criam vida. Descubra agora